sexta-feira, 31 de março de 2023

 Ano 1685, dia 31 de Março, nascia Johan Sebastian Bach, o compositor alemão do Barroco que orientou toda a produção erudita do maior compositor erudito brasileiro de todos os tempos, Heitor Villa-Lobos (1887-1959). Foi uma tia de Villa-Lobos, tia Zizinha, e o pai que o levaram a ouvir e admirar o autor de "Jesus Alegria dos Homens" e o "Cravo Bem Temperado". Depois, na fase adulta, o gênio de Villa-Lobos vislumbrou na obra do compositor alemão as condições para expressar musicalmente seus sentimentos e ideias sobre o Brasil, natureza, povo e cultura. 


As Bachianas brasileiras, uma série de nove composições, escritas a partir de 1930, nessa obra, Villa-Lobos uniu material do folclore brasileiro às formas pré-clássicas no estilo de Bach.  Inserir a cultura popular na música erudita era parte do ideal modernista de Villa Lobos da Semana de Arte Moderna de 22. Mário de Andrade escreveu muito sobre isso. A proposta de Villa-Lobos gerou muita incompreensão, até a sua consagração na Europa e nos EUA.


Esta homenagem a Bach (1685-1750) também foi feita por compositores como Strasvinski. O nome do autor e o sufixo 'ana'. Stravinski e Debussy também são influências presentes na obra de Heitor Villa-Lobos. O tratamento polifônico de Bach atraiu sua atenção.


Heitor Villa-Lobos teve grandes intérpretes como Guiomar Novaes, Magda Tagliaferro, Nelson Freire, João Carlos Martins, Arnaldo Cohen, Arthur Moreira Lima, Maria Lúcia Godoy, Bidú Sayão e, no exterior, também.


Tom Jobim sempre declarou que os ideais de Villa Lobos que vinham do Modernismo de 22 também eram os seus.

 Matéria da BBC de Londres sobre a Bossa Nova.

Matéria muito completa. Conta toda a trajetória do movimento. A vida dos principais nomes é apresentada. Um belo documentário. Nelson Motta, Joyce, Menescal, Carlos Lyra, Daniel Jobim, Wanda Sá, Helô Pinheiro, Geraldinho Carneiro, Marcos Valle, Paulo Jobim, Paula Morelenbaum, importantes depoimentos. O Brasil dos anos 50, promessa de modernidade e desenvolvimento. O show no Carnegie Hall. Depoimentos antigos de Tom Jobim. O Beco das Garrafas, Piaf, Ella Fitzgerald, na plateia. Vinhas, Tião Neto, Luiz Eça, Boscoli, Bonfá. Stan Getz, Byrd, Tony Bennett, Mulligan, Stan Kenton divulgando a Bossa Nova. João Gilberto e o estilo da Bossa Nova. Vinícius e a poesia.   Chega de Saudade com Elizeth e João Gilberto, canção marco. Nara Leão e a música de protesto. Sinatra, Cher, Nat King Cole, A. Winnehouse, Astrud Gilberto e a Garota de Ipanema. A crítica da melancolia dos antigos boleros, serestas e sambas-canções. Visita ao sítio de Tom Jobim com Daniel Jobim. A natureza exuberante como fonte de inspiração de Tom Jobim.

 Matéria da BBC de Londres sobre a Bossa Nova.

Matéria muito completa. Conta toda a trajetória do movimento. A vida dos principais nomes é apresentada. Um belo documentário. Nelson Motta, Joyce, Menescal, Carlos Lyra, Daniel Jobim, Wanda Sá, Helô Pinheiro, Geraldinho Carneiro, Marcos Valle, Paulo Jobim, Paula Morelenbaum, importantes depoimentos. O Brasil dos anos 50, promessa de modernidade e desenvolvimento. O show no Carnegie Hall. A recepção dos músicos americanos. Kessel e Shorter. Depoimentos antigos de Tom Jobim. O Beco das Garrafas, Piaf, Ella Fitzgerald, na plateia. Vinhas, Tião Neto, Luiz Eça, Boscoli, Bonfá. Stan Getz, Byrd, Tony Bennett, Mulligan, Stan Kenton divulgando a Bossa Nova. João Gilberto e o estilo da Bossa Nova. Vinícius e a poesia.   Chega de Saudade com Elizeth e João Gilberto, canção marco. Nara Leão e a música de protesto. Sinatra, Cher, Nat King Cole, A. Winnehouse, Astrud Gilberto e a Garota de Ipanema. A crítica da melancolia dos antigos boleros, serestas e sambas-canções. Visita ao sítio de Tom Jobim com Daniel Jobim. A natureza exuberante como fonte de inspiração de Tom Jobim.  A dança da Bossa Nova.

