sexta-feira, 24 de março de 2023

 

João Gilberto definiu esse novo estilo de tocar que alterava as harmonias com acordes não convencionais como já realizavam violonistas como Garoto, Vadico, Oscar Bellandi e uma sincopação sobre sambas tradicionais como “Rosa morena” (de Dorival Caymmi), “Morena boca de ouro”, de Ary Barroso, “Aos pés da cruz” (de Marino Pinto e Zé da Zilda) e “É luxo só” (de Ary Barroso e Luís Peixoto).

Vadico, Garoto e Bellandi já faziam acordes dissonantes como Dick Farney, Sylvia Telles e Mario Reis cantavam de forma intimista.

A Batida da Bossa Nova é bem antiga diz Bolão. Edson Machado, Chico, Dom Um, Paulo Moura, Barsoti, Milito, Airto, Sérgio Mendes e Banana.

Bonita" natureza e romantismo, forma e canção em Tom Jobim
Erosão

Lundu, umbigada, jongo, roda, samba partido, quadra, gafieira, canção, exaltação e enredo

Cher, Mariza, Plácido Domingo e Madonna também já produziam suas versões de Garota de Ipanema.   

Sem dúvida. Gente humilde de Vinicius e Garoto. Roberto Carlos com letras religiosas. Gospel e Spiritual perdem.

Olhos verdes, tristeza, quero muito, toda minha  vida.
Mistura raízes espanholas . Têm tradição em: Cuba, Porto Rico, República Dominicana, Colômbia, México, Peru, Venezuela , Uruguai, Argentina e Brasil.
França
Tristezas
, composta em 1885, em Cuba, por PepeSanchez, uma derivação da
trova
da
guaracha
da
habanera
do danzon
uma “mentalidade barroca americana” (GARCIA DE LEÓN) de alegorias, estetização exagerada da vida cotidiana e estreitamento entre culto e popular.    O bolero se expande pelo Caribe via Vera Cruz e chega ao México pela penínsulade Yucatán.

Samuel Araújo bolero 500.

Sambolero e sambalada.

Bossa Nova
A batida já havia.
O samba sincopado já existia.
Os acordes dissonantes já existiam.
O intimismo do canto já havia.
O Jazz já havia.
A melodia, harmonia e letra sofreram  inovação com Jobim.
A erudição inovação com Jobim.

Piano e violão grandes nomes

Tom também fazia arranjos para
Nora Ney, Hianto, Jorge Goulart e Carmelia Alves
Dalva
Vicente
Elizeth
Hianto

Silvinha
V Sa
Menescal

“Meia luz”, em parceria com João Luiz, que foi gravado por João Gilberto, em 1952.  ....


Há uma tese de historiadores que explica o advento da Bossa Nova c o fim dos cassinos. Fim das Big Bands
BN no espaço reduzido das boates. Festival da Canção e discotecas e casa de show volta do som alto. 

Mário Reis 


Batida
Compasso
Tempo f f
Métrica 2 ou 3
Acorde
Arpejo
Solfejo
Escala
Métrica
Ritmo

O ritmo consiste na estruturação da música em pulsações repetidas e sistematizadas dentro de um compasso. Tais pulsações (ou batidas) possuem uma determinada velocidade (ou tempo)
Melodia harmonia

Toda fórmula de compasso pode ser classificada numa certa métrica. Os termos binário, ternário e quaternário referem-se ao número de tempos.

Benutti Brito Franzon identidade e tradução preservada

Balada e  bolero

O Amor", "A Natureza" e "O Rio de Janeiro". A música segundo Tom Jobim e A Luz de Tom Jobim. N  P Santos.

Harmonia e melodia de Tom

Samba de Roda

Samba

Samba canção

Samba Partido Alto

Pagode

Exaltação Sambalanco

Afro

Protesto

Monstros sagrados como Sílvio Caldas, Orlando Silva, Nelson Gonçalves, Vicente Celestino, Galhardo, Francisco Alves, Mário Reis, Dick Farney.
Flávia Dantas Dois Faróis.

