sexta-feira, 29 de setembro de 2023

 Tom Jobim e Elis Regina foi o maior sucesso de público da música brasileira. 


Elis Regina foi uma cantora projetada pela Bossa Nova mas que não ficou presa a um padrão interpretativo. Ela colocava toda sua expressividade nas músicas. Pura emoção. 


Elis foi reconhecida internacionalmente, apresentava se em TVs pelo mundo todo 


Tom Jobim também reconhecido pelos maiores músicos do planeta


Momento épico, grandioso


O disco foi gravado em Los Angeles

 O músico Tom Zé que foi aluno de Koellreutter cita "Retrato em Branco e Preto", de Tom e Chico Buarque, como a sua favorita: "É o retrato mais colorido que se pode fazer com o cimento e o aço da música, que são os semitons, as modulações e uma arte toda". Segundo Tom Zé, "nós temos muitos grandes artistas, muitos grandes compositores, mas temos também as estacas em que o céu se segura: Noel, Villa-Lobos, Tom Jobim e "Atrás do Trio Elétrico". Depoimento para a Folha de São Paulo.

 Esse Dream Team da música brasileira e mundial se reunia para discutir os rumos da música brasileira nos anos 60. Nelson Motta fez a cobertura jornalística do evento. Presente também João Araújo, fundador da Som Livre e seu presidente, pai do Cazuza. João de Barro era o pseudônimo usado pelo Braguinha.



Francis Hime, Tom Jobim, Dori Caymmi, Sidney Miller, Dóris Monteiro, Zé Kéti, Sônia Lemos, Ângela Maria, Elizeth Cardoso, Vinicius de Moraes e Edu Lobo.Nelson Motta,  Jandira Negrão de Lima,  Vinicius de Moraes, Linda Batista, Chico Buarque, Luiz Bonfá, Braguinha, Tuca, A mulher do cachorrinho,  Zé Keti, Sidney Miller, Dori Caymmi, Paulinho da Viola, João Araújo,  Capinam, Caetano Veloso, Torquato Neto, Tom Jobim, Edu Lobo, Lenita Plonczynski, Olívia Hime, Helena Gastal, Francis Hime, e Luiz Eça

 O Maestro Júlio Medaglia cita "Desafinado", parceria com Newton Mendonça, "Garota de Ipanema" e "Chega de Saudade",  com Vinicius, respectivamente.


Medaglia diz ter escolhido a mais importante para ele, ele diz que "caiu duro" ao escutar João Gilberto tocando "Desafinado", em uma loja de discos em Franca, São Paulo.


Ele contou aos amigos que havia surgido uma nova música que iria mudar o mundo.


Um canto quase falado sem orquestra, quando reinavam as grandes vozes e a forte presença da orquestra.


Nelson Motta também parou para ouvir aquele modo diferente de cantar.


Tom Jobim tem um talento comparável ao de Mozart, quando produz tanta beleza melódica com tão poucas notas diz Júlio Medaglia. 


Chega de Saudade tem todos os elementos da Bossa Nova, a melodia, a letra e a harmonia, a maneira triste de iniciar e terminar de modo alegre. Riqueza harmônica e originalidade melodica.

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

 O Maestro Júlio Medaglia cita "Desafinado", parceria com Newton Mendonça, "Garota de Ipanema" e "Chega de Saudade",  com Vinicius, respectivamente.


Medaglia diz ter escolhido a mais importante para ele, ele diz que "caiu duro" ao escutar João Gilberto tocando "Desafinado", em uma loja de discos em Franca, São Paulo.


Ele contou aos amigos que havia surgido uma nova música que iria mudar o mundo.


Um canto quase falado sem orquestra, quando reinavam as grandes vozes e a forte presença da orquestra.


Nelson Motta também parou para ouvir aquele modo diferente de cantar.


Tom Jobim tem um talento comparável ao de Mozart, quando produz tanta beleza melódica com tão poucas notas diz Júlio Medaglia. 


Chega de Saudade tem todos os elementos da Bossa Nova, a melodia, a letra e a harmonia, a maneira triste de iniciar e terminar de modo alegre. Riqueza harmônica e originalidade melodica.




I ll Never go

 Tom Jobim e Elis Regina 


O desenvolvimento melódico via repetição e transposição de motivos curtos, vem de Chopin, e de Gershwin. De Chopin a harmonia de condução de vozes, com uma nota estacionária e as outras vozes movendo-se paralelamente de um acorde para outro.  

Instrumento e seu uso pelo impressionismo

Koellreutter Radames



Tom Jobim em múltiplas versões

Samba canção, Sambalanço, Choro, Valsa, Seresta 

Soul, Jazz, Bossa, R&B, Fusion, Modal, Cool, Smooth Jazz , Pop, Disco, Balada 

Todos os grandes nomes do jazz gravaram Tom Jobim 

Quincy Jones 

Tony Bennett

Gerry Mulligan

Tema para Jobim 

Oscar Peterson

Duke Ellington

Count Basie 

Dizzy Gillespie

James Moody 

Webster

Nancy Wilson 

McRae

Peggy Lee 

Nat King Cole 

Pearl Bailey

Aretha Franklin 

Coultner 

Diana Ross

Donna Summer


Precursores da Bossa Nova 

Noel Rosa

Samba sincopado 

Samba dissonâncias, Vadico e Garoto 

Dick Farney, Lúcio Alves, Sylvinha Telles, Johnny Alf.

Foi a noite, Tom Jobim e Newton Mendonça.

Henry Salvador

Cool Jazz, S. Kenton

Show na Hebraica

J London


Foi a noite de Tom Jobim e Newton Mendonça foi gravada por Sylvinha Telles em 1956, essa canção é apontada por muitos como possuidora das sementes da Bossa Nova. Grandes nomes gravaram como Agostinho dos Santos, Fátima Guedes, Ernani Filho, Tito Madi, Maria Creuza, Cauby Peixoto, Johnny Alf e muitas outras lindas vozes. Almir Ribeiro, um talento precocemente desaparecido, também gravou. Na foto com Mariza Gata Mansa e Dolores Duran.


Clare Fisher

Ann Hampton Callaway

Lionel Hampton

Jamal

B Ecksteine

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

 Tom Jobim e Villa Lobos e a identidade cultural do Brasil 

 "A Bossa Nova ajudou a desfazer a mentalidade derrotista, a falsa modéstia, o nacionalismo pequeno, tacanho, a hipocrisia de parte da crítica. 


Nós superamos todas as adversidades possíveis, cultura diferente,  língua diferente, país pouco conhecido, vencemos em um mercado poderoso, com uma  indústria musical gigantesca. Levamos nossa música, nossa cultura, fomos reconhecidos pelo público e crítica, então, sem ter o que dizer, inventam que fazemos música estrangeira. 


Mesmo que fizéssemos música típica de outros países e tivéssemos o reconhecimento deles, já seria uma grande vitória, pois, na América, existem centenas de compositores que podem fazer um jazz excelente, baladas, e assim, em cada país, centenas de músicos brilhantes para fazer valsa, bolero e etc.


Através do nosso samba-canção com excelência alcançamos o universal. 


Minha produção é versátil, faço choro, moda, samba canção, valsa, seresta, assim como João Gilberto se declara um cantor de samba-canção, mas canta todo tipo de música"

 Obra do artista plástico Mello Menezes. Uma pintura que vale por mil palavras e interpretações da obra de Tom Jobim. Um compositor que participa da obra da natureza.  A voz da mata, a voz da fauna, a sinfonia da natureza, o céu, o sol, a montanha, o mar, as praias, as águas, a harmonia do homem e da natureza, a mulher. O compositor como um co-criador do Universo. O belo e o amor pelo conjunto da natureza. Uma visão do Éden ou o Maravilhoso Mundo de Antonio Carlos Jobim. O regente da Mãe Natureza. Em cada estrela uma canção. Um compositor que fala com a nossa alma. Crença ou otimismo forte no futuro do Brasil, o papel do Brasil na America Latina e no mundo, desenvolvimento econômico e social, cinema novo, nova arquitetura. O Tom como morro verde, amarelo, azul, "que não tem vez", a crítica social, "a cidade que vai se alegrar" quando o morro tiver vez, a tragédia de Orfeu, desgraça no meio da alegria suprema do carnaval. Tensão, drama, na letra, na melodia e leveza.


As artes, ou seja, literatura, música, dramaturgia, permitem ao homem pensar sobre experiências que não tiveram, alternativa ao que viveram, sentir mais intensamente saudade, alegria, tristeza, fixar na memória momentos felizes. Tom Jobim acreditava no poder transformador da musica, mas lembrava que a música pode ter múltiplos propósitos como ir a guerra, relaxar, fazer exercício físico, amar e etc.


Jabor dizia que Tom Jobim sempre o remetia a um passado idealizado e a um Brasil alternativo.  A perfeição e a excelência da música e o descompasso com a realidade social. A saudade, portanto,  do que podíamos ter sido. 


Saudade de um Rio de Janeiro diferente. Um tempo que passava mais lento. Uma  época onde curtiamos a vida com prazer. Hoje não há tempo, há um caos de acontecimentos e um sumidouro de eventos e damos graças a Deus de sairmos vivos. No passado, por exemplo, passear pela praia era lírico, bucólico. Ipanema era um pedaço do paraíso.


Tom Jobim era nossa referência cotidiana. Felizmente não se ausentou em definitivo do Brasil, para viver nos EUA. Enquanto viveu, esteve presente aqui, falando de tudo. 


Gostava de falar de aves, animais da mata e do mar, não apenas pelo amor à natureza, mas também porque desejava fugir da brutalidade do cotidiano. 


Tom Jobim falava da natureza e da necessidade de harmonia do homem com o meio. Não fazia uma pregação romântica, mas realista. 


Ao tratar a realidade social em Orfeu Negro não reforçava esteriótipos, faz uma crítica sofisticada. Tragédia em meio a máxima expressão da felicidade.


Tom era um mediador do mundo dos homens com natureza. Sem a harmonia com a natureza, não há como pensar o futuro da sociedade, dizia Jabor sobre Tom. Ao morrer Tom Jobim voltou à natureza como árvore, floresta ou algum animal que ele amava. 


Jabor dizia que Tom Jobim não era delimitavel. Tom não tinha começo e nem  fim, era um Debussy de conceitos, lançados uns sobre os outros, como num fluxo das ondas de Ipanema. O Brasil pensava sobre si, através de Tom Jobim. Sua morte foi a derrubada de uma floresta. Através de Jobim, Guimarães Rosa, Villa-Lobos, Debussy, Chopin, Ravel, Ary Barroso se faziam presentes.


Uma perda enorme para a cultura nacional. 


São referências para pensar o Brasil que partem e deixam um enorme vazio.


Catedrais de beleza musical


Maestro Soberano


Samba-canção, samba choro, valsa, sinfonia


A Bossa Nova foi um movimento de renovação da música brasileira. Um desejo de renovar a melodia, harmonia, letra, interpretação instrumental e vocal. O modelo do samba canção, choro, bolero e serestas necessitava uma ampliação de horizontes para atender às demandas de uma nova geração que não se reconhecia nesses antigos limites. Muita tristeza, drama, e tragédia. Os jovens desejavam leveza, uma postura otimista, afirmativa, feliz em relação à vida e ao mundo. Não significa que o que havia antes não fosse belíssimo. De fato era, mas o público sentia necessidade de uma nova forma de expressar sentimentos e visões sobre o mundo. Uma nova roupagem da tradição. Uma nova leitura. Elementos da música erudita foram introduzidos e o público international pôde admirar e incorporar nossa produção musical.


A Bossa Nova é muito mais do que um estilo de compor e interpretar, é a origem da música brasileira moderna. Harmonia, melodia, letra.

Tom Jobim não tem dez canções extraordinárias mas 100 canções acima do normal.

Sua obra é imortal.

Paixão e emoção de múltiplas formas. Poesia pura.

O universal no nacional. A comunicação universal das culturas.

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

 Encontro histórico da Bossa Nova, ano de 1962, o mesmo ano da apresentação do Carnegie Hall que foi realizado em 21 de Novembro, em NYC, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, João Gilberto e Os Cariocas. No Au Bon Gourmet, 2 de Agosto de 1962, Rio de Janeiro. Foi interpretada pela primeira vez Garota de Ipanema.