Matéria da BBC de Londres sobre a Bossa Nova.

Matéria muito completa. Conta toda a trajetória do movimento. A vida dos principais nomes é apresentada. Um belo documentário. Nelson Motta, Joyce, Menescal, Carlos Lyra, Daniel Jobim, Wanda Sá, Helô Pinheiro, Geraldinho Carneiro, Marcos Valle, Paulo Jobim, Paula Morelenbaum, importantes depoimentos. O Brasil dos anos 50, promessa de modernidade e desenvolvimento. O show no Carnegie Hall. Depoimentos antigos de Tom Jobim. O Beco das Garrafas, Piaf, Ella Fitzgerald, na plateia. Vinhas, Tião Neto. Stan Getz, Byrd, Tony Bennett, Mulligan divulgando a Bossa Nova. João Gilberto e o estilo da Bossa Nova. Vinícius e a poesia. Nara Leão e a música de protesto. Sinatra, Cher, Nat King Cole, A. Winnehouse, Astrud Gilberto e a Garota de Ipanema.


A Igreja não tem nada contra as pessoas serem bem sucedidas na sua atividade econômica. Existem criticas éticas a certas atividades, cabe a cada um julgar 

 Ouve a

Natureza e exterioriza suas sensações e emoções 


Inconsciente humano e a música, desejos 


Irracional 


Emoção reforçada ou atenuada 


Mito e rito, origem do mundo 


Dionísio paixão, desordem, prazer, felicidade, dor


Apolo, ordem, paz, serenidade, contemplação 


História e memória coletiva


Vida pessoal afeto boas lembranças 


Nietzsche disse


A vida séria um erro sem a música


A origem da tragédia no espírito da música


O drama


A arte dramatica


Imitação da vida

 A proposta musical de Johnny Alf era mais próxima do sambalanço, cheia de swing, alegre, não era minimalista como a de João Gilberto. 

Orlandivo, Walter Wanderley, Doris Monteiro, W Calmon, Dom Um, Silvio Cesar, Elza Soares, Ed Lincoln, Miltinho, Tenório Junior 

Djalma Ferreira Celso Murilo  


Bene 

.Em 1949, participou do filme “Carnaval no fogo”, de Watson Macedo. Nesse ano, teve a polca “Pedalando”, parceria com Anselmo Duarte, cantada no filme “Carnaval no fogo” por Adelaide Chiozzo, que a gravou no ano seguinte com o acordeonista Alencar Terra.

Em 1951, gravou ao piano, pela gravadora Continental, os choros “Moleque tumba” e “Gostosinho”, de sua autoria. Nesse ano, atuou no filme “”Aí vem o barão”, de Watson Macedo. Em 1952, gravou ao piano mais duas composições de sua autoria, o fox “Dulce, I love you” e o bolero “Deserto”. Nesse ano, como ator principal, interpretou o compositor Sinhô, no filme “O Rei do samba”, de Luís Santos. Atuou também em  “Barnabé, tu és meu”, de José Carlos Burle e “É fogo na roupa”, de Watson Macedo, contracenando com  Adelaide Chiozzo.
No ano seguinte, gravou a “Rapsódia sueca”, de Charles Wildman e o samba “Feitiço da Vila”, de Noel Rosa e Vadico. Nesse ano, participou dos números musicais do filme “Carnaval Atlântida”, de José Carlos Burle e que contou também com as presenças de Blecaute, Nora Ney, Dick Farney, Francisco Carlos, Bill Farr e Chiquinho e sua orquestra. Atuou também no filme ” Carnaval em Caxias”, direção de Paulo Wanderley.
Ainda na década de 1950, formou uma orquestra de 32 integrantes, que fez muito sucesso e da qual fez parte o compositor e instrumentista Carlos Lyra e o instrumentista Luiz Reis. Foi o pianista preferido do presidente Juscelino Kubistchek, tendo, em seu governo, animado bailes e saraus do Palácio do Catete. Em 1954, atuou em “Malandros em Quarta Dimensão”, filme dirigido por Luiz de Barros e que contou ainda com as participações de Grande Otelo e nos números musicais com Blecaute, Bob Nélson, Dick Farney, Nora Ney e Francisco Carlos. Em 1955, atuou no filme “Guerra ao Samba”, com direção de Carlos Manga. Em  1958, lançou o LP “Bené Nunes e seu piano”, no qual interpretou as músicas “Hô-Bá-Lá-Lá”, de João Gilberto, “Stella By Starlight”, de Ned Washington e Victor Young, “Se Todos Fossem Iguais A Você”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, “If I Had You”, de Jimmy Campbell, Reg Connelly e Ted Shapiro, “Ouça”, de Maysa, “Carinhoso”, de Pixinguinha e João de Barro, “Só a Ti”, tema tradicional, “Lamento No Morro”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, “There Will Never Be Another You”, de Mack Gordon e Harry Warren, “Por Causa de Você”, de Tom Jobim e Dolores Duran, e “Amendoim Torradinho”, de Henrique Beltrão. Ele e sua esposa, Dulce, foram dos primeiros grandes anfitriões do movimento da Bossa Nova, sempre abrindo as portas de seu amplo