As canções de Tom Jobim podem ser interpretadas na linha de João Gilberto, Nara Leão, Dick Farney e Sylvia Telles, como também podem ser interpretadas no estilo do Sambalanço ou Samba Bossa, como Elza Soares interpretou, podem ser interpretadas de forma apaixonada como Leny Andrade, Nana Caymmi e Maysa interpretaram ou pode ser lida como jazz ou blues. Essa riqueza é essência das músicas de Tom. Sua beleza suprema.

Riqueza infinita do genial Maestro !
Bonito de toda forma !

Instrumental
Sinfônico
Coro de vozes
Grandes vozes
Orlando Silva, Nelson Gonçalves, Silvio Caldas, Galhardo
Como bolero tb
Fado

Elis Regina apaixonada

Valsa
Choro
Moda
Lirismo

Maravilhosa obra !

A Bossa Nova abriu um horizonte para a música popular e fez surgir a Música Popular Brasileira. Elis, Milton, Gal, Tito Madi, e tanta gente boa.

Elis Regina e Jair Rodrigues

Zimbo Trio e Loy tradição raiz e moderno
Minimalismo e grande voz eclético
Napolitano
A Campos
Sambalanço
política complexa moderno classe Média afasta e reveste samba e além samba

Conservador esotico Villa Lobos

Intimismo EUA
Noel
Jazz Cool

Maravilhoso❤.     Sambalanço

Donato, Deodato, Orlandivo,
Djalma Ferreira, Ed Lincoln, Celso Murilo, Inezita Barroso, Dolores Duran, Elza Soares, J R Kelly, Waldir Calmon, Miltinho e Isaurinha Garcia. A Bossa Nova que samba. A Bossa Nova que dança.

Arpejo solfejo

Extensão da voz
Ella Fitzgerald

Khuen
Sinfonia do Rio
Radames
moderna harmonia

Tapajós
Zé Renato
Bosco

Tom Clube da Esquina

Crooners

Poema musicado
Samba de breque
Sambalanço e Exaltação
Samba jazz
Síncopado
Dissonância
Intimista cantores
Cool Jazz Kenton
Fox
Ritmo
Métrica
Orquestra
Opereta
Alvorada e Gnatalli
Bolero
Balada
Choro
Samba canção
Harmonia
Batida
Blues
Noel
Mário Reis
Sylvia
João
Crosby
Sinatra
Durval , Menescal , Alf , Banana e Lyra
Melodia repete

Origem do choro
Tango polca lundu abaneira xote

Samba não Samba
Percussão
Tamborim
Clareza no samba
J Gilberto
Recorte

Milton Banana, Alf, Baden Powell, Durval Ferreira, Lyra, Menescal e João Gilberto e a definição do ritmo da Bossa Nova

Harmonia jazz acordes variações dissonância síncopado arranjo escala

Sinfonia do Rio Modernismo

Bossa Nova

Lady
Night
Puerta
Dois

Villa
Debussy
Alf

Cole
Lorenzo Mamma
Ted Dameron

Sinatra
Neal
Anka
Bacharach Lounge Berlim Gerswhin Ravel
Dionísio Samba
Cole

Tinhorão

Bossa Nova
As teses
Samba Jazz
Raul de Sousa
Bebop Cool jazz Charleston

Pode ser Noel, Salvador, Moreira da Silva, a poesia musicada de Vinícius, Dick, Hianto, Alf, Newton, Tom, Silvinha, João, Banana, Mário Reis, Cool Jazz....

Harmonia, melodia, lírica de Tom Jobim

Caminhos incríveis da melodia

Madrigal

Erudito e popular
Tradição e modernidade o novo
Nacional e internacional
Samba e não samba

Bolero Balada

Universal nacional

Samba Sambalanço

Romântico Impressionismo Simbolismo Modernismo
Identidade nacional Continente

Música regional folclore

Tango bolero caribe jazz
Choro Maxixe Samba Samba canção
México Argentina Cuba Colômbia
EUA

Be bop

Vinícius de Moraes teve uma fase espiritual e carnal em sua poesia, elementos românticos, simbolismo e do modernismo. Tom teve elementos românticos, impressionistas e modernos em sua música. Mas não é da escola romântica.