 Das 15 músicas mais tocadas do Brasil, 8 são de Tom Jobim. A mais tocada é Carinhoso de Pixinguinha e Braguinha, a segunda mais tocada é Aquarela do Brasil de Ary Barroso, a terceira é Garota de Ipanema de Tom e Vinicius, a quarta é Asa Branca de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira e a quinta é Manhã de Carnaval de Luiz Bonfá e Antonio Maria.

Por muito tempo a primeira foi Aquarela do Brasil e depois Garota de Ipanema.


As mais tocadas de Tom Jobim, segundo o ECAD:


Garota de Ipanema – Tom Jobim/Vinicius de Moraes

Wave – Tom Jobim

Chega de Saudade – Tom Jobim/Vinicius de Moraes

Eu sei que vou te amar- Tom Jobim/Vinicius de Moraes

Águas de março – Tom Jobim

Corcovado – Tom Jobim

Samba do avião – Tom Jobim

Água de beber – Tom Jobim/Vinicius de Moraes

Desafinado – Tom Jobim/Newton Mendonça

Samba de uma nota só – Tom Jobim/Newton Mendonça

Insensatez – Tom Jobim/Vinicius de Moraes

Só tinha de ser com você – Tom Jobim/Oliveira Aloisio

Só danço samba – Tom Jobim/Vinicius de Moraes

Dindi – Tom Jobim/Oliveira Aloisio

A correnteza – Tom Jobim/Luiz Bonfá

Anos dourados – Tom Jobim/Chico Buarque

Estrada do sol Tom Jobim/Dolores Duran

O morro não tem vez – Tom Jobim/Vinicius de Moraes

Ela é carioca  Tom Jobim/Vinicius de Moraes


Tom Jobim e a Nova Banda

domingo, 24 de setembro de 2023

 Terry Kirk man

 O sucesso da Bossa Nova se deveu a vários fatores. Era uma expressão cultural de uma época, eram jovens idealistas não movidos por interesses mercadologicos menores, buscaram pensar um Brasil e um mundo diferente e melhor, se comunicar com outros povos e culturas, conhecer outras culturas, faziam uma música de excelência. Tom Jobim estudou os eruditos e os clássicos da canção popular nacional e internacional como Cole Porter, e Gerswhin. Lyra diz que Tom Jobim pouco antes de morrer estava muito indignado com os rumos da nossa música

 As negociações entre as gravadores de Tom Jobim e Frank Sinatra iniciaram se no ano de 1964, nessa época os músicos americanos já haviam encontrado na Bossa Nova uma fonte infinita de riqueza musical e renovação do Jazz. Quando Frank Sinatra telefonou para Tom Jobim no bar Garota de Ipanema foi para sacramentar o acordo, era o Ok de Sinatra. Sinatra já havia escutado e escolhido o repertório. 


Antes da Bossa Nova e Tom Jobim, artistas brasileiros fizeram sucesso no exterior, como Zequinha de Abreu com Tico Tico no Fubá, Waldir Azevedo com Brasileirinho, Ary Barroso com Aquarela do Brasil e Na Baixa do Sapateiro aka Brazil and Bahia, Carmem Miranda cantando músicas brasileiras nos EUA, Bidú Sayão com canções de Villa Lobos, e artistas como Caymmi, Pixinguinha, Gonzaga. Tom Jobim sempre citava esses exemplos de sucesso da arte brasileira no mundo. Contudo, com a Bossa Nova ocorre uma mudança de paradigma, ocorre uma projeção internacional que foi incorporada pela música internacional e se tornou estrutural, influenciando gerações. Não era mais uma música do Brasil mas universal.

sábado, 23 de setembro de 2023

 Tom Jobim com o compositor e poeta maranhense, João do Vale, em um especial da Rede Globo. 


Grandes nomes da música gravaram canções de João, como Luiz Gonzaga, Maria Bethânia "Carcará", ele atuou com Ze Kéti, Chico Buarque, Nara Leão e Gonzaguinha. 


Tom Jobim foi convidado para cantar com João num álbum com grandes nomes da música, No Pé do Lageiro. 


Tom admirava muito as vozes da terra e o folclore brasileiro na música. 


Marlene, Luis Vieira, Dolores Duran, Tim Maia, Elba Ramalho e Alceu Valença também gravaram canções de João do Vale




Nos idos de 1973, na época do álbum Matita Pere aka Jobim nos EUA, Tom Jobim usando um bigode. O colunista social Ibrahim Sued até brincou com ele, dizendo que ele estava muito circunspecto. Era avô de Daniel e com bigode. 


Casa da rua Codajás.


Claus Ogerman, maestro e arranjador.


Dori Caymmi no violão com Tom Jobim na flauta.


 Gravação do álbum de Frank Sinatra e Tom Jobim de 1967, em Los Angeles. Três indicações para o Grammy Internacional

 Eu não existe sem você de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, um clássico.

Grandes nomes gravaram:

Leny, Nana, Nara, Maysa, Elis.

Oswaldo Montenegro.

 Tom Jobim e a Nova Banda

Lígia

Marina, Roberto Carlos, Simone, Miucha, e Ana Setton gravaram

 O samba nasceu da mistura da polca austríaca com o lundu africano. A primeira geração de Donga, João da Baiana, Sinhô e Heitor dos Prazeres fez um samba sob influencia do maxixe, depois veio o samba do Estácio que se afastou do maxixe e o samba canção




Alguns cantores famosos do passado que gravaram canções de Tom Jobim com Vinícius de Moraes, Newton Mendonça, Dolores Duran, Aloysio de Oliveira, Marino Pinto, Billy Blanco, e Paulinho Soledade.


Mauricy Moura 1953, Ernani Filho 1953, Sylvia Telles 1956, Elizeth Cardoso 1958, Roberto Paiva 1956, Agostinho dos Santos 1959, Maysa 1959, Nara Leão 1964, Astrud Gilberto 1965, Pery Ribeiro 1963, João Gilberto,1964, os primeiros a gravar canções de Tom Jobim.


Grandes cantores gravaram Tom Jobim

Carlos Augusto, Delora Bueno, Diana Montez, Dora Lopes, Dorinha Freitas, Ernani Filho, Jandira Gonçalves, José Orlando, Nelly Martins, Neusa Maria, Norma Suely, Sônia Dutra, Vera Lúcia, Vanja Orico. Sílvio Caldas ou Orlando Silva

Elizeth Cardoso.

Agostinho dos Santos, Angela Maria, Cauby Peixoto, Carlos José, Marlene, Dick Farney, Albertinho Fortuna, Ana Lúcia e Marisa Gata Mansa.  Se Todos Fossem Iguais a Você, por Vicente Celestino, em 1959


As damas do Sambalanço e Bossa Nova eram

Leny Andrade, Áurea Martins, Alaide Costa, Elza Soares,

Pittman, Doris Monteiro, Claudette Soares, Lana Bittencourt, Neyde Fraga, Sambalanço


Masha Campagne




Os cantores que gravaram algumas canções de Tom Jobim e Vinícius de Moraes nos anos 50 e 60.


Se todos fossem iguais a você


Estrada do Sol


Este seu olhar


Dolores Duran

Silvinha Telles 

Ana Lucia 

Angela Maria

Elizeth Cardoso

Agnaldo Rayol 

Maysa

Almir Ribeiro

Argindo Amaral

Agostinho dos Santos

Norma Suely

Roberto Paiva

Roberto Luna

Yula de Palma

Tito Madi

Lúcio Alves

Bene Nunes

Lana Bittencourt

Maria Helena Raposo 

W Calmon

Osny Silva 

Dorinha Freitas 

Carlos Galhardo

Orlando Silva

Silvio Caldas

Cauby Peixoto 

Ernani Filho

Pery Ribeiro

Gregório Barrios

Dick Farney 

Rosa Toledo

Lana Bittencourt

Claudette Soares

Carminha Mascarenhas

Leny Andrade

Carnem Costa

Ellen de Lima

Helena de Lima

Alaide Costa

Elza Laranjeira

Elza Soares

Eliana Pittman

Nara Leão

Luciene Franco

Vera Lucia 

Rosinha de Valença

Nelly Martins

Luely Figueiro


Sinfonia do Rio


Tom Jobim e Billy Blanco, 1954


Intérpretes: Nora Ney/Lúcio Alves/Os Cariocas/Gilberto Milfont/Emilinha Borba/Dick Farney/Dóris Monteiro/Jorge Goulart/Elizeth Cardoso.


 "Tom Jobim faz uma música que vai sobreviver à sua morte. Não são muitos que têm essa capacidade. 

Felizmente tivemos Tom Jobim fazendo música nas décadas de 70, 80 e 90. Ele salvou a boa música brasileira quando muita música ruim entrou. Frank Sinatra foi o primeiro fenômeno de idolatria de adolescentes e jovens, antes tivemos muita gente adorada, mas Sinatra foi o primeiro cantor de jovens em delírio, depois viriam os Beatles. Foi o primeiro Totem. Foi muito bom para a música internacional a união da Bossa Nova com o Cool Jazz. Enriqueceu ambos os lados. Quebrou aquelas baboseiras de música nacional pura. Aquelas invenções de parte da mídia. Renovou e arejou a nossa música. A geração de Caetano recuperou ritmos tradicionais, Caymmi, Gonzaga, uniu com a Bossa Nova, Jazz e Rock. Quem criticava Tom Jobim desapareceu e a sua obra ficou, porque não é possível comparar a grandeza de um lado com a mediocridade do outro lado"


Paulo Francis

Artigos Folha de São Paulo, 1983

O Globo, 1994

 Tom Jobim gostava do Rio de Janeiro e de cantar suas belezas porque o Rio de Janeiro é uma grande cidade que possui a maior floresta urbana do mundo, a floresta da Tijuca.  Ele podia viver numa cidade que reunia aquilo que marcou sua vida, a música e a natureza. 


Quando o jogo de cassinos foi proibido no Brasil, os empresários, os artistas e o público se transferiram para as boates e clubes noturnos da Zona Sul, principalmente, Copacabana. 


Para um jovem como Tom Jobim, viver em Ipanema, ainda pouco habitada, frequentar o Jardim Botânico e as praias e trabalhar na noite, numa mesma cidade, era uma felicidade máxima e a cidade com suas montanhas se projetando sobre o mar era algo muito poético e inspirador. Lembrando que a cidade era a capital e símbolo do país todo. 


A vista do mar era símbolo de um horizonte de possibilidades.


Tom Jobim e a Nova Banda




Tom Jobim, Baden Powell e Sylvinha Telles na casa de Lucia Proença e Vinícius de Moraes no Parque Guinle, fim dos anos 50 e início dos 60.  Lançamento do álbum Amor de Gente Moça, Sylvinha Telles, 1959.

Ensaio da trilha sonora para a peça A invasão, de Dias Gomes.

Data: 1962

Baden Powell, em pé à esquerda, Vinicius de Moraes e Antonio Carlos Jobim, em casa de Lúcia Proença, no Parque Guinle, durante ensaio de "O morro não tem vez", trilha sonora da peça teatral "A invasão" de Dias Gomes.


 Jardim Botânico, sede do Instituto Antônio Carlos Jobim, espaço Antonio Carlos Jobim, homenagem do Ibama ao Maestro Soberano.


"O Brasil é pura floresta! Até o nome vem da floresta!


Outrora pensou-se em dar ao Brasil o nome de Ipê. Outra árvore ameaçada e linda! O ipê-roxo, o rosa e o amarelo! Amarelo Deus! Pau-d’arco, madeira de lei.


No dia da árvore fomos plantar uma no Parque Lage. Enquanto isso acontecia queimavam-se milhares de árvores no Brasil. Não só no dia da árvore, como todo o dia.


 (....)

Mas de repente falta água no Rio de Janeiro e D. Pedro II pede ao Major Gomes Archer que plante a floresta, ou seja, que replante a Floresta da Tijuca. Naquele tempo a água principal vinha do rio Carioca, que nasce nas faldas do Corcovado, descendo pelo Cosme Velho, Santa Thereza e atravessando a Lapa pelo aqueduto, sobre os arcos, que levava água para o centro do Rio. Mas essa água não era suficiente. Dom Pedro II sabia que com o desmatamento da Serra da Carioca e do Maciço da Tijuca, os mananciais secariam. A devastação era muito grande.


Bravo Major Archer!