 Denise Lahude canta Dindi de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira. 

Álbum: Músicas do Coração 

Gravado ao Vivo no Cord Night Club, Porto Alegre, 21 de junho de 2007.

O Rio Grande do Sul foi muito importante para a Bossa Nova, revelou Elis Regina, João Gilberto viveu em Porto Alegre, conheceu Mário Quintana, estudou música impressionista lá. Vinícius era amigo e admirador do Lupicinio Rodrigues. Vários grupos no Rio Grande do Sul tocaram Bossa Nova. Vários festivais universitários e promovidos pela imprensa além de shows com músicos locais, com grandes nomes. Músicos como Nana Caymmi, Sylvia Telles, Zé Keti, Joyce, Paulinho Tapajós, Danilo Caymmi, Zé Rodrix, Eliana Chaves, Bonfa, Luely Figueiró, Wilson Simonal, Elis Regina, Altamiro Carrilho, Toquinho, Sidney Miller, Ataulfo Alves, Marcos Valle, Nelson Gonçalves, Paulo Pinheiro, Egberto Gismonti, Hermeto Paschoal, Paulo Moura, Milton Nascimento, Gal Costa, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Dick Farney, Ângela Maria, Radames Gnatalli etc. Tom Jobim era filho de pai gaúcho e tinha ligação afetiva com a história do Rio Grande, fez a trilha sonora de O Tempo e o Vento. O pai de Tom Jobim conheceu Érico Veríssimo. Donato e Valdir Calmon influenciaram os grupos locais.

 Alaide Costa e Johnny Alf. Emílio Santiago combinou o estilo de Dick Farney e o swing de Johnny Alf

Alf ouvia Gershwin, Cole Porter. Inovações melodicas, harmônicas e rítmicas na música brasileira. Alf gostava de Debussy, Chopin, Nat King Cole, Gershwin, Cole Porter. Alf atuou na boate Monte Carlo, com a banda do violonista Fafá Lemos, as boates Mandarim, Drink e Plaza, Clube da Chave e Bottle’s Bar. Tom Jobim, João Gilberto, Dolores Duran, Ary Barroso, também frequentavam 

Johnny Alf lançou um LP em 1998, cantando músicas de Noel Rosa. Ele declarou que o criticavam por ter influência do Jazz, mas ele sempre teve a obra de Noel Rosa como uma referência central, precursora da Bossa Nova. Foi amigo e colega da noite de Tom Jobim, João Gilberto, Claudette Soares, Milton Banana, Sylvinha Telles, Luiz Bonfá e Newton Mendonça. Alf declarou que Dick Farney e Nora Ney foram seus padrinhos. Farney viveu nos EUA nos anos 40, amigo de Sinatra, inclusive o fã clube era Sinatra-Farney,  Dick cantou na rádio e em hotéis famosos e gravou. Foi contratado por Braguinha para a Continental, Tom Jobim também. O primeiro sucesso de Tom Jobim foi Tereza da Praia, 1954, música composta a pedido para Lúcio Alves e Dick Farney. Billy Blanco foi seu parceiro e também na Sinfonia do Rio.

O samba-canção Copacabana de Braguinha e Alberto Ribeiro, na voz de Dick Farney, foi um grande sucesso. Farney trouxe as diretrizes sobre o canto intimista de Sinatra e Bing Crosby naquele momento. Johnny Alf ouvia Gershwin e Porter.