Wave
Luiza
Como blues
garota nota
lenta
dissonância
Chico métrica da poesia
harmonia melodia
repete sobe desce
Harmonia e novo efeito .

Traduz 

Explicar o que o autor diz de sua sociedade e cultura para outra sociedade e cultura.

Traduzir e preservar a poesia, a pronuncia e o sentido.   As versões das canções de Jobim para o inglês não afetaram a identidade nacional das mesmas, o modo como os tradutores e cantores estrangeiros receberam e interpretaram a melodia e a lirica de Jobim e seus parceiros não descaracterizou o elemento nacional. Obviamente, no encontro cultural, foi preciso buscar aproximações, muitas vezes, para o bom entendimento por parte de quem vive em outra sociedade e cultura. Contudo, a poética se manteve. No campo semântico buscaram palavras que expressassem o sentido pretendido pelos compositores, sem prejuízo da prosódia em outro idioma. A beleza melódica não foi prejudicada. Essa é a conclusão que estudos acadêmicos chegaram na área de Letras e da Música propriamente dita após analisar mais de vinte canções vertidas para o inglês.
Tradutores : Ray Gilbert, Norman Gimbel e Gene Lees

Tensões dialéticas
Político e não político
Passado e futuro
Samba e não samba
Erudito e popular
Nacional e internacional

*****

Cage e João ritmo métrica intervalo indeterminada

A diferença na música está no ritmo. É o ritmo que define o que é que você está tocando Wilson das Neves.

O samba de breque tem uma característica que é muito marcante. As letras do samba de breque são letras muito bem humoradas, que contam historias, é uma cronica

o samba sincopado síncope permitia que os artistas brincassem com a letra de uma música durante seu andamento e encaixassem letras que se achava que iam caber. "A síncope é o deslocamento do tempo forte", acrescenta Das Neves. O ritmo sincopado é visto também no samba de gafieira, mas com acompanhamento orquestral

O
tempo de João é utópico experiência deslizante do vagar, um movimento de alegria contida mas genuína, sem mais saudades — diferente do tempo, do ritmo do trabalho que vai delinear a experiência samba dos anos 1930 e 1940

Épico orquestral Ary
Valsa choro xote polca
Sinho Donga samba
Villa exótico conservador 

Catulo Callado Anacleto
Heitor
Música nova Rio Sinfonia
Ary tensões
Aquarela
Identidade
Abertura Night Day
Fox
Intuitivo Villa-Lobos
Samba sem letra
Sincopado letra
Aracy Cortes
F Alves
Dissonância
Impressionismo
Opostos Bossa tensões
Política
Samba
Tradição
Nacional
Ciata Tia
Carinhoso polca
Bolero cantoras
Balada
Apropriar apagar mudar poesia pronuncia EUA
Maxixe
Jazz Dick M Reis Silvinha Lúcio Bing
Ismael desfile enredo
Breque choro samba
Blues Wave
Garota Jazz
Tom romântico escola
Sambalanço umbigada
Jongo Caxambú
Jobim Aquarela
Indeterminada fala canto João

Satier
Mozart
Chopin

Choro Maxixe Samba
Sambalanço

Jazz modal

**********

Antônio Carlos Jobim 


Tom Jobim não era um compositor meio erudito e meio popular, nem um autor popular interessado pelo aspecto erudito, tampouco, Ernesto Nazareth, ambos eram plenamente eruditos, eruditos apaixonados pelo popular.

São compositores nos quais a qualidade da elaboração musical é tão alta que a fronteira entre o erudito e popular se apaga.

Tom Jobim nunca quis ser um músico ouvido apenas pela elite social, ele fazia música para todos. Com Leo Peracchi, Panicalli, Bocchino, Radamés Gnatalli, H. J. Koellreutter e Villa-Lobos, Tom Jobim aprendeu que a fronteira é tênue ou não existe.