 (...) Sessenta mil árvores plantadas..  Deus está orgulhoso de você e eu estou feliz por você ...!


(Trechos da Apresentação do livro “Toda minha obra é inspirada na Mata Atlântica”, Ana & Tom Jobim)

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

 Nat King Cole, Tony Bennett, Sting e Moustaki a Mina, Judy Garland, Françoise Hardy e Diana Krall, além de músicos como Miles Davis, Quincy Jones, Stan Getz, Carlos Santana, Ryuichi Sakamoto... O guitarrista Pat Metheny afirmou que poderia tocar Insensatez pelo resto de

 Das 15 músicas mais tocadas do Brasil, 8 são de Tom Jobim. A mais tocada é Carinhoso de Pixinguinha e Braguinha, a segunda mais tocada é Aquarela do Brasil de Ary Barroso, a terceira é Garota de Ipanema de Tom e Vinicius, a quarta é Asa Branca de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira e a quinta é Manhã de Carnaval de Luiz Bonfá e Antonio Maria.

Por muito tempo a primeira foi Aquarela do Brasil e depois Garota de Ipanema.


As mais tocadas de Tom Jobim, segundo o ECAD:


Garota de Ipanema – Tom Jobim/Vinicius de Moraes

Wave – Tom Jobim

Chega de Saudade – Tom Jobim/Vinicius de Moraes

Eu sei que vou te amar- Tom Jobim/Vinicius de Moraes

Águas de março – Tom Jobim

Corcovado – Tom Jobim

Samba do avião – Tom Jobim

Água de beber – Tom Jobim/Vinicius de Moraes

Desafinado – Tom Jobim/Newton Mendonça

Samba de uma nota só – Tom Jobim/Newton Mendonça

Insensatez – Tom Jobim/Vinicius de Moraes

Só tinha de ser com você – Tom Jobim/Oliveira Aloisio

Só danço samba – Tom Jobim/Vinicius de Moraes

Dindi – Tom Jobim/Oliveira Aloisio

A correnteza – Tom Jobim/Luiz Bonfá

Anos dourados – Tom Jobim/Chico Buarque

Estrada do sol Tom Jobim/Dolores Duran

O morro não tem vez – Tom Jobim/Vinicius de Moraes

Ela é carioca  Tom Jobim/Vinicius de Moraes


Tom Jobim e a Nova Banda



Tom Jobim e Miúcha, 1977, outro grande sucesso da musica popular brasileira.

Heloísa Maria Buarque de Holanda, Tom Jobim gostava de falar o nome completo de Miúcha, achava bonito o nome. Ele fizeram apresentações no Brasil e na Europa. Em 1979 foi lançado o segundo álbum de Tom Jobim e Miucha.


quinta-feira, 21 de setembro de 2023

 Por causa de você de Tom Jobim e Dolores Duran na voz de Helena de Lima. Lindas vozes femininas gravaram as canções de Tom Jobim e com sua beleza vocal e interpretação realçaram a melodia e a poesia das letras, nossas homenagens a algumas delas :  Nara Leão, Leila Pinheiro, Miúcha, Gal Costa, Elis Regina, Sylvinha Telles, Vanessa da Matta, Dolores Duran, Paula Morelenbaum, Nana Caymmi, Carmem Costa, Leni Andrade, Joyce, Maria Bethânia, Marisa Monte, Maria Creuza, Carminha Mascarenhas, Zélia Duncan, Elizeth Cardoso, Diana Krall,  Alaíde Costa, Doris Day, Wanda Sá, Dóris Monteiro, Gloria Estefan, Cláudia Telles, Eugenia Melo e Castro, Maysa Matarazzo, Marisa Gata Mansa, Claudette Soares, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan,  Rosa Passos, Cris Delano, Takai, Duboc, Zizi Possi, E Elias, Carminho, Flora Purim, Astrud-Gilberto, Roberta Sá, S Kent, Bibi Ferreira, Nana, Roberta, Rosa Passos 

Sabino, Vânia , Elza L,  L Bruno, Sarah,   Ellah e Dionne Warwick.

Em outras oportunidades faremos homenagem às demais.Aniversário dos 101 anos de Doris Day. Doris Day foi uma das maiores cantoras do século XX, gravou 700 canções. Dezenas de sucessos.  Atriz e cantora.  Ela começou nas Big Bands nos anos 40. Lindas interpretações de How Insensitive e Meditação de Tom Jobim. Faleceu aos 97 anos em 2019. Dedicou a vida a cuidar dos animais.  A grande atriz e cantora Doris Day gravou Tom Jobim, belas interpretações de Insensatez, Samba do Avião, e Desafinado.

 Por causa de você de Tom Jobim e Dolores Duran na voz de Helena de Lima. Lindas vozes femininas gravaram as canções de Tom Jobim e com sua beleza vocal e interpretação realçaram a melodia e a poesia das letras, nossas homenagens a algumas delas :  Nara Leão, Leila Pinheiro, Miúcha, Gal Costa, Elis Regina, Sylvinha Telles, Vanessa da Matta, Dolores Duran, Paula Morelenbaum, Nana Caymmi, Carmem Costa, Leni Andrade, Joyce, Maria Bethânia, Marisa Monte, Maria Creuza, Carminha Mascarenhas, Zélia Duncan, Elizeth Cardoso, Diana Krall,  Alaíde Costa, Doris Day, Wanda Sá, Dóris Monteiro, Gloria Estefan, Cláudia Telles, Eugenia Melo e Castro, Maysa Matarazzo, Marisa Gata Mansa, Claudette Soares, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan,  Rosa Passos, Cris Delano, Takai, Duboc, Zizi Possi, E Elias, Carminho, Flora Purim, Astrud-Gilberto, Roberta Sá, S Kent, Bibi Ferreira, Nana, Roberta, Rosa Passos 

Sabino, Vânia , Elza L,  L Bruno, Sarah,   Ellah e Dionne Warwick.

Em outras oportunidades faremos homenagem às demais.Aniversário dos 101 anos de Doris Day. Doris Day foi uma das maiores cantoras do século XX, gravou 700 canções. Dezenas de sucessos.  Atriz e cantora.  Ela começou nas Big Bands nos anos 40. Lindas interpretações de How Insensitive e Meditação de Tom Jobim. Faleceu aos 97 anos em 2019. Dedicou a vida a cuidar dos animais.  A grande atriz e cantora Doris Day gravou Tom Jobim, belas interpretações de Insensatez, Samba do Avião, e Desafinado.

 A Bossa Nova e suas tensões dialéticas:

Felicidade e melancolia

Sofisticação sem elitismo

Tradição e modernidade

Nacional e Internacional

Vida com prazer sem alienação

Erudito e popular



Dediquei minha vida à música brasileira, porque já tem francês para escrever música francesa, americano para escrever música americana.


 (Tom Jobim)


Segundo Tom Jobim, quando você faz bem a música do seu pais, você faz uma música universal.


Ernesto Nazareth, Chopin, Zequinha de Abreu, Custódio Mesquita, Villa-Lobos, Claude Debussy, George Gerswhin, Noel Rosa, Ary Barroso, Pixinguinha, Dorival Caymmi, Cláudio Santoro, Radames Gnatalli, essas influências são possíveis na obra de Jobim porque ele produziu uma obra diversa, rica, eclética, choro, samba-canção, valsa, modinha, balada, blues.


A questão fundamental é você fazer bem a música do seu pais e ela se torna universal e será incorporada pela música internacional. Ary Barroso dizia para Tom Jobim não tentar fazer jazz porque a America tinha excelentes compositores. Ele seria mais um excelente jazzista. Fazendo o samba-canção com Newton Mendonça e Vinícius de Moraes ele ganhou admiração mundial. A Bossa Nova foi algo diferente, original, que o jazz conheceu e gostou.


quarta-feira, 20 de setembro de 2023

 Adeus ao sociólogo italiano Domenico de Masi, autor de mais de 50 livros sobre sociologia da cultura e do trabalho. Grande admirador do Brasil e sua cultura, gostava de Tom Jobim, Villa Lobos, samba, bossa-nova. Feliz é o país que tem tudo isso. Ele dizia que o Brasil podia ser um modelo para o mundo. Um país que diante de tantas adversidades não desanima e mantém viva a esperança e a sua força cultural. 

Como na Grécia Antiga de Orfeu, um país que vive sem se separar das artes, da arte popular, dos esportes e do encontro de povos e culturas.

O homem está sempre trabalhando, criando, tendo ideias, inventando soluções, criando valor, aumentando a eficiência e o bem estar. A vida toda do homem é trabalho. No ócio ou no lazer o homem continua trabalhando e pensando em soluções para diversos problemas. A internet potencializou isso. Podemos trabalhar em casa e em qualquer lugar. O tempo todo. O trabalho intelectual é, hoje, mais importante do que o físico ou braçal, nas sociedades pós-industriais. Arte, artesanato, tecnologia, solução de problemas, prazer estético, estamos sempre aprendendo e ensinando. Educação é um processo continuo no espaço e no tempo. Sempre estamos conhecendo mais e nos aperfeiçoando. Ócio produtivo, criativo, ócio que é um tempo para pensar sobre os problemas da existência e criar soluções. A mente trabalhando sempre. A sociedade pós-industrial trabalha com a informação. A tecnologia é a ferramenta indispensável para acessar uma era finalmente centrada na ociosidade criativa e não no trabalho árduo. A tecnologia liberta o homem de sua presença física, disponibiliza um tempo para diversão, reflexão, criação, inovação. Ele tem plena consciência das limitações de muitas sociedades na superação dessas fases anteriores, ele não é um idealista romântico utópico, mas afirma que a marcha da nossa sociedade é na direção desse tipo de organização social do trabalho. Nem tudo poderá ser feito por via remota, mas a imensa maioria da sociedade não vai realizar trabalho físico ou trabalho árduo como hoje.

Foi um grande pensador. Ele aborda a problemática da indústria cultural, a cultura como instancia privilegiada, o consumo de massa, mercado de trabalho e democracia.

 Hoje é o Dia do Gaúcho, Revolução Farroupilha.


A família Jobim é originária do Rio Grande do Sul, o pai de Tom Jobim era gaúcho.


Erico Verissimo, romancista gaúcho, escreveu a história romanceada da formação do Rio Grande do Sul, O Tempo e o Vento. Trilogia 

O Continente (1949), O Retrato (1951) e O Arquipélago (1961). O Romance narra eventos épicos como as missões jesuíticas junto aos Guarani, a Revolução Farroupilha, Guerra do Paraguai, Guerra contra Rosas,

a Revolução de 30 e o Estado Novo.


Tom Jobim fez as canções da série que foi levada ao ar pela Rede Globo. A saga do Rio Grande do Sul chega até meados do século XX. Tom Jobim não conheceu Erico Verissimo, pessoalmente, seu pai, Jorge Jobim, conheceu. Tom era amigo de Luis Fernando Verissimo, filho de Erico, jornalista e escritor. 


O pai de Tom Jobim também trocou cartas com Sérgio Buarque de Holanda, pai de Chico Buarque de Holanda.


A história de Antonio Carlos Jobim podia integrar o romance de Erico. Tom Jobim dizia que ele, como compositor, era um fruto da separação dos pais. 


Família Jobim originária do Rio Grande do Sul. José Martins da Cruz Jobim, fundador da Academia Nacional de Medicina, antepassado de Tom Jobim.

 Hoje é o Dia do Gaúcho, Revolução Farroupilha.


A família Jobim é originária do Rio Grande do Sul, o pai de Tom Jobim era gaúcho.


Erico Verissimo, romancista gaúcho, escreveu a história romanceada da formação do Rio Grande do Sul, O Tempo e o Vento. Trilogia 

O Continente (1949), O Retrato (1951) e O Arquipélago (1961). O Romance narra eventos épicos como as missões jesuíticas junto aos Guarani, a Revolução Farroupilha, a Revolução de 30 e o Estado Novo.


Tom Jobim fez as canções da série que foi levada ao ar pela Rede Globo. A saga do Rio Grande do Sul chega até meados do século XX. Tom Jobim não conheceu Erico Verissimo, pessoalmente, seu pai, Jorge Jobim, conheceu. Tom era amigo de Luis Fernando Verissimo, filho de Erico, jornalista e escritor. 


O pai de Tom Jobim também trocou cartas com Sérgio Buarque de Holanda, pai de Chico Buarque de Holanda.