Em 1952 Alf foi contratado para tocar no restaurante de César de Alencar com Dick Farney e Nora Ney. Depois, ele passou a tocar em boates.  Duas canções se destacaram : Céu e mar e Rapaz de bem. Johnny Alf sempre foi modesto. Ele dizia que a Bossa Nova era um movimento complexo e não aceitava o título de criador da Bossa Nova. Declarava que fez uma música nos primórdios que contribuiu para o surgimento da Bossa Nova. Se contribuiu, ele estava realizado. Tom Jobim, Vinícius de Moraes e João Gilberto sempre manifestaram sua grande admiração por Johnny Alf. Tom Jobim cantava as músicas de J. Alf e C. Lyra com a Nova Banda. Pixinguinha diz que ele também foi criticado por ter influência do Jazz, nos anos 30. Pixinguinha e Custódio Mesquita gravaram Fox nos anos 40. Vários compositores famosos gravaram Fox-canção. Tudo parece um complexo de inferioridade de segmentos da imprensa em relação aos EUA, querendo forçar uma suposta identidade musical sólida de muitas décadas que nunca existiu. O samba e o jazz sofreram várias transformações no século XX. Sempre houve influencias estrangeiras na música brasileira. A Bossa Nova foi o Brasil influenciando o mundo da música internacional de forma permanente, estrutural, formando gerações de músico.

 Johnny Alf lançou um LP em 1998, cantando músicas de Noel Rosa. Ele declarou que o criticavam por ter influência do Jazz, mas ele sempre teve a obra de Noel Rosa como uma referência central, precursora da Bossa Nova. Foi amigo e colega da noite de Tom Jobim, João Gilberto, Claudette Soares, Milton Banana, Sylvinha Telles, Luiz Bonfá e Newton Mendonça. Alf declarou que Dick Farney e Nora Ney foram seus padrinhos. Farney viveu nos EUA nos anos 40, amigo de Sinatra, inclusive o fã clube era Sinatra-Farney,  Dick cantou na rádio e em hotéis famosos e gravou. Foi contratado por Braguinha para a Continental, Tom Jobim também. O primeiro sucesso de Tom Jobim foi Tereza da Praia, 1954, música composta a pedido para Lúcio Alves e Dick Farney. Billy Blanco foi seu parceiro e também na Sinfonia do Rio.

O samba-canção Copacabana de Braguinha e Alberto Ribeiro, na voz de Dick Farney, foi um grande sucesso. Farney trouxe as diretrizes sobre o canto intimista de Sinatra e Bing Crosby naquele momento. Johnny Alf ouvia Gershwin e Porter.

Em 1952 Alf foi contratado para tocar no restaurante de César de Alencar com Dick Farney e Nora Ney. Depois, ele passou a tocar em boates.  Duas canções se destacaram : Céu e mar e Rapaz de bem. Johnny Alf sempre foi modesto. Ele dizia que a Bossa Nova era um movimento complexo e não aceitava o título de criador da Bossa Nova. Declarava que fez uma música nos primórdios que contribuiu para o surgimento da Bossa Nova. Se contribuiu, ele estava realizado. Tom Jobim, Vinícius de Moraes e João Gilberto sempre manifestaram sua grande admiração por Johnny Alf. Tom Jobim cantava as músicas de J. Alf e C. Lyra com a Nova Banda. Pixinguinha diz que ele também foi criticado por ter influência do Jazz, nos anos 30. Pixinguinha e Custódio Mesquita gravaram Fox nos anos 40. Vários compositores famosos gravaram Fox-canção. Tudo parece um complexo de inferioridade de segmentos da imprensa em relação aos EUA, querendo forçar uma suposta identidade musical sólida de muitas décadas que nunca existiu. O samba e o jazz sofreram várias transformações no século XX. Sempre houve influencias estrangeiras na música brasileira. A Bossa Nova foi o Brasil influenciando o mundo da música internacional de forma permanente, estrutural, formando gerações de músico.


João Gilberto gravou Noel e todos os clássicos 

 Tom Jobim e Vinícius de Moraes

Das noites do Rio, para as telas do cinema e para a aclamação pelos musicos em todo o planeta