A influência de eruditos atravessa toda a sua obra, não apenas as sinfonias, melodias para instrumental e orquestração, tanto nos aspectos melodicos como harmônicos. Debussy, Ravel, Chopin, Bach, Villa Lobos e Gershwin se fazem presente.

Com a professora Lúcia Branco, Jobim tocava todos os clássicos, bem como com Tomás Teran, pianista espanhol concertista e amigo de Villa-Lobos. Foi ela que o incentivou a desenvolver seu potencial de compositor.

Lucia Branco foi professora de gigantes como Jaques Klein, Arthur Moreira Lima, Nelson Freire  e Luizinho Eça.

Hans Joachim Koellreutter era o expoente máximo do dodecafonismo de Arnold Schoenberg. Claudio Santoro, Guerra Peixe e Isaac Karabtchevsky também foram alunos de Koellreutter. 

Quando Tom Jobim era um jovem músico em formação, a fronteira entre o erudito e o popular era rígida. Os dois mundos não se comunicavam de modo frequente. Tom Jobim gostava de ouvir e tocar Ravel, Chopin, Bach, Beethoven entre outros. Debussy e Villa Lobos foram as influências mais fortes.

Tom declarou que em Chega de Saudade usou uma sucessão de acordes “que é a coisa mais clássica do mundo” e que a Bossa Nova tem “influências profundas de Villa-Lobos”. Na harmonia, a influência de Debussy e Ravel nos acordes expandidos e Gershwin em Chansong.

Passarim, Chovendo na Roseira, Sabiá, Insensatez, Valsa Sentimental, Canta Mais, Falando de Amor, Samba de uma Nota Só, Urubu, Terra Brasilis, Matita Perê, Luiza, são, portanto, inúmeras as comprovações da formação erudita de Jobim.

Críticas do impressionismo e romantismo
Instrumental sopro Radames

Darius Ele conheceu a música brasileira desde o começo do século até 1974. Foi uma testemunha ocular da História. Complexidade ritimica,  estilo sincopado e harmonia tonal.

Debussy Gerswhin harmonia

Sarah Vaughan, Ella Fitzgerald, Salema Jones, Carmen McRae, Diana Krall, Lorez Alexandria, Karrin Allyson, Stacey Kent, Dianne Reeves, Barbara Casini, Donne Warwick.
Nat, Bing, Cole, Peguy, Doris, Duke, Oscar, Bill Evans, H Mann, Miles, Dizzy, Countie, Dorsey, Kenton, Louis, Corea, Pat, Carter, Brunbeck, Sax, Stan.

Violão 

Raphael Rabello

Yamandu

Baden Powell

Paulinho Nogueira

Turíbio Santos 

Nestrovski

Belinatti 

Duo Abreu 

Nossos sentimentos aos familiares e amigos de Sérgio Abreu, famoso violonista, que faleceu, ontem, no Rio de Janeiro, aos 76 anos, ele formou um duo com seu irmão Eduardo, até 1975, um grande nome do violão clássico como Turíbio Santos,  Barbosa-Lima e os irmãos Assadi.


Uma história bonita de dois jovens cariocas de Copacabana que não se perderam nos prazeres efêmeros da juventude, mas se aprofundaram nos estudos clássicos do violão. Perfeccionistas. Sérgio se tornou um luthier ou fabricante de violão. Na juventude, ouviam Jacob do Bandolin, e outros clássicos populares. 


Estudaram com o avô e o pai, Antonio e Osmar, respectivamente, depois com Adolfina conhecida como Monina Távora, discípula de Andres Segovia e de Domingo Prat e com Isaías Sávio.