A história de Antonio Carlos Jobim podia integrar o romance de Erico. Tom Jobim dizia que ele, como compositor, era um fruto da separação dos pais. 


Família Jobim originária do Rio Grande do Sul. José Martins da Cruz Jobim, fundador da Academia Nacional de Medicina, antepassado de Tom Jobim.

 Causou surpresa uma dupla sertaneja cantando Tom Jobim em 1959. Ninguém sabia quem era a dupla 

 “Mara e Cota”, interpretando  “Eu não existo sem você” e “Eu sei que vou te amar”, gravadas em outubro de 1959, na Odeon.


Quem desvendou o enigma foi Ruy Castro, depois de décadas de mistério, diz Luis Nassif.

.

Mara e Cota eram pseudônimos que escondiam as identidades de Sylvinha Telles e Stelinha Egg.


Stellinha Egg foi casada com o maestro Lindolfo Gaya e fez parceria com Dorval Caymmi, Silvio Caldas e Luiz Gonzaga.


“Eu não existo sem você” (Tom Jobim/Vinicius de Moraes) Mara & Cota [Sylvinha Telles/Stellinha Egg].  Gravação (30/10/1959) / Lançamento (novembro/1959).


Gaya trabalhou com Dick Farney, Stellinha Egg, Paulinho da Viola, Jorge Ben, Elza Soares, Marcos Valle, Chico Buarque, Rogério Duprat, Joyce, Clara Nunes, Sérgio Sampaio, entre outros.



Elenco, gravadora de Aloysio de Oliveira, e seu elenco de estrelas. Estrelas de primeira grandeza. Uma verdadeira constelação.


terça-feira, 19 de setembro de 2023

 Whitaker

 Elza Laranjeira, grande sucesso, gravou várias canções de Tom Jobim. Esposa de Agostinho dos Santos. No vídeo é prestada uma bela homenagem a grandes nomes da música brasileira e mundial.

 Laurindo Almeida é o maior vencedor do Grammy Internacional, atuou com Carmem Miranda e Tom Jobim nos EUA. 11 indicações e 6 vitórias. Eliane Elias Bossa Nova três vitórias, duas no Grammy Internacional. Vários brasileiros venceram o Latino e o Internacional. Astrud Gilberto com Garota de Ipanema



γνῶθι σεαυτόν, transliterado: gnōthi seauton


γνωρίστε τον εαυτό σας

δελφικό μαντείο

 Anos 50, festa na famosa Rua Nascimento Silva 107. Amigos e familiares de Tom Jobim fazendo um luar e batucada, título de uma canção de Tom e Newton Mendonça. Música gravada por Ernani Filho, Paula Morelenbaum, Fátima Guedes e Sylvinha Telles 


Sentados, Monique Madeira, Thereza Otero Hermanny, Antonio Carlos Jobim, Helena Jobim e Lucia Garcia da Fonseca (em solteira Lucia Brasileiro Madeira). Em pé ao fundo, da esquerda para a direita, Marcelo Madeira, Carlos Madeira, Maria José Araújo, Paulo de Souza Barros, Alcídes Fernandes e Régis França, na rua Nascimento Silva, 107, em Ipanema.


Em cada estrela mora uma canção, a morena vai sambar a noite inteira, sem pensar no dia de amanhã!


Era uma tradição na família de Tom Jobim, desde a adolescência, a reunião para cantar clássicos da música brasileira como Ary Barroso, Noel Rosa, Lupicinio Rodrigues, Zequinha de Abreu, Waldir Azevedo, Caymmi, Custódio Mesquita, Ataulfo Alves, Bororó e muitos outros.Luiz Bonfa, Tom Jobim e Bene Nunes no mitológico apartamento da rua Nascimento Silva 107.

Thereza e Elizabeth Jobim com Tom Jobim e os citados acima.

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

 Em 1991, nos EUA, Tom Jobim teve seu nome gravado no Hall of Fame, dos grande compositores. Em 1993, no Free Jazz Festival, Tom Jobim recebeu a homenagem de grandes nomes da música.


Paulinho Albuquerque foi o diretor geral do encontro e Oscar Castro Neves trabalhou na direção musical, ao lado de Herbie Hancock. 


Participaram da homenagem, também, Paulo Jobim, Ron Carter no contrabaixo, Harvey Mason na bateria,  Alex Acuña na percussão, Shirley Horn,  Gonzalo Rubalcaba, Gal Costa, e John Hendricks.



Tom Jobim, Ary Barroso, Dulce Nunes e Dorival Caymmi.


Ela gravou canções de Tom Jobim, Carlos Lyra e Vinicius de Moraes. Gravou com Egberto Gismonti, Baden Powell, Nara Leão, Edu Lobo, Gracinha Leporace, Joyce, conjunto vocal Momento Quatro,  Luiz Eça, Bene Nunes, Radames Gnatalli, César Guerra Peixe, e Oscar Castro Neves.


Atuou como protagonista no espetáculo Pobre Menina Rica, trilha sonora 1964.


 A cantora carioca faria 91 anos no dia 11 de junho de 2020 mas faleceu de Covid -19 antes.


 Oitenta e oito anos sem Chiquinha Gonzaga.

Francisca Edviges Neves Gonzaga, Chiquinha Gonzaga, nasceu no Rio de Janeiro, 17 de outubro de 1847, e faleceu no Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 1935, foi uma compositora e maestrina brasileira. O pai de Chiquinha era parente do Duque de Caxias. Mulher muito avançada para a sua época.

Compunha polca, maxixe, choro, marchinhas e valsa. Aluna do maestro Lobo.

Contemporânea de Ernesto Nazareth.

Amiga de Carlos Gomes.

Abolicionista e defensora da Republica.


O grande promotor da Bossa Nova, Ronaldo Boscoli, era sobrinho-bisneto da compositora Chiquinha Gonzaga e primo do ator Jardel Filho e de Bibi Ferreira. Tornou-se amigo de Vinícius de Moraes, Roberto Menescal, Tom Jobim e Carlos Lyra.

Casado com Maysa e Elis e namorado de Nara Leão.


Os pilares da música popular brasileira, Chiquinha Gonzaga, Anacleto de Medeiros, Pixinguinha, e Ernesto Nazareth.

 Jair Rodrigues, Aracy de Almeida e Elis Regina. Encontro de gerações. Aracy de Almeida era conhecida como o Samba em Pessoa, A Dama da Central.

Aracy de Almeida conviveu com grandes cantoras. Dóris Monteiro, Elizeth Cardoso, 

Lana Bittencourt, Elen de Lima, Alaíde Costa, Dirce e Lindinha Batista, Isaurinha Garcia, Carminha Mascarenhas, Ângela Maria, Dalva de Oliveira, Dolores Duran, Maysa, Marisa Gata Mansa. Jamelao  foi um grande intérprete de Lupicínio Rodrigues.

 A dialética da Bossa Nova, alegria e melancolia, sofisticação e popular, sem elitismo social, vida com prazer e sem projeto de poder, promessa de felicidade, samba e não samba, parte do samba e volta ao samba. Samba estilizado, minimalismo, abertura de espaço, samba cantado, redução dos ritmos, contra tempo do samba. 


Sambalanço e o samba com jazz e ritmos latinos.


Harmonia, melodia e lírica em Jobim.


A Bossa Nova radicaliza a proposta do samba canção que se afasta do maxixe. 


Tom Jobim produz choro, moda, samba-canção, valsa, blues, bolero, cool jazz. Eclético.


Caminhos inacreditáveis da melodia.


Erudito e popular.

Tradição e modernidade, o novo.

Nacional e internacional.

 A dialética da Bossa Nova, alegria e melancolia, sofisticação e popular, sem elitismo social, vida com prazer e sem projeto de poder, promessa de felicidade, samba e não samba, parte do samba e volta ao samba. Samba estilizado, minimalismo, abertura de espaço, samba cantado, redução dos ritmos, contra tempo do samba. Sambalanço e o samba com jazz e ritmos latinos.


Harmonia, melodia e lírica em Jobim.


Bossa Nova radicaliza a proposta do samba canção que se afasta do maxixe. 


Tom Jobim produz choro, moda, samba-canção, valsa, blues, bolero, cool jazz 


Caminhos inacreditáveis da melodia.


Erudito e popular.

Tradição e modernidade o novo.

Nacional e internacional.

 Entrevista com Carlos Almada,

Jornal da Unicamp, 11 de Agosto de 2022


Obra A Harmonia de Jobim.


‘Mar imenso sem limites’, o particular universo de Tom Jobim


A riqueza, a originalidade da harmonia na obra de Jobim.


Docente dos cursos de graduação e pós-graduação na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Almada quer entender a relevância de aprofundar estudos sobre a imensa discografia jobiniana. 


Almada trata questões relacionadas ao diálogo das composições de Tom Jobim com as de seus contemporâneos e o seu legado musical.


Produto de uma longa pesquisa de 21 anos.

Examinou 145 canções do compositor, Carlos Almada traça os aspectos harmônicos do maestro carioca.


Autor também de Arranjo (2001) e Harmonia funcional (2009)


Ao contrário de outras obras, ele não se dedica apenas à história da Bossa Nova, à biografia, ou à análise de poucas obras. Sua proposta é de uma análise ampla e profunda da obra de Jobim, em todos os seus aspectos e complexidade.


Carlos Almada explora três esferas do universo composicional de Tom Jobim: a harmonia, a melodia e os elementos textuais. 


---------------------------------------------------------------------------


Trecho da entrevista:


Editora da Unicamp: Por que o foco na “harmonia”? E que outra noção de “harmonia” o livro oferece para além do conceito mais comum de “ciência que se dedica ao estudo dos acordes e de suas relações”?


Carlos Almada: A harmonia é, no meu entendimento, o elemento mais complexo, vistoso e distintivo da música jobiniana, o que motivou que fosse selecionada como o parâmetro de análise inicial da pesquisa. Isso não significa, de modo algum, que outros domínios da música de Jobim – como melodia, forma, arranjos – não mereçam ser estudados em profundidade (o que faz parte, aliás, dos meus planos mais imediatos).


Em resposta à segunda questão, minha concepção particular de “harmonia” (aqui inserida num contexto tonal, evidentemente) é mais ampla do que sugere a definição apresentada: vejo o conceito como resultante da interação entre a estrutura melódica e os acordes que a sustentam, uma interação mediada pelas forças funcionais que emanam, em última instância, da tônica referencial, bem como as possíveis correlações, desde as mais óbvias e centrípetas às mais complexas e de tendência centrífuga.


Editora da Unicamp: Sabe-se que Tom Jobim possui variadas maneiras de expandir a função harmônica em sua música. É possível resumir, em rápidas palavras, o que, principalmente, caracteriza a harmonia jobiniana?


Carlos Almada: Eis uma pergunta muito difícil de ser respondida “em rápidas palavras”.... Talvez possa fazê-lo não apontando especificidades (que são inúmeras – daí a grande dificuldade), mas mencionando que é exatamente uma das marcas características da harmonia jobiniana a expansão funcional, o que é efetivado por meio da exploração extremamente original e criativa dos recursos harmônicos disponíveis, em níveis talvez únicos.


Atribuo isso a uma sensibilidade refinadíssima e a uma intuição composicional sem precedentes.


Há inúmeros aspectos na harmonia do nosso grande mestre que evidenciam tais atributos. 


Uma das propostas de meu livro é justamente identificá-los sistematicamente, de modo que possam ser incorporados à teoria da harmonia em música popular.

domingo, 17 de setembro de 2023

 Tom Jobim e Sérgio Mendes em Nova Iorque em 1963.


Steve Wonder, Sérgio Mendes e Tom Jobim, anos 70.


Finalmente nos anos 90.


Com a Bossa Nova Sérgio Mendes tornou-se conhecido nos EUA, mas ampliou seu campo de atuação para o sambalanço, samba jazz, MPB.


Casado com Gracinha Leporace.

Gravou com Herbie Mann, Cannonball Aderley, Wanda Sá, Rosinha de Valença, Herb Alpert, Oscar Castro Neves, Aloysio de Oliveira.

 Tom Jobim e Sérgio Mendes.