Tom Jobim também gravou canções de Noel Rosa

João Gilberto gravou todos os clássicos da tradição 

 O canto quase falado de Noel Rosa e o swing de Johnny Alf, o Rapaz de Bem. Aracy de Almeida regravou Noel Rosa como Bossa Nova e como Sambalanço.  Johnny Alf lançou um LP em 1998, cantando músicas de Noel Rosa. Ele declarou que o criticavam por ter influência do Jazz, mas ele sempre teve a obra de Noel Rosa como uma referência central, precursora da Bossa Nova. Foi amigo e colega da noite de Tom Jobim, João Gilberto, Claudette Soares, Milton Banana, Sylvinha Telles e Newton Mendonça. Alf diz que Dick Farney e Nora Ney foram seus padrinhos. Farney viveu nos EUA nos anos 40, amigo de Sinatra, inclusive o fã clube era Sinatra-Farney,  Dick cantou na rádio e em hotéis famosos e gravou. Foi contratado por Braguinha para a Continental, Tom Jobim também. O primeiro sucesso de Tom Jobim foi Tereza da Praia, 1954, música composta a pedido para Lúcio Alves e Dick Farney. Billy Blanco foi seu parceiro e também na Sinfonia do Rio.

O samba-canção Copacabana de Braguinha e Alberto Ribeiro, na voz de Dick Farney, foi um grande sucesso. Farney trouxe as diretrizes sobre o canto intimista de Sinatra e Bing Crosby naquele momento.

Em 1952 Alf foi contratado para tocar no restaurante de César de Alencar com Dick Farney e Nora Ney. Depois, ele passou a tocar em boates.  Duas canções se destacaram : Céu e mar e Rapaz de bem. Johnny Alf sempre foi modesto. Ele dizia que a Bossa Nova era um movimento complexo e não aceitava o título de criador da Bossa Nova. Declarava que fez uma música nos primórdios que contribuiu para o surgimento da Bossa Nova. Se contribuiu, ele estava realizado. Tom Jobim, Vinícius de Moraes e João Gilberto sempre manifestaram sua grande admiração por Johnny Alf. Tom Jobim cantava as músicas de J. Alf e C. Lyra com a Nova Banda. Pixinguinha diz que ele também foi criticado por ter influência do Jazz, nos anos 30. Pixinguinha e Custódio Mesquita gravaram Fox nos anos 40. Vários compositores famosos gravaram Fox-canção. Tudo parece um complexo de inferioridade de segmentos da imprensa em relação aos EUA, querendo forçar uma suposta identidade musical sólida de muitas décadas que nunca existiu. O samba e o jazz sofreram várias transformações no século XX. Sempre houve influencias estrangeiras na música brasileira. A Bossa Nova foi o Brasil influenciando o mundo da música internacional de forma permanente, estrutural, formando gerações de músico. 


Aracy de Almeida gravou Noel Rosa no estilo Bossa Nova e Sambalanço


Emílio Santiago combinou Dick Farney e o swing de Alf  O charme, a suavidade, a elegância, melodiosa voz de veludo Jazz e samba canção


Serestas e boleros 


Nos EUA toda música estrangeira é chamada de jazz

Latino caribenho brasileiro 


quinta-feira, 30 de março de 2023

 Nos EUA existe o hábito de classificar as músicas latina, caribenha e a Bossa Nova, de Jazz. O Jazz possui um caráter plástico que lhe permite acoplar-se às manifestações nacionais da música. Ao longo do tempo, o Jazz sofreu mutações, transformações, surgiu o Bebop, o Cool Jazz, o Smooth Jazz, o Fusion Jazz. Foi o Cool Jazz que favoreceu a absorção da Bossa Nova. A Bossa Nova é uma vertente do Samba- canção. O samba também sofreu transformações

 O Musical da Bossa Nova, Garota de Ipanema.

Várias composições de Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Roberto Menescal e Carlos Lyra. A história da Bossa Nova cantada.  


Texto de Rodrigo Faour e Sergio Módena, e direção musical de Delia Fischer, o musical é dividido em quatro partes:  as histórias sobre a ‘Bossa Nova’; na segunda a origem do estilo, as influências do passado; no terceiro bloco, os costumes dos artistas da época; e o último bloco mostra a Bossa Nova ganhando o mundo.


O elenco : Andrea Marquee, Ariane Souza, Eduarda Fadini, Fabi Bang, Myra Ruiz, Claudio Lins, Marcelo Varzea, Nicola Lama, Tadeu Freitas e Jhafiny Lima. 


Algumas canções interpretadas:

‘Samba de uma nota só’ (Tom Jobim e Newton Mendonça), ‘Ela é carioca’ (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), ‘Samba da minha terra’ (Dorival Caymmi), ‘O Barquinho’ (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli), ‘Chega de saudade’ (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), ‘Minha namorada’ (Carlos Lyra e Vinícius de Moraes), ‘Garota de Ipanema’ (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), ‘Samba de Verão’ (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle), ‘Mas que nada’ (Jorge Ben), Dindi (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira), Você (Menescal), Você e Eu (Carlos Lyra), Rio (Menescal)


Reconstrução da história através da música e da memória afetiva do público.

quarta-feira, 29 de março de 2023

 Nascido em 11 de maio de 1933, o carioca Carlos Lyra – como ficou conhecido – ganha tributo fonográfico pelas nove décadas de vida.