Isaias Sávio foi professor de grandes talentos do violão clássico brasileiro: Marco Pereira, o maestro Antônio Manzione, Jônatas Batista Neto, Antonio Carlos Barbosa Lima, Paulo Belinatti, Maria Lívia São Marcos, e Henrique Pinto. Foi também professor do compositor e violonista Luiz Bonfá e professor de Toquinho. Francisco Mignone, Theodoro Nogueira, Guido Santórsola e Osvaldo Lacerda fizeram música em sua homenagem. Suas obras foram gravadas por  Sharon Isbin, Carlos Barbosa-Lima, Yone Ferreira e Maurício Orosco 


Sérgio e Eduardo Abreu estudaram também com Florêncio de Almeida Lima e o compositor italiano radicado no Uruguai Guido Santorsola .


Gravaram Vivaldi, Sor, Scarlatti, Ravel, Bach,  Villa-Lobos, Mozart, Mouret, Rameau, Radamés Gnattali, Willy Burkhardt, Benjamin Britten, e Lennox Berkeley. 


Tocaram com o violinista Yehudi Menuhin (1916-1999), com a English Chamber Orchestra, gravaram os concertos para dois violões e orquestra de Mario Castelnuovo-Tedesco (1895-1968) e Santorsola.


Gravaram com Maria Lúcia Godoy, Julian Bream, Placido Domingo, Martha Argerich, Rostropovich e Pierre Boulez.


Sérgio Abreu integra a linhagem de Tarrega, Pujol, Segóvia e Llobet.


Guinga o definiu como o Pelé do violão clássico, fenômeno inigualável.


Sérgio Abreu parou de fazer concerto em 1981, decepcionado com o baixo interesse do público pelo violão clássico e também da mídia.

Instrumental 


A dimensão instrumental da Bossa Nova sempre foi importante e conferiu uma grandeza ao movimento. Baden Powell, João Gilberto, Bene Nunes, W Calmon, Milton Banana, Dom Um, Durval Ferreira, Sérgio Mendes, Laurindo Almeida, e Marcos Valle.

 

Grupos como o Zimbo Trio formado por Amílton Godoi, Luís Chaves, Rubinho, Rubens Barsotti. O Zimbo Trio surgiu em São Paulo, em 1964.


O Tamba Trio (Luís Eça, Bebeto, Hélcio Milito), Bossa 3 (Luís Carlos Vinhas, Tião Netto, Edison Machado) o Sambalanço Trio (César Camargo Mariano, Humberto Cleiber e Airto Moreira)


Os criadores da Bossa Nova tocavam instrumentos.  Tom Jobim, Johny Alf, Newton Mendonça, Castro Neves, L. Bonfá, João Donato, Normando, Chico Feitosa, Carlos Lyra e Roberto Menescal. 


Jobim tocava flauta, violão e piano.

Vinícius tocava violão.

Piano clássico 


  Tom Jobim recebia colegas pianistas em casa, Arthur Moreira Lima, João Carlos Martins, Nelson Freire, Luizinho Eça. Moreira Lima e Nelson Freire como Luiz Eça e Jaques Klein foram alunos da Profa. Lúcia Branco, uma gigante do piano clássico como Guiomar Novaes e Magda Tagliaferro, grandes divulgadoras da obra de Villa-Lobos. Lúcia Branco tinha muito orgulho de ter sido aluna de Arthur De Greef que havia estudado com Franz Liszt. Havia um piano relíquia histórica da Bossa Nova onde Tom Jobim tocava com Vinícius e abria para seus amigos. Nise Obino também foi uma pianista de destaque da mesma época, amiga de Lúcia Branco. Mestra de Nelson Freire. Lúcia Branco após ouvir a Valsa Sentimental de Tom Jobim aconselhou que ele desenvolvesse o seu lado de compositor.  Eles executavam todos os clássicos, no curso. Tom Jobim tambem foi aluno de Tomás Teran, outro erudito.

Tom Jobim declarou, nessa entrevista, que se o mundo fosse destruido, ele reconstruiria tudo porque sabia tocar piano, tudo na memória.

Monstros sagrados interpretam Ave Maria de Gounod e Tom Jobim ao piano : Arthur Moreira Lima e João Carlos Martins. Clássicos ao piano. Casa do Jardim Botânico, 1980. Rua Peri.