O Sambalanço foi uma corrente que se desenvolveu em paralelo com a Bossa Nova, nos anos 50 e 60. Se no âmbito da Bossa Nova, no debate entre Menescal, Carlos Lyra, Durval Ferreira, Johnny Alf, Baden Powell e João Gilberto, prevaleceu a proposta de João Gilberto, o ritmo do tamborim, o minimalismo, no Sambalanço, herdeiro do samba-exaltação, jazz e ritmos latinos, predominou um ritmo mais quente, exuberante e dançante. Seus representantes foram Miltinho, Orlandivo, Ed Lincoln, João Roberto Kelly, Aracy de Almeida, Elza Soares, Waldir Calmon, Sérgio Mendes, Djalma Ferreira, Silvio Cesar, Tenório Jr, Célia Reis, Celso Murilo, Helton Menezes, Luiz Antônio, Lana Bittencourt e Wilson Simonal. Claudette Soares, Eliana Pittman e Doris Monteiro continuam na linha do Sambalanço. É muito interessante ouvir as canções de Tom Jobim no Sambalanço. Tito Madi e Feitosa também gravaram Sambalanço.


A dialética da Bossa Nova, alegria e melancolia, sofisticação e popular, sem elitismo social, vida com prazer e sem projeto de poder, promessa de felicidade, samba e não samba, parte do samba e volta ao samba. Samba estilizado, minimalismo, abertura de espaço, samba cantado, redução dos ritmos.


Erudito e popular

Tradição e modernidade o novo

Nacional e internacional

 Que pena que o grande Francisco Alves faleceu antes do Tom Jobim gravar seu primeiro disco, seria maravilhoso ver esse grande cantor cantando canções de Tom Jobim. Foi o único dos grandes que não gravou Jobim. Morreu em 1952. Gravou Ary Barroso, Lupicinio, Ismael, Noel, gravou com Radames Gnatalli, Aracy de Almeida, Pixinguinha, Nono, Orestes Barbosa, Carmem Miranda. 


Tom Jobim gostaria de ter o Rei da Voz em suas canções.  


Cauby Peixoto, Vicente Celestino, Carlos Galhardo, Silvio Caldas, Cyro Monteiro, Dick Farney, Lúcio Alves, Orlando Silva, Mario Reis, e Nelson Gonçalves gravaram Tom Jobim.


Um aspecto importante da Bossa Nova foi a abertura para os compositores cantarem. Antes do advento da Bossa Nova, somente aqueles grandes cantores com suas vozes poderosas podiam cantar. Com a Bossa Nova, os compositores tornaram-se mais conhecidos do grande público. Os cantores faziam sucesso e os compositores ficavam esquecidos. Com a quebra de paradigma da Boss Nova, o estilo intimista permitiu que os compositores interpretassem suas canções. Os cantores clássico criticaram a perda de espaço que isso acarretava para eles, num primeiro momento, mas depois muitos de adaptaram como Cauby Peixoto, Aracy de Almeida, e outros, o importante foi quando Elis Regina e outras cantoras passaram a cantar com todo o potencial vocal, deixando claro que havia um espaço mais amplo que incluía todos. Mário Reis, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Agostinho dos Santos, Dick Farney gravaram canções de Tom Jobim.


 Francisco Alves era um cantor completo. Gravou sambas de Ismael Silva. Era excelente e seria maravilhoso. Ele vinha do samba canção. Tom Jobim fez valsa, seresta, choro, modinha,  não há padrões de interpretação para Tom Jobim, ele não fez do padrão João Gilberto, Nara e Astrud uma regra obrigatória. Muito pelo contrário, Tom Jobim foi gravado como Sambalanço, Bossa Nova, samba-canção. Sua obra é vasta e diversificada e ele jamais criou restrições. Orlando Silva, Ernani Filho, Vicente Celestino,  Nelson Gonçalves, Galhardo gravaram Tom Jobim no seu estilo, Gregório Barrios e Lucho Gatica


 Aloysio de Oliveira e o Brasil na pureza musical 

 Eliane Elias, um grande sucesso internacional, vencedora do Grammy, várias vezes premiada, modulação jazzística das canções de Tom Jobim.

Parabéns a Eliane Elías por ter recebido mais uma vez o Grammy na categoria Jazz Latino! Terceira vez que é premiada. Duas vezes com o Grammy geral e uma vez com o Grammy Latino. Ela trabalhou com João Bosco, Toquinho e Amilton Godoy do Zimbo Trio. Gravou com Herbie Hancock.

 Como lembram pesquisadores como Sérgio Cabral, Nelson Motta e outros, a conexão da música brasileira com a música americana é antiga, Pixinguinha e Custódio Mesquita gravaram fox nos anos  40. Outros famosos compositores gravaram fox nos anos 30 como Noel Rosa. Dick Farney e Cauby Peixoto viveram nos EUA e cantaram e gravaram em inglês. Carmem Miranda e O Bando da Lua atuaram por dez anos nos EUA, levaram o chorinhos ao mundo, Ary Barroso teve músicas usadas como trilha sonora de filmes da Disney. Aquarela do Brasil/Brazil foi a música mais toca nos EUA. Aloysio de Oliveira foi diretor musical da Disney. Dorival Caymmi também atuou nos EUA. Heitor Villa-Lobos fez trilha sonora para o cinema americano, grupo Disney e MGM.

Bing Crosby era o modelo para cantores como Cauby Peixoto e Dick Farney, Frank Sinatra e Nat King Cole também. Fats Elpídio, pianista e compositor, e Severino Araújo da Tabajara foram os primeiros a tocar Jazz no Brasil nos anos 30. Também tocaram Samba-canção e Bossa Nova. Dick Farney e Lúcio Alves influenciaram os jovens músicos da Bossa Nova em relação as tendências da música internacional, Johnny Alf, João Gilberto e Tom Jobim.

A Bossa Nova projetou nossa música no mundo de modo sem precedentes. Ela se tornou estrutural, formando gerações. Todos os grandes nomes do jazz gravaram canções de Tom Jobim.

 Frank Sinatra e Antonio Carlos Jobim

A dialética da Bossa Nova

Tradição e modernidade

Sofisticação sem elitismo

Erudito e popular

Nacional e internacional

 Frank Sinatra e Antonio Carlos Jobim

A dialética da Bossa Nova

Tradição e modernidade

Sofisticação sem elitismo

Erudito e popular

Nacional e internacional

 Como lembram pesquisadores como Sérgio Cabral, Hermínio Bello de Carvalho e outros, a conexão da música brasileira com a música americana é antiga, Pixinguinha e Custódio Mesquita gravaram fox nos anos  40. Outros famosos compositores gravaram fox nos anos 30 como Noel Rosa. Dick Farney e Cauby Peixoto viveram nos EUA e cantaram e gravaram em inglês. Carmem Miranda e O Bando da Lua atuaram por dez anos nos EUA, levaram o chorinhos ao mundo, Ary Barroso teve músicas usadas como trilha sonora de filmes da Disney. Aquarela do Brasil/Brazil foi a música mais toca nos EUA. Aloysio de Oliveira foi diretor musical da Disney. Dorival Caymmi também atuou nos EUA. Heitor Villa-Lobos fez trilha sonora para o cinema americano, grupo Disney e MGM.

Bing Crosby era o modelo para cantores como Cauby Peixoto e Dick Farney, Frank Sinatra e Nat King Cole também. Fats Elpídio, pianista e compositor, e Severino Araújo da Tabajara foram os primeiros a tocar Jazz no Brasil nos anos 30. Também tocaram Samba-canção e Bossa Nova. Dick Farney e Lúcio Alves influenciaram os jovens músicos da Bossa Nova em relação as tendências da música internacional, Johnny Alf, João Gilberto e Tom Jobim.

A Bossa Nova projetou nossa música no mundo de modo sem precedentes. Ela se tornou estrutural, formando gerações. Todos os grandes nomes do jazz gravaram canções de Tom Jobim.

sábado, 16 de setembro de 2023

 Que pena que o grande Francisco Alves faleceu antes do Tom Jobim gravar seu primeiro disco, seria maravilhoso ver esse grande cantor cantando canções de Tom Jobim. Foi o único dos grandes que não gravou Jobim. Morreu em 1952. Gravou Ary Barroso, Lupicinio, Ismael, Noel, gravou com Radames Gnatalli, Aracy de Almeida, Pixinguinha, Nono, Orestes Barbosa, Carmem Miranda. 

Tom Jobim gostaria de ter o Rei da Voz em suas canções.  

Cauby Peixoto, Vicente Celestino, Carlos Galhardo, Silvio Caldas, Cyro Monteiro, Dick Farney, Orlando Silva, Mario Reis, e Nelson Gonçalves gravaram Tom Jobim.

Um aspecto importante da Bossa Nova foi a abertura para os compositores cantarem. Antes do advento da Bossa Nova, somente aqueles grandes cantores com suas vozes poderosas podiam cantar. Com a Bossa Nova, os compositores tornaram-se mais conhecidos do grande público. Os cantores faziam sucesso e os compositores ficavam esquecidos. Com a quebra de paradigma da Boss Nova, o estilo intimista permitiu que os compositores interpretassem suas canções. Os cantores clássico criticaram a perda de espaço que isso acarretava para eles, num primeiro momento, mas depois muitos de adaptaram como Cauby Peixoto,. Aracy de Almeida, e outros, o importante foi quando Elis Regina e outras cantoras passaram a cantar com todo o potencial vocal, deixando claro que havia um espaço mais amplo que incluía todos. Mário Reis, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Agostinho dos Santos, Dick Farney gravaram canções de Tom Jobim.

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

 Que pena que o grande Francisco Alves faleceu antes do Tom Jobim gravar seu primeiro disco, seria maravilhoso ver esse grande cantor cantando canções de Tom Jobim. Foi o único dos grandes que não gravou Jobim. Morreu em 1952. Gravou Ary Barroso, Lupicinio, Ismael, Noel, gravou com Radames Gnatalli, Aracy de Almeida, Pixinguinha, Nono, Orestes Barbosa, Carmem Miranda. 

Tom Jobim gostaria de ter o Rei da Voz em suas canções.  

Cauby Peixoto, Vicente Celestino, Carlos Galhardo, Silvio Caldas, Cyro Monteiro, Dick Farney, Orlando Silva, Mario Reis, e Nelson Gonçalves gravaram Tom Jobim.

Um aspecto importante da Bossa Nova foi a abertura para os compositores cantarem. Antes do advento da Bossa Nova, somente aqueles grandes cantores com suas vozes poderosas podiam cantar. Com a Bossa Nova, os compositores tornaram-se mais conhecidos do grande público. Os cantores faziam sucesso e os compositores ficavam esquecidos. Com a quebra de paradigma da Boss Nova, o estilo intimista permitiu que os compositores interpretassem suas canções. Os cantores clássico criticaram a perda de espaço que isso acarretava para eles, num primeiro momento, mas depois muitos de adaptaram como Cauby Peixoto,. Aracy de Almeida, e outros, o importante foi quando Elis Regina e outras cantoras passaram a cantar com todo o potencial vocal, deixando claro que havia um espaço mais amplo que incluía todos. Mário Reis, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Agostinho dos Santos, Dick Farney gravaram canções de Tom Jobim.

 Amanda Bravo Eliane Elias, um grande sucesso internacional, vencedora do Grammy, várias vezes premiada, modulação jazzística das canções de Tom Jobim.

Parabéns a Eliane Elías por ter recebido mais uma vez o Grammy na categoria Jazz Latino! Terceira vez que é premiada. Duas vezes com o Grammy geral e uma vez com o Grammy Latino. Ela trabalhou com João Bosco, Toquinho e Amilton Godoy do Zimbo Trio. Gravou com Herbie Hancock.




Ernesto Nazareth, Chopin, Zequinha de Abreu, Custódio Mesquita, Villa-Lobos, Claude Debussy, George Gerswhin, Noel Rosa, Ary Barroso, Pixinguinha, Dorival Caymmi, Cláudio Santoro, Radames Gnatalli, essas influências são possíveis na obra de Jobim porque ele produziu uma obra diversa, rica, eclética, choro, samba-canção, valsa, modinha, balada, blues.

 Tom Jobim e Koellreutter. 


Contratado para ensinar piano para Helena Jobim, o maestro alemão acabou por expor sua teoria ďa música e abrir seus horizontes sobre o alcance da música.


Tom Jobim dizia que era difícil fazer meninos estudar piano segundo a mentalidade da época. Menino gostava de jogar futebol e subir morro. 