Em fase da gravação, iniciada em 6 de dezembro no estúdio Visom Digital, no Rio de Janeiro (RJ), o álbum Afeto tem participações de ícones da MPB e da bossa como Djavan e Marcos Valle.

Para quem não liga o nome a música, Carlos Lyra é o parceiro melodista de Vinicius de Moraes (1913 – 1980) em composições como Marcha da quarta-feira de cinzas (1963), Minha namorada (1964) e Primavera (1964). É também o parceiro de Ronaldo Bôscoli (1928 – 1994) em Lobo bobo (1959).

O último álbum de Lyra, Além da bossa (2019), foi lançado há quatro anos com inédito repertório autoral pautado pela diversidade rítmica.

Você, manhã 

Minha namorada 

Barquinho

Rio sorri 

Valsa do Rio 

Musical

Vinícius e Toquinho 

Amanhecendo 

Menina certinha 

Para que chorar 

Devagar com a louça 


 Ricardo Cravo Albin e Tom Jobim.


"Antônio Carlos Jobim foi o compositor brasileiro mais famoso dentro e fora do Brasil na última metade do século XX.


(...)


Antônio Carlos Jobim é até hoje o nome mais respeitado, acatado e até venerado pelas novas gerações de músicos e compositores do Brasil.


Embora com todo esse sucesso, Tom continuou afável e simples com as pessoas que o procuravam: sorriso franco, roupas e cabelos sempre descuidados, ele nunca escondeu sua paixão pela vida simples. E as coisas simples de que Tom se embebeu fizeram-no também um poeta, além do grande compositor que sempre foi."


Ricardo Cravo Albin, a propósito dos 96 anos de Antonio Carlos Jobim

 Aniversário de Hermínio Bello de Carvalho, 88 anos, pesquisador, compositor, e produtor cultural. Patrimônio da cultura nacional. Amigo de Clementina de Jesus, Pixinguinha, Donga, João da Baiana, Elizeth Cardoso, Aracy de Almeida, Villa-Lobos, Gal Costa, Turíbio Santos, Aracy Cortes, Elton Medeiros, Cartola, Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola, Baden Powell, Ivone Lara, Zé Keti, Martinho da Vila, Nelson Sargento, Jacob do Bandolin, Isaura Garcia, Carlos Cachaça, Ary Barroso, Radames Gnatalli, Marlene, Dalva de Oliveira, Maria Bethânia, Roberto Carlos, Caymmi, Simone, Lúcio Rangel, Nora Ney, Joyce, Alaide Costa, Cyro Monteiro, Vital Lima, Zezé Gonzaga, João Pernambuco, Ismael Silva, Dirce e Linda Batista. 


Fez música com muitos deles. Patrimônio da música brasileira e da cultura nacional! 


Promoveu o encontro de Elizeth Cardoso com Jacob do Bandolim e o Zimbo Trio no Teatro João Caetano em 1968. Velha Guarda e Bossa Nova, encontro épico. Foi o grade produtor dos discos da Divina Elizeth Cardoso.


Tom Jobim, Chico Buarque de Holanda, Sérgio Ricardo, Edu Lobo e Hermínio Bello de Carvalho


Presidente Getúlio Vargas, Hermínio Bello de Carvalho e Linda Batista

terça-feira, 28 de março de 2023

 Aniversário de Hermínio Bello de Carvalho, 88 anos, pesquisador, compositor, e produtor cultural. Patrimônio da cultura nacional. Amigo de Clementina de Jesus, Pixinguinha, Donga, João da Baiana, Elizeth Cardoso, Aracy de Almeida, Villa-Lobos, Gal Costa, Turíbio Santos, Aracy Cortes, Elton Medeiros, Cartola, Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola, Baden Powell, Ivone Lara, Zé Keti, Martinho da Vila, Nelson Sargento, Jacob do Bandolin, Isaura Garcia, Carlos Cachaça, Ary Barroso, Radames Gnatalli, Marlene, Dalva de Oliveira, Maria Bethânia, Lúcio Rangel, Dirce e Linda Batista. Fez música com muitos deles. Patrimônio da música brasileira e da cultura nacional! 