A Nova Banda 

A Nova Banda foi criada, por Tom Jobim, em 1984, por ocasião de um convite da Orquestra Sinfônica de Viena para uma apresentação de Tom Jobim. Jobim achou que a apresentação ficaria mais bonita com um grupo musical. A criação da Nova Banda foi a melhor iniciativa, em termos de showbusiness, da carreira de Tom Jobim. Foi uma bela iniciativa que deu a devida grandeza cênica à obra de Tom Jobim. Até então, havia uma banda mais limitada e predominava o estilo intimista do piano-bar, dos primórdios da Bossa Nova.

Tom Jobim gostou do desenho da banda com o coro de vozes femininas próximo do piano. Convidou grandes nomes da música com luz própria como Jaques Morelenbaum, Paula Morelenbaum, Danilo Caymmi, Tião Neto, e Paulo Braga. Convidou os filhos, Paulo e Elizabeth, e a esposa, Ana, para poder viajar, sem ficar afastado da família. 

O coro era formado por Elizabeth Jobim, Simone Caymmi e Ana Jobim. Maúcha Adnet, Paula e Jaques Morelenbaum entrariam mais tarde, durante shows no Rio de Janeiro. Gal Costa se apresentou com Tom Jobim e a Nova Banda em Los Angeles, California, em 1987. A Nova Banda participou das gravações dos discos de Tom Jobim de 1984 em diante. Danilo Caymmi e Tom Jobim eram as vozes masculinas do grupo.

Jaques Morelenbaum declarou que Tom Jobim estava muito deprimido com a morte de Vinícius e havia quatro anos não se apresentava em público. A Nova Banda deu novas energias a Tom Jobim. Eles viajaram pelo mundo todo, aplaudidos pela mais diferentes plateias. Foi uma pena que a Nova Banda não tivesse sido criada há mais tempo. A Banda só foi extinta com a morte de Tom Jobim em 1994. Podemos usar a expressão Banda Nova ou Nova Banda, mas os integrantes da Banda dizem que usavam a expressão Nova Banda de modo predominante.


Para Leonard Feather (1914-1994), compositor, produtor e um dos maiores críticos de jazz norte-americano:


“Águas de Março, sem dúvida, é uma das maiores melodias do século 20. A sensibilidade de Jobim é algo único. Coisa de Mozart e Erik Satie”.

A formação de Tom Jobim 

H. J. Koellreutter, Leo Peracchi e Radamés Gnatalli contribuiram para que Tom Jobim não ficasse preso à clivagem erudito popular. Tomás Teran apresentou Tom Jobim a Radames Gnatalli. Villa-Lobos também incluía o choro e a poesia popular na sua produção erudita. Leo Peracchi apresentou Jobim a Heitor Villa-Lobos. Bene Nunes que era colega de Tom Jobim na noite, o aconselhou a estudar orquestração. Em Tom Jobim a fronteira popular erudito se apaga. Tom Jobim trabalhou com Alceo Bocchino, Lyrio Panicalli, Guerra Peixe, Nelson Riddle e Claus Ogerman, grandes nomes. No campo erudito a formação de Tom Jobim vem de Villa Lobos, Debussy, Ravel, e Chopin.  Quem removeu a timidez de Tom Jobim foram Aloysio de Oliveira, Leo Peracchi e Elis Regina. Lúcio Alves e Dick Farney deram as diretrizes sobre as tendências da música nos EUA. 

Samba de uma nota só 

Samba de Uma Nota Só estava demorando para ser concluída. Newton Mendonça estava impaciente e achava que Tom Jobim não estava muito interessado em concluir a lírica. Tom pegou a partitura, jogou na mesa e disse "Eis aqui esse sambinha, feito de uma nota só, outras notas vão entrar, mas a base é uma só ...". Num instante Tom Jobim fechou a letra, cobrindo perfeitamente a parte da melodia ainda sem letra, concluindo esse grande sucesso da dupla. A letra dizendo o que se passa na melodia.


Newton Mendonça compôs o tema inicial de “Samba de uma nota só” em 1954. Esse clássico da Bossa Nova fez parte do disco “O Amor, o sorriso e a flor”, de João Gilberto, 1960.