O mestre alemão formou muita gente de excelência, no âmbito da música como 

Guerra Peixe e Santoro. 


Helena não tinha muita paciência e Tom Jobim foi atraído para o piano e a música por Koellreuter. 


A mãe de Tom gostou da escolha de Tom e queria que ele formasse uma personalidade musical. 


Tom Jobim disse a ele que o seu legado marcou sua vida. Foi um luxo ter Koelreutter como mestre dizia Tom.


Tom Jobim e a Nova Banda

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

 O Carnaval é uma festa que vem da Grécia Antiga, da Roma Antiga, culto do deus Dionísio e Baco. Dionísio o pai do teatro e da tragédia grega. Deus do vinho, da sensualidade, da alegria, da desordem e das forças da natureza.


Os orficos cultuavam Dionísio.


A tragédia de Orfeu, uma desgraça no Carnaval, alegria suprema, contradição individual e social, tristeza na alegria máxima. Orfeu era motorista e músico.


Orfeu e Eurídice eram dois amantes, se amavam intensamente, mas a noiva de Orfeu invejava o amor do casal.


Orfeu era filho de Calíope, musa da mitologia grega, e do deus Apolo, herdou do pai uma lira que emitia um som envolvente, todos eram atraídos por sua magia, dos pássaros no céu às árvores.


Tom Jobim é o Orfeu da Bossa Nova.


Vinícius declarou que quando convidou Tom Jobim para compor as canções da peça Orfeu da Conceição não tinha a menor ideia de que estava deflagrando o mais importante movimento da música brasileira no século XX.  Na peça Orfeu da Conceição e no filme.


O Orfeu Negro é o único "Oscar do Brasil" na história da Academia.


Orfeu Negro, Orfeu brasileiro, largou a lira e adotou o violão.


Um herói de favela, em lugar de lira helênica, o violão brasileiro,  e a mesma tragédia do herói grego.


Em 1948,  como Cônsul do Brasil em Los Angeles, Vinícius escreveu o segundo ato, a ida ao inferno, o inferno do Orfeu é no carnaval carioca, em busca de Eurídice, em meio aos ritmos, a luxúria, os mascarados e o povo pobre.


Orfeu é uma história que representa a luta de um homem através da música para servir ao próximo e à sua amada. A peça é uma homenagem ao negro brasileiro, um reconhecimento do seu valor. Um tributo ao povo em geral em meio às suas adversidades.


Orfeu era filho de um músico e de uma lavadeira, apaixona-se por Eurídice. A paixão desperta ciúmes, vingança, e morte. A tristeza mais profunda na alegria do carnaval. Na terça-feira de Carnaval, transtornado, Orfeu desce do morro e vai procurar Eurídice, quando volta, é morto.


“Juntaram-se a Mulher, a Morte, a Lua

Para matar Orfeu, com tanta sorte

Que mataram Orfeu, a alma da rua

Orfeu, o generoso, Orfeu, o forte.

Porém as três não sabem de uma coisa:

Para matar Orfeu não basta a Morte.

Tudo morre que nasce e que viveu

Só não morre no mundo a voz de Orfeu.”


A tragédia do herói Orfeu atualizada no brasileiro comum que sofre um sofrimento profundo em meio à alegria suprema do carnaval, sua voz, contudo,  é imortal e nunca desaparecerá porque é a voz da força do povo e da justiça.


*****


A poesia de Vinícius de Moraes teve uma fase espiritual, influência da sua formação no colégio Santo Inácio dos jesuítas, posteriormente adveio a fase erótica, por assim dizer. Vinícius de Moraes teve várias influências em sua poesia.


A França abraçou a Bossa Nova com Sacha Distel, H Salvador, P Barouh, Moustaki e o Orfeu com roteiro de Camus, além do filme Copacabana Palace com Mylene Demongeot.


Se houver vida inteligente em outro planeta semelhante à nossa, haverá música, é uma necessidade do homem de comunicar sentimentos, sensações, memórias pessoais, familiares, históricas, o homem acrescentando sons agradáveis por várias razões, espirituais, naturais, o canto, expressão de orgulho, união, otimismo, tristeza. Tom Jobim pensava desse modo.

 O encontro de gerações da música brasileira:


Eumir Deodato, Luiz Bonfá, Jamelão e Billy Blanco, Cyro Monteiro, Risadinha, Waldir Azevedo, Ismael Silva e Moreira da Silva.


Silvio Caldas, Nara Leão e Carlos Lyra.


Tom Jobim, Pixinguinha, João da Baiana e Chico Buarque.


Caymmi, Gonzaga, Tom Jobim, Caetano e Chico Buarque.


Pixinguinha, Baden Powell, Dorival Caymmi e Vinícius de Moraes com o álbum O Mundo Maravilhoso de Tom Jobim. 


Elizeth Cardoso e Elis Regina.


Silvio Caldas, Caymmi, Carlos Galhardo, e Orlando Silva.


Mario Lago, Ismael Silva, Cartola e Nelson Cavaquinho.


Silvio Caldas e Sivuca.


Jorge Goulart e Linda Batista.


Ary Barroso e Lúcio Alves.


Carmen Miranda, Ary Barroso e Silvio Caldas.


Elizeth Cardoso e Ernani Filho.


Aracy de Almeida, Elis Regina e Jair Rodrigues.


Elis Regina e Maysa.


Choro, Samba, e Bossa Nova

 A Bossa Nova, de modo algum, retirou a emoção da canção. A Bossa Nova não esfriou a sensibilidade. Cantar em tom intimista e cantar com grande voz para multidões pode ter o mesmo impacto psico-afetivo. Várias cantoras fizeram gravações e apresentações com a emoção a flor da pele. Podemos citar: Maysa, Dolores Duran, Isaurinha Garcia, Leny Andrade, Nana Caymmi, Elis Regina, e tantas lindas vozes femininas e masculinas. A emoção tem várias formas de se manifestar. Existe a emoção em tom passional e a emoção da música cantada ao ouvido que chega ao coração como João Gilberto, Tito Madi e Chico Buarque. Essa riqueza é a grande contribuição da Bossa Nova. A Bossa Nova é pura emoção, lirismo e sensibilidade !! Romântica ao extremo. Delicadeza máxima.


Minstrel Ragtime Beguine Charles Folk 



Tom Jobim dizia que Sérgio Mendes foi obrigado a ficar imobilizado em casa por causa da osteomielite, e isso contribuiu para que ele se interessasse pela música e se tornasse um grande músico. A doença de Tom era na alma, a ausência do pai. Essa ausência o levou ao interesse pela música. Tom Jobim não acreditava em predestinação porque sua vida foi uma sucessão de eventos ao acaso. Para prender um menino em casa naquela época era difícil.


Sérgio Mendes desenvolveu uma variação da Bossa Nova, encontrou uma formula ideal de combinação da Bossa Nova com o jazz. Sua fórmula agradou ao público americano.





Nunca houve um longo período de estabilidade de um gênero hegemônico chamado samba. O samba evoluiu ao longo do tempo e a Bossa Nova foi uma dessas etapas ao longo do século XX. Movimento apoiado por Radames Gnatalli, Leo Peracchi, Gaya, Alceo Bocchino, Lyrio Panicalli, Guerra Peixe. Samba, choro, samba choro, choro canção.

O choro é uma mistura da polca, xote, valsa, mazurca, minueto e habanera com o lundu


O samba e o jazz são gêneros que nasceram da mistura de ritmos africanos com ritmos de origem europeia. Há um filme de 1948 A Song is Born, com Louis Armstrong, Danny Kaye, Laurindo de Almeida que explica a evolução do spiritual, blues, jazz e, no Brasil, o samba, choro, e no Caribe os ritmos caribenhos

O samba canção deu origem a Bossa Nova que se combinou com o Cool Jazz


Modinhas, lundu, polca, mazurca, habanera, xote, valsa, minueto e a origem do choro, do maxixe e do samba


O Semba e o Samba são diferentes


O Semba é "barriga com barriga".

 A palavra semba significa “umbigada” em kimbundo, de Angola.


O Samba é brasileiro, do Rio de Janeiro. Moderno e urbano.


Outras manifestações não possuem todos os elementos do samba.


Os compositores do Rio de Janeiro não tinham condição de conhecer todas essas manifestações rítmicas existentes no Brasil como o tambor de crioula, samba de preto velho, maracatu, semba, samba do lenço, samba do coco, eles conheciam o lundu, e talvez o jongo. Na época não havia rádio, TV, internet.



terça-feira, 12 de setembro de 2023

 Luiz Eça atuou no show histórico da Hebraica com Sylvinha Telles, Chico Feitosa, Nara Leão, Carlos Lyra, Normando,  Roberto Menescal, na guitarra; Luizinho ao piano; Bebeto ao sax; Bill Horn, à trompa; Henrique no contrabaixo e João Mário na bateria. Ronaldo Bôscoli foi o apresentador. Luiz Eça, com 22 anos, já era um veterano. 

Atuou com Garoto, Vinhas, Gnatalli, Maysa, Ed Lincoln, Paulo Ney. Bebeto Castilho (flauta), Herbie Man (flauta), Hélcio Milito (bateria),  Tião Neto (Baixo)

Alaíde Costa, Ayres de Carvalho, André Spitzman, Jordan, Oscar Castro Neves,  Baden Powell, Dulce Nunes, Johnny Alf,  Ed Lincoln, Paulo Ney,  Donato, Milton Banana, Claudette Soares, Candinho e Jambeiro


A atriz e cantora Caterina Valente foi uma grande divulgadora da Bossa Nova na Europa e EUA. Ela tem cidadania francesa e italiana. Apresentou-se com Bing Crosby, cantando música de Tom Jobim na TV dos EUA, e, também, ao lado de Dean Martin e Ella Fitzgerald. Esteve no Brasil, encontrou-se com Tom Jobim, Dorival Caymmi e outros grandes nomes. Nas fotos ela aparece ao lado de João Gilberto e Astrud Gilberto, Tom Jobim e Vinícius de Moraes, Charles Aznavour, Luiz Bonfá, e Chet Baker.

Atualmente com 92 anos ela está aposentada e vive nos EUA e na Suiça.

Gravou canções em 12 idiomas, dos quais domina 6,  francês, italiano, sueco, alemão, inglês e espanhol.


Visitou o Brasil em 61, Rio e SP, também esteve em anos posteriores


Admiradora de Maysa e Agostinho dos Santos


Na TV no Rio, cantou canções de Dorival Caymmi e Gilbert Becaud


Sylvia Telles, Aracy de Almeida, Sylvio Caldas, Lucio Alves e o Conjunto Farroupilha a acompanharam


A foto com Tom Jobim é de 1979



Modinhas, polca, mazurca, valsa, xote, minueto, habanera, lundu africano, os músicos no Brasil misturaram isso tudo é criaram o choro e o maxixe, Nazareth, Chiquinha, Oswald, Anacleto, Callado, Pixinguinha, João Pernambuco

Do Maxixe criaram o samba que evolui para samba choro, samba de desfile e samba canção

https://youtu.be/xVKH_wUyvwQ?si=p3yinp2DxAmXUqdV

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

 Orfeu da Conceição, peça de Vinícius de Moraes, inspirada na mitologia grega, 1956, e o filme de 1959, produção francesa, Orfeu Negro. 

Haroldo Costa, Ciro Monteiro e Lea Garcia, nomes de destaque da peça.

Breno Mello fez o Orfeu em 1959 com Marpessa Dawn, Lea Garcia, Adhemar Ferreira da Silva entre outros.

Músicas de Tom Jobim e Luiz Bonfa.

Cenário de Niemeyer.

Cantor Roberto Paiva.

Cantor Agostinho dos Santos.

A tragédia social expressa no amor de Orfeu pela sua amada em plena alegria do carnaval.


Filme Orfeu Negro premiado com a Palma de Ouro, o Oscar, Academia Britânica e o Globo de Ouro.

 Em 2012 o Grammy foi dedicado a Tom Jobim que recebeu um prêmio pelo conjunto da obra.  


O músico brasileiro Tom Jobim e mais seis importantes nomes da música, como Diana Ross, Gil Scott-Heron, o grupo de rock sulista Allman Brothers Band, a banda The Memphis Horns, os músicos de country Glen Campbell e George Jones foram  homenageados na cerimônia do Grammy 2012. 


A 54ª edição do evento aconteceu no dia 12 de fevereiro de 2012, nos Estados Unidos. Tom Jobim foi o primeiro brasileiro. 