Promoveu o encontro de Elizeth Cardoso com Jacob do Bandolim e o bossanovista Zimbo Trio no Teatro João Caetano em 1968. Foi o grade produtor dos discos da Divina Elizeth Cardoso.


Tom Jobim, Chico Buarque de Holanda, Sérgio Ricardo, Edu Lobo e Hermínio Bello de Carvalho.

segunda-feira, 27 de março de 2023

 soprano de carácter absoluto (português europeu) ou soprano de caráter absoluto (português brasileiro) (AO 1990soprano de carácter absoluto ou soprano de caráter absoluto) é o tipo de soprano que possui grande extensão e facilidade de interpretação de todo repertório para soprano e alguns papéis de mezzosoprano. Exemplifica-se Maria Callas, um soprano absoluto natural, que cantava desde o repertório de soprano leggero até os papéis para mezzosoprano e para contralto. Geralmente, sopranos que se arriscam nessa categoria são sopranos líricos e lírico-spintos maduros, com anos de experiência em palco. Cita-se Maria Callas porque seu timbre era descomunal e muito amplo, mesmo desde o início de sua carreira, que permitia-a mudar a cor do timbre em diversas nuances que a interpretação pedia, além de sua incrível extensão. A extensão usual de um soprano absoluto é de, aproximadamente, três oitavas do G3-E6


Mezzo central grave 

Cantora Svetlana Feodúlova registrou nota mais alta atingida por ser humano, além de 13 notas diferentes em um único segundo. Em breve, ela lançará também hino dedicado à Copa.

No último dia 11 de abril, a soprano russa Svetlana Feodúlova bateu dois recordes mundiais do livro “Guinness” enquanto interpretava o Rondó de Mozart em um concerto em São Petersburgo.

Feodúlova não apenas registrou a nota mais alta já atingida por um ser humano, mas também 13 notas diferentes em um segundo


 Tito Madi, cantor e compositor, filho de imigrantes libaneses, nasceu no interior de São Paulo, ouvia cantores famosos como Orlando Silva, Francisco Alves, Gregório Barrios, Silvio Caldas, e Carnem Miranda. Começou no rádio.


Teve canções gravadas por Wilson Simonal na EMI Odeon e Roberto Carlos.   


Gravou vários sucessos de Tom Jobim, como  Lígia, Foi a noite, Por causa de você, Se todos fossem iguais a você. 


Recebeu vários prêmios e condecorações, inclusive do Presidente Juscelino Kubitschek. 


Trabalhou com o pianista Ribamar, Radames Gnatalli na Columbia e Lyrio Panicalli na CBS, e também com Eumir Deodato, e Nana Caymmi, foi da RCA. Gravou com Doris Monteiro, Mariza Gata Mansa e Maysa.


Morreu aos 89 anos em 2018.


Diana Krall interpretando "Insensatez".


A canção foi gravada por João Gilberto, Nara Leão, Elis Regina, Sylvia Telles, Maria Creuza, Roberto Carlos, Roberta Sá, Nana Caymmi, Gal Costa, Rosa Passos, Emílio Santiago, Ana Setton e Fernanda Takai.


No exterior por Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, Peggy Lee, Nancy Wilson, Morgana King, Stan Getz, Sinéad O'Connor, Claudine Longet, Wes Montgomery, Astrud Gilberto, Diana Krall, Doris Day, William Shatner, Iggy Pop, José Carreras, Shirley Bassey, Olivia Newton-John, Stacey Kent e Pat Metheny.


Integra a trilha sonora dos filmes Sete Vidas, estrelado por Will Smith, e Estrada Perdida, do diretor David Lynch.  



Flora Purim, Wanda Sá, Sylvinha Telles, e Nara Leão gravaram essa música elogiada pela crítica da imprensa especializada americana como uma das mais icônicas canções da Bossa Nova. Nessa época Tom Jobim estava compondo sem a parceria de Vinícius de Moraes que havia sido incumbido de uma função diplomatica no Uruguai. Nessa época Tom Jobim compunha com Aloysio de Oliveira, Dolores Duran e Newton Mendonça, 1958, 1959.


Flora Purim, Wanda Sá, Sylvinha Telles, Olivia Byington e Nara Leão gravaram essa música elogiada pela crítica da imprensa especializada americana como uma das mais icônicas canções da Bossa Nova. Uma canção hipnotica. Nessa época Tom Jobim estava compondo sem a parceria de Vinícius de Moraes que havia sido incumbido de uma função diplomatica no Uruguai. Nessa época Tom Jobim compunha com Aloysio de Oliveira, Dolores Duran e Newton Mendonça, 1958, 1959.