Gravações de destaque na época foram de Sylvia Telles, Os Cariocas, Baden Powell, Radamés Gnattali, Tamba Trio, Maysa entre outros, além do próprio Tom Jobim.


Em 1971, Nara Leão lançou o disco “10 Anos Depois”  com clássicos da Bossa Nova, que incluia “Samba de uma nota só”.

Dimensão instrumental 

 A dimensão instrumental da Bossa Nova sempre foi importante e conferiu uma grandeza ao movimento. Baden Powell, João Gilberto, Bene Nunes, W Calmon, Milton Banana, Dom Um, Durval Ferreira, Sérgio Mendes, Laurindo Almeida, e Marcos Valle.

 

Grupos como o Zimbo Trio formado por Amílton Godoi, Luís Chaves, Rubinho, Rubens Barsotti. O Zimbo Trio surgiu em São Paulo, em 1964.


O Tamba Trio (Luís Eça, Bebeto, Hélcio Milito), Bossa 3 (Luís Carlos Vinhas, Tião Netto, Edison Machado) o Sambalanço Trio (César Camargo Mariano, Humberto Cleber e Airto Moreira)


Os criadores da Bossa Nova tocavam instrumentos.  Tom Jobim, Johny Alf, Newton Mendonça, Castro Neves, L. Bonfá, João Donato, Normando, Chico Feitosa, Carlos Lyra e Roberto Menescal. 


Jobim tocava flauta, violão e piano.

Vinícius tocava violão.

**********

Tango e Samba canção 

 Tom Jobim, Astor Piazzolla, Chico Buarque e Caetano Veloso em um programa da Globo nos anos 80. Astor Piazolla estaria completando 100 anos de vida. Os argentinos o admiram como grande músico, renovador do tango, assim como Tom foi um marco na música brasileira com a Bossa Nova. 


Caetano falou no programa que ele e Chico estavam extremamente honrados de receber esses dois grandes nomes da música.  


Álbum Encontro Jobim e Piazzolla. Dois eruditos apaixonados pela música popular. Tom incorporou Debussy, Ravel, Bach, Chopin e Piazolla incorporou Bach, Stravinsky e Bartok. Ambos fizeram conexões com o Jazz e o Jazz latino.  Burton e Mulligan.


Piazolla prolongou a popularidade do tango entre as novas gerações. Com Julio de Caro, Osvaldo Pugliese, Aníbal Troilo, Horácio Salgán e muitos outros, o tango sempre foi fortemente instrumental. 


Assim como Tom Jobim, Piazolla influenciou uma legião de músicos como :  Q Jones, Glass, Gismonti e Guarnieri. Seu propósito sempre foi a produção do belo, do sublime. A música que encanta e emociona.


Música brasileira com grandes compositores e a música argentina também como

 Le Pera, Villoldo, di Sarli, Donato,  Arolas,

Santos Discépolo, Canaro, Matos Rodríguez, del Carril,

Sosa, Fresedo,  D'Arienzo, Firpo, Lomuto.


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A Amizade e a composição 

Tom Jobim e Vinícius de Moraes

Tom Jobim com Newton Mendonça, Billy Blanco, Aloysio de Oliveira, Chico Buarque e Luiz Bonfá, Antonio Maria 

Tom Jobim e Radames Gnatalli 

Lyra, Menescal, Boscoli e João Gilberto

A Bossa Nova foi um movimento de jovens e amigos 

Evaldo Gouveia e Jair Amorim

Nelson Gonçalves e Adelino Moreira 

Silvio Caldas e Orestes Barbosa

Mário Lago e Ataulfo Alves 

Roberto Carlos e Erasmo Carlos 

Aracy de Almeida e Noel Rosa

Noel Rosa e Vadico 

Tommy Dorsey e Frank Sinatra

Ella Fitzgerald e Cole Porter 

Amigos partilham valores, visões de mundo, hábitos, gostos, amores, e etc 

Amizade favorece projetos e a produção musical


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