A Academia da Gravação costuma homenagear, a cada edição, um grupo de artistas por sua contribuição ao mundo da música. Entre os nomes que já receberam o prêmio estão : Frank Sinatra, Duke Ellington, Rolling Stones, Paul McCartney, John Coltrane, David Bowie e Johnny Cash. 


Na edição de 2011, Julie Andrews, Dolly Parton e a banda Ramones foram homenageados


Adele foi a maior vitoriosa da noite venceu em seis categorias.


Garota de Ipanema venceu os Beatles em 1965.


As canções de Jobim foram gravadas por vários vencedores do Grammy.


Jobim Sinfônico ganhou o Grammy Latino.


Tom Jobim e a Nova Banda




No Canecão, Rio de Janeiro, em 1987, show Passarim, foto de Paulo Ricardo. Tom Jobim recebeu a visita de amigos que vieram prestigiar seu show com a Nova Banda. Na foto Tom Jobim e o jornalista, crítico e historiador da música, Sérgio Cabral. Cabral escreveu uma biografia de Tom Jobim.


domingo, 10 de setembro de 2023

 

Adeus ao sociólogo italiano Domenico de Masi, autor de mais de 50 livros sobre sociologia da cultura e do trabalho. Grande admirador do Brasil e sua cultura, gostava de Tom Jobim, Villa Lobos, samba, bossa-nova. Feliz é o país que tem tudo isso. Ele dizia que o Brasil podia ser um modelo para o mundo. Um país que diante de tantas adversidades não desanima e mantém viva a esperança e a sua força cultural. 

Como na Grécia Antiga de Orfeu, um país que vive sem se separar das artes, da arte popular, dos esportes e do encontro de povos e culturas.

O homem está sempre trabalhando, criando, tendo ideias, inventando soluções, criando valor, aumentando a eficiência e o bem estar. A vida toda do homem é trabalho. No ócio ou no lazer o homem continua trabalhando e pensando em soluções para diversos problemas. A internet potencializou isso. Podemos trabalhar em casa e em qualquer lugar. O tempo todo. O trabalho intelectual é, hoje, mais importante do que o físico ou braçal. Arte, artesanato, tecnologia, solução de problemas, prazer estético, estamos sempre aprendendo e ensinando. Educação é um processo continuo no espaço e no tempo. Sempre estamos conhecendo mais e nos aperfeiçoando. Ócio produtivo, criativo, ócio que é um tempo para pensar sobre os problemas da existência e criar soluções. A mente trabalhando sempre.

Foi um grande pensador.

Nem eu te conheço, mas se você faz uma afirmação num debate público de ideias, supõe-se que queira debater. Aliás eu não conheço ninguém aqui. O filme é o motivo da minha mensagem, não sei como poderia ser feito de outro modo mais belo e poético.

E daí que os julgadores do Oscar, da Palma de Ouro de Cannes, do Golden Globe, e da Academia Britânica devem entender mais de cinema do que o Vinícius. Terrível seria mais uma vez os produtores e diretores brasileiros gostarem e ninguém lá fora reconhecer como acontece frequentemente. Foi feito um remake há alguns anos e não teve a mesma acolhida internacional. Talvez o Vinícius tivesse uma proposta diferente que o Camus não acolheu. O Obama citou esse filme quando esteve no Brasil, disse que foi marcado por esse filme

O filme jamais desejou apresentar um clichê ou lugar comum do Brasil como país onde os pobres são felizes e alienados. Quem entendeu a mensagem dessa forma se equivocou. Não se trata de um Brasil alienado, se trata exatamente de mostrar um Brasil que permanece otimista e confiante apesar das adversidades, onde a máxima alegria do carnaval é interrompida com a morte de Eurídice. É uma crítica social muito sofisticada. Um convite à reflexão. Como um país que produz essa energia de alegria no carnaval pode construir uma nova sociedade. A alegria que não será mais efêmera e sim uma energia que transfigura a realidade

 A caracterização da Bossa Nova como um modo de interpretar o samba-canção, sem orquestra, com o cantor sentado num banquinho e com um violão na mão, cantando em voz baixa, não é apenas uma definição empobrecedora da Bossa Nova como falsa. A Bossa Nova é muito mais do que isso. Foi um movimento de revolução da música brasileira em termos melódicos, harmônicos, de letra, e uso dos instrumentos. Ela veio ampliar os horizontes da música brasileira. Não veio romper com a tradição, mas fazer uma nova leitura da mesma. Não veio separar músicos de formação erudita de músicos populares. Tom Jobim jamais criou regras para limitar a execução de sua música, tanto em termos instrumentais como de canto. A Bossa Nova veio romper com as restrições ao modo de interpretar. Não veio para aposentar as grandes vozes, as orquestras, tampouco se afastar das origens do samba, veio para abrir espaço para novas formas de expressão musical. 

Desejava enfatizar a alegria, a postura otimista e afirmativa de uma geração em relação à vida, ao amor, ao mundo e a natureza.  Tudo com sua graça e encantamento preservados, a voz que canta ao ouvido e conquista os corações e as vozes arrebatas pela paixão. O canto de muitas vozes como o MPB 4, Quarteto Em Cy e Os Cariocas e a voz solitária de Dick Farney, Sylvinha Telles, Astrud Gilberto, Nara Leão, e João Gilberto. Novo horizonte de arranjos, orquestração, lírica, possibilidades de canto, e abertura ao universo internacional da música.

 Adeus ao sociólogo Domenico de Masi, autor de mais de 50 livros sobre sociologia da cultura e do trabalho. Grande admirador do Brasil e sua cultura, gostava de Tom Jobim, Villa Lobos, samba, bossa-nova. Ele dizia que o Brasil podia ser um modelo para o mundo. Um país que diante de tantas adversidades não desanima e mantém viva a esperança e a sua força cultural. 

Como na Grécia Antiga de Orfeu, um país que vive sem se separar das artes, da arte popular, dos esportes e do encontro de povos e culturas.

O homem está sempre trabalhando, criando, tendo ideias, inventando soluções, criando valor, aumentando a eficiência e o bem estar. A vida toda do homem é trabalho. No ócio ou no lazer o homem continua trabalhando e pensando em soluções para diversos problemas. A internet potencializou isso. Podemos trabalhar em casa e em qualquer lugar. O tempo todo. Trabalho intelectual é, hoje, mais importante do que o físico ou braçal. Arte, artesanato, tecnologia, solução de problemas, prazer estético, estamos sempre aprendendo e ensinando. Educação é um processo continuo no espaço e no tempo. Sempre estamos conhecendo mais e nos aperfeiçoando. 

Foi um grande pensador.

 Premiação do Orfeu Negro em Cannes na França, o filme foi considerado uma obra-prima, imensos elogios da imprensa francesa a Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Luiz Bonfá, Antônio Maria, Marcel Camus, Breno Mello e Lea Garcia bem como a toda a equipe do filme. Altos louvores ao Orfeu do Carnaval, 1959.


Orfeu Negro também venceu como melhor filme internacional o Oscar, o Globo de Ouro e o Prêmio da Academia Britânica.


A tragédia do herói Orfeu atualizada no brasileiro comum que sofre um sofrimento profundo em meio à alegria suprema do carnaval, sua voz, contudo,  é imortal e nunca desaparecerá porque é a voz da força do povo e da justiça.

 O Carnaval é uma festa que vem da Grécia Antiga, da Roma Antiga, culto do deus Dionísio e Baco. Dionísio o pai do teatro e da tragédia grega. Deus do vinho, da sensualidade, da alegria, da desordem e das forças da natureza.


Os orficos cultuavam Dionísio.


A tragédia de Orfeu, uma desgraça no Carnaval, alegria suprema, contradição individual e social, tristeza na alegria máxima. Orfeu era motorista e músico.


Orfeu e Eurídice eram dois amantes, se amavam intensamente, mas a noiva de Orfeu invejava o amor do casal.


Orfeu era filho de Calíope, musa da mitologia grega, e do deus Apolo, herdou do pai uma lira que emitia um som envolvente, todos eram atraídos por sua magia, dos pássaros no céu às árvores.


Tom Jobim é o Orfeu da Bossa Nova.


Vinícius declarou que quando convidou Tom Jobim para compor as canções da peça Orfeu da Conceição não tinha a menor ideia de que estava deflagrando o mais importante movimento da música brasileira no século XX.  Na peça Orfeu da Conceição e no filme.


O Orfeu Negro é o único "Oscar do Brasil" na história da Academia.


Orfeu Negro, Orfeu brasileiro, largou a lira e adotou o violão.


Um herói de favela, em lugar de lira helênica, o violão brasileiro,  e a mesma tragédia do herói grego.


Em 1948,  como Cônsul do Brasil em Los Angeles, Vinícius escreveu o segundo ato, a ida ao inferno, o inferno do Orfeu é no carnaval carioca, em busca de Eurídice, em meio aos ritmos, a luxúria, os mascarados e o povo pobre.


Orfeu é uma história que representa a luta de um homem através da música para servir ao próximo e à sua amada. A peça é uma homenagem ao negro brasileiro, um reconhecimento do seu valor. Um tributo ao povo em geral em meio às suas adversidades.


Orfeu era filho de um músico e de uma lavadeira, apaixona-se por Eurídice. A paixão desperta ciúmes, vingança, e morte. A tristeza mais profunda na alegria do carnaval. Na terça-feira de Carnaval, transtornado, Orfeu desce do morro e vai procurar Eurídice, quando volta, é morto.


“Juntaram-se a Mulher, a Morte, a Lua

Para matar Orfeu, com tanta sorte

Que mataram Orfeu, a alma da rua

Orfeu, o generoso, Orfeu, o forte.

Porém as três não sabem de uma coisa:

Para matar Orfeu não basta a Morte.

Tudo morre que nasce e que viveu

Só não morre no mundo a voz de Orfeu.”


*****


A poesia de Vinícius de Moraes teve uma fase espiritual, influência da sua formação no colégio Santo Inácio dos jesuítas, posteriormente adveio a fase erótica, por assim dizer. Vinícius de Moraes teve várias influências em sua poesia.


A França abraçou a Bossa Nova com Sacha Distel, H Salvador, P Barouh, Moustaki e o Orfeu com roteiro de Camus, além do filme Copacabana Palace com Mylene Demongeot.


Se houver vida inteligente em outro planeta semelhante à nossa, haverá música, é uma necessidade do homem de comunicar sentimentos, sensações, memórias pessoais, familiares, históricas, o homem acrescentando sons agradáveis por várias razões, espirituais, naturais, o canto, expressão de orgulho, união, otimismo, tristeza. Tom Jobim pensava desse modo.

 Ernesto Nazareth reverenciado por Villa Lobos.

Criador do Tango Brasileiro, maxixe, polca com habanera. Dançada a um ritmo rápido de 2/4, influências do lundu, além da polca e da habaneira. 

Radames Gnatalli conheceu Ernesto Nazareth no Rio de Janeiro.

Antonio Adolfo gravou Chiquinha e Nazareth.

Moreira Lima gravou Nazareth.

Henrique Oswald, Henrique Mesquita e Villa Lobos eram amigos de Nazareth.

Nazareth executava canções de Bach e Tchaikovski. Teve formação erudita.



Chiquinha Gonzaga, compositora e instrumentista.

Viajou várias vezes a Europa.

Radames Gnatalli e Altamiro Carrilho gravaram Chiquinha.

Lindinha e Dircinha Batista também.

Amiga de J. A. Callado, admirada por ele, Chiquinha integrava seu grupo de Chorões.

Paulo Fortes gravou Chiquinha.

Nara Leão também gravou.

Vicente Celestino tambem gravou.

Famosa marchinha  "Ó Abre Alas" até hoje muito tocada no carnaval. O irmão de Chiquinha, José Basileu Neves Gonzaga Filho, foi seu primeiro parceiro. 

Outros parceiros 

Abre alas, Piedade e Jorge Vidal Faraj, 1939.

Exaltada por Mário de Andrade.


 Oitenta e oito anos sem Chiquinha Gonzaga.

Francisca Edviges Neves Gonzaga, Chiquinha Gonzaga, nasceu no Rio de Janeiro, 17 de outubro de 1847, e faleceu no Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 1935, foi uma compositora e maestrina brasileira. O pai de Chiquinha era parente do Duque de Caxias. Mulher muito avançada para a sua época.

Compunha polca, maxixe, choro, marchinhas e valsa. Aluna do maestro Lobo.

Contemporânea de Ernesto Nazareth.

Amiga de Carlos Gomes.

Abolicionista e defensora da Republica.


O grande promotor da Bossa Nova, Ronaldo Boscoli, era sobrinho-bisneto da compositora Chiquinha Gonzaga e primo do ator Jardel Filho e de Bibi Ferreira. Tornou-se amigo de Vinícius de Moraes, Roberto Menescal, Tom Jobim e Carlos Lyra.

Casado com Maysa e Elis e namorado de Nara Leão.


Os pilares da música popular brasileira, Chiquinha Gonzaga, Anacleto de Medeiros, Pixinguinha, e Ernesto Nazareth.

 Nesse momento, foram criadas várias casas noturnas com esse intuito de agregar pessoas que estariam dispostas a ficar de quatro a seis horas deliciando-se bons shows, aliados à dança.

A Boite Arpege, criada pelo pianista Waldir Calmon, também foi muito importante nesse segmento e nessa época. Na Boite Drink, com Djalma Ferreira se apresentavam o cantor Miltinho, o cantor e compositor Luiz Bandeira e aquele que viria a ser o grande responsável pela difusão do movimento Sambalanço: Ed Lincoln.

  As origens do samba


O samba nasceu do maxixe.

O maxixe é uma mistura do lundu africano com a polca austriaca.


Donga, Sinhô, João da Baiana, Heitor dos Prazeres e as origens do samba na Casa da Tia Ciata.


"Pelo telefone" de 1916, o primeiro samba de sucesso gravado, autoria de Donga com Mauro de Almeida. Existiram outras gravações anteriores, mas o primeiro disco de sucesso foi com essa canção.


Nos anos 20, Ismael Silva e os compositores do Estácio criaram o samba de desfile.

O samba sob influência do Maxixe dificultava o desfile diziam.


Houve um processo continuo de afastamento do samba em relação ao maxixe.


O samba-canção nasceu no fim dos anos 20. Ioiô, Linda Flor, 1929, na voz de Aracy Cortes, autoria de Vogeler, L Peixoto e Porto.


Tom Jobim sempre admirou a riqueza rítmica do samba.


A Bossa Nova nasceu de uma vertente do samba canção. Tom Jobim, Newton Mendonça, Vinícius de Moraes, Lyra, Menescal, Luiz Bonfá, Baden Powell, Johnny Alf, Milton Banana e Durval Ferreira e a definição do ritmo da Bossa Nova.


João Gilberto gravou todos os clássicos da tradição.

Herivelto Martins, Caymmi, Ary Barroso, Ataulfo Alves, Lupicinio Rodrigues, Custódio Mesquita, Assis Valente, Bororó, Noel Rosa, Pires Vermelho.


Aracy de Almeida regravou Noel Rosa como Sambalanço e Bossa Nova.


Nara Leão gravou com Nelson Cavaquinho, Zé Keti e Cartola. Elis Regina gravou Adoniran.


Vários ritmos e danças no Brasil foram chamados de samba, mas o samba que o Brasil todo conheceu e consagrou e o mundo aplaudiu tem essa história.


Depois vieram derivações como o Partido Alto, Pagode, Samba-canção, Samba-choro, Samba de breque, Samba de terreiro, Sambalanço e a própria Bossa Nova.


Foto:


A Bossa Nova e o samba do Estácio.

Vinícius de Moraes e Ismael Silva.



O cantor e compositor francês Henri Salvador com Jaques Morelenbaum e Paula Morelenbaum. 


Salvador viveu no Rio de Janeiro, morou no Copacabana Palace, fez show no Cassino da Urca. Ele é considerado um precursor da Bossa Nova. Salvador dizia que Tom Jobim é um gigante e ele um modesto compositor. Segundo Salvador, ele teria inspirado Tom Jobim a reduzir a velocidade do samba e isso teria ensejado a criação da Bossa Nova.


Ele dizia que sua música "Dans Mon Île" (Na Minha Ilha) "inspirou Tom Jobim a criar a bossa nova" Salvador gravou "Eu Sei que Vou te Amar", de Tom e Vinicius, em versão francesa de Georges Moustaki. 


Seu amigo Moustaki, que traduziu "Águas de Março" para o francês, com Tom Jobim, dizia que : "Acho que Salvador acredita sinceramente nisso, mas não estou de acordo". 


Perguntado se não teria sido uma ideia de João Gilberto, Salvador diz que não tem informação sobre esse fato. 


Salvador era amigo de Dorival Caymmi como Jean Sablon.


Salvador faleceu com 90 anos em 2008.


Modinha lundu

Maxixe

Choro Samba

  Alcebíades Maia Barcelos, Bide (1902-1975) e Armando Vieira Marçal, Marçal (1902-1947) em 1928, fundam o bloco carnavalesco Deixa Falar, ao lado de Ismael Silva (1905-1978), Baiaco (ca.1913-ca.1935) e Brancura (ca.1908-1935).



 O Rei dos Boleros, Altemar Dutra, interpretando Luiza de Tom Jobim. 


A música bela, sublime.  A música que encanta. 


A música que emociona. 


Clara Nunes, Nana Caymmi, Elis Regina também combinaram boleros e Bossa Nova.

 Aracy Cortes foi a primeira grande dama do samba-canção, amiga de Pixinguinha, Ary Barroso, Assis Valente, e Sinhô. Gravou canções desses compositores. Ela faleceu em 1985, aos 81 anos. Vicente Celestino também gravou Linda Flor, aka Ai Ioiô, 1929, um marco do samba-canção.

Marília Barbosa é atriz, cantora e compositora, tem 71 anos, divulgou a Bossa Nova nos EUA. Gravou canções de sucesso em trilhas sonoras de novelas da Rede Globo. Homenagem a Custódio Mesquita, Vogeler, Peixoto e Porto.

sábado, 9 de setembro de 2023

 Muitas homenagens a Dick Farney que completaria 100 anos no último mês. Dick Farney e Lucio Alves foram de fundamental importância para os rumos do Movimento da Bossa Nova. Dick Farney viveu e atuou nos EUA, gravou para a Disney, estava em sintonia com os rumos da música nos EUA, Frank Sinatra, Nat King Cole, B Crosby, e o Cool Jazz.

Gravou Gershwin, Cole Porter, I Berlin.  


Ele atuava na noite do Rio de Janeiro e deu a diretriz para Johnny Alf, João Gilberto e Tom Jobim.


Cantor definido como charmoso, elegante, envolvente, romântico e sedutor. 


Nos anos 40 ele já gravava no estilo intimista que fala aos ouvidos e conquista os corações. 


Possuia a delicadeza e a colocação natural da voz como Mario Reis, coloquial e elegante.


Irmão do ator Cyl Farney. 


Dick e Lucio Alves encomendaram a Billy Blanco e Tom Jobim, a canção Tereza da Praia, que foi o primeiro grande sucesso de Tom Jobim. Depois gravou várias composições de Tom com Newton Mendonça, Dolores Duran, Vinicius de Moraes e Aloysio de Oliveira. 


Foi contratado por Braguinha para gravar pela Continental. 


A canção Copacabana de Braguinha, dos anos 40, é um ícone do repertório de Dick Farney. Gravou também com Leny Andrade.  


Dick era chamado de Frank Sinatra brasileiro e seu fã clube era denominado Dick Farney Sinatra. Emílio Santiago era seu discípulo. 


Na foto de 1954 : Tom Jobim, Dick Farney, Lucio Alves e Billy Blanco.


Tom Jobim e Billy Blanco, em 54, compuseram também a maravilhosa Sinfonia do Rio, monumental !  Contou com gravação dos  Cariocas, Dick, Lucio, Elizeth Cardoso e regência de Radamés Gnatalli.


A atuação na noite do Rio foi de uma importância vital na formação de Tom. Ele conheceu Ernani Filho que gravou suas primeiras canções em 53 . 


Ernani foi o lider da orquestra de Ary Barroso que fazia turnes pela America Latina, Tom ficou encantado com as apresentações de Ary Barroso  ! Ary reconheceu o talento de Tom, logo cedo, no anos 50. 


Tom conheceu Vinicius na vida boemia também. 


Dick Farney e Lúcio Alves foram de grande importância  para o nascimento da Bossa Nova. Eles estavam articulados com as tendencias da música americana no período, o advento do cool jazz, o estilo mais intimista de cantar, e influenciaram Tom, João Gilberto e Johnny Alf que atuavam na noite do Rio. 


O primeiro grande sucesso de Tom em parceria com Billy Blanco, Tereza da praia, foi uma música feita sob pedido, uma encomenda para a dupla.

 As origens do samba


O samba nasceu do maxixe.

O maxixe é uma mistura do lundu africano com a polca austriaca e a habanera cubana.


Donga, Sinhô, João da Baiana, Heitor dos Prazeres e as origens do samba na Casa da Tia Ciata.


"Pelo telefone" de 1916, o primeiro samba de sucesso gravado, autoria de Donga com Mauro de Almeida. Existiram outras gravações anteriores, mas o primeiro disco de sucesso foi com essa canção.


Nos anos 20, Ismael Silva e os compositores do Estácio criaram o samba de desfile.


O samba sob influência do Maxixe dificultava o desfile diziam. 


Ismael, Bide, Marçal e outros compositores da Deixa Falar criaram o samba de desfile.


Houve um processo continuo de afastamento do samba em relação ao maxixe.


O samba-canção nasceu no fim dos anos 20. Ioiô, Linda Flor, 1929, na voz de Aracy Cortes, autoria de H. Vogeler, L. Peixoto e M. Porto.


Tom Jobim sempre admirou a riqueza rítmica do samba.


A Bossa Nova nasceu de uma vertente do samba canção. Tom Jobim, Newton Mendonça, Vinícius de Moraes, Lyra, Menescal, Luiz Bonfá, Baden Powell, Johnny Alf, Milton Banana e Durval Ferreira e a definição do ritmo da Bossa Nova.


João Gilberto gravou todos os clássicos da tradição.

Herivelto Martins, Caymmi, Ary Barroso, Ataulfo Alves, Lupicinio Rodrigues, Custódio Mesquita, Assis Valente, Bororó, Noel Rosa, Pires Vermelho.


Aracy de Almeida regravou Noel Rosa como Sambalanço e Bossa Nova.


Nara Leão gravou com Nelson Cavaquinho, Zé Keti e Cartola. Elis Regina gravou Adoniran.


Vários ritmos e danças no Brasil foram chamados de samba, mas o samba que o Brasil todo conheceu e consagrou e o mundo aplaudiu tem essa história.


Depois vieram derivações como o Partido Alto, Pagode, Samba-canção, Samba-choro, Samba de breque, Samba de terreiro, Sambalanço, Sambolero e a própria Bossa Nova.


Foto:


A Bossa Nova e o samba do Estácio.

Vinícius de Moraes e Ismael Silva.

 Divulgadores do lundu com a Modinha

Cândido Inácio da Silva, Domingos Caldas Barbosa,

Francisco Manuel da Silva,

Laurindo Rabelo,

Xisto Bahia


Calado, J Pernambuco, Anacleto, Nazareth e Chiquinha e o nascimento do choro e do maxixe


O maxixe nasceu da combinação do lundu com a habanera e a polca


O choro, além desses elementos, recebeu infusão do xote, valsa, mazurca polonesa, minueto

 Representantes

Editar

Nepomuceno 
Calado Pernambuco Anacleto Nazareth Chiquinha 

Sambolero sambalada 

Divulgadores do lundu com a Modinha
Cândido Inácio da Silva Domingos Caldas Barbosa
Francisco Manuel da Silva
Laurindo Rabelo
Xisto Bahia


Nepomuceno 

Calado Pernambuco Anacleto Nazareth Chiquinha



Divulgadores do lundu com a Modinha

Cândido Inácio da Silva, Domingos Caldas Barbosa,

Francisco Manuel da Silva,

Laurindo Rabelo,

Xisto Bahia


Calado, J Pernambuco, Anacleto, Nazareth e Chiquinha e o nascimento do choro e do maxixe


O maxixe nasceu da combinação do lundu com a habanera e a polca


O choro, além desses elementos, recebeu infusão do xote, valsa, mazurca polonesa, minueto