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Diana Krall interpretando "Insensatez".


A canção foi gravada por João Gilberto, Nara Leão, Elis Regina, Sylvia Telles, Maria Creuza, Roberto Carlos, Roberta Sá, Nana Caymmi, Gal Costa, Rosa Passos, Emílio Santiago, Ana Setton e Fernanda Takai.


No exterior por Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, Peggy Lee, Nancy Wilson, Morgana King, Stan Getz, Sinéad O'Connor, Claudine Longet, Wes Montgomery, Astrud Gilberto, Diana Krall, Doris Day, William Shatner, Iggy Pop, José Carreras, Shirley Bassey, Olivia Newton-John, Stacey Kent e Pat Metheny.


Integra a trilha sonora dos filmes Sete Vidas, estrelado por Will Smith, e Estrada Perdida, do diretor David Lynch.



Uma das canções mais famosas da dupla, "Insensatez" guarda similaridades em seus arranjos de piano com o Prelúdio N°4 em Mi Menor, Opus 28, de Chopin.

A canção foi gravada por vários artistas brasileiros: João Gilberto, Nara LeãoElis ReginaSylvia Telles, Maria Creuza, Roberto Carlos e, mais recentemente, por Fernanda Takai.

A versão em inglês, adaptada por Norman Gimbel como "How Insensitive", fez sucesso no exterior e foi regravada por artistas como Frank SinatraElla FitzgeraldPeggy LeeNancy WilsonMorgana KingStan GetzSinéad O'ConnorClaudine LongetWes MontgomeryAstrud GilbertoDiana Krall, e, mais recentemente por Iggy Pop.

A versão em inglês fez parte da trilha sonora dos filmes Sete Vidas, estrelado por Will Smith, e Estrada Perdida, do diretor norte-americano David Lynch.

A versão de Pat Metheny está disponível no DVD do espectáculo ao vivo em New Brunswick (New Jersey), quando da apresentação do álbum "Secret Story".


W Shatner Monkeys Dóris Day 

Goldfinger cantora 


 O Jornal O Globo tece rasgados elogios ao álbum de Tom Jobim com as canções Faz uma semana e Pensando em você, interpretadas por Ernani Filho, cantor, amigo de Ary Barroso e líder de sua orquestra que excursionava pela América Latina. Elogios também a Lyrio Panicalli, maestro responsável pela orquestração. Tom Jobim,  nessa época, era completamente desconhecido do grande público. A fama só viria em 1954, com Tereza da Praia e a Sinfonia do Rio, em parceria com Billy Blanco. Em 1956 Tom Jobim produziria as canções da peça teatral Orfeu da Conceição. Ernani Filho era o melhor amigo de Ary Barroso e seu intérprete favorito. Gravou várias canções de Tom Jobim como Foi a Noite, Só Saudade, Frase perdida, Sucedeu Assim, Luar e Batucada. Importante registrar o avanço tecnológico desse disco para a época, não se tratava mais do antigo 78 RPM. Em 1953 o Mauricy Moura gravou Incerteza do Antonio Carlos Jobim lançada antes de Faz uma semana. Mauricy Moura foi o cantor que gravou a primeira canção de Tom Jobim e Newton Mendonça, Incerteza. Mauricy  gravou mais de 15 discos pela Continental, Sinter, Chantecler, Odeon e Polydor. Essas canções foram relançadas em 1997 no CD Meus Primeiros Compassos. Silvio Caldas era seu padrinho. Faz uns semana Tom Jobim e Juca Stockler 

 Juca Chaves faleceu aos 84 anos. Cantor, compositor e humorista. Foi da Bossa Nova. Fazia humor com um banquinho, violão, piadas e músicas divertidas. Vinícius de Moraes o chamou de Menestrel Maldito por ser crítico e mal visto pelo regime. Saiu do país e viveu no exílio. Queria que a Bossa Nova fosse crítica do Governo e fizesse crítica social. Nessa época surgiu a música de Sérgio Ricardo, Carlinhos Lyra, Edu Lobo, Nara Leão e Chico Buarque de conteúdo social e político. Criticava todos os governos, Sarney Collor, Dilma. Nasceu no Rio, viveu em SP e na Bahia, no "Principado de Itapoã". Gravou um LP com Billy Blanco com trechos da Sinfonia do Rio.


Tom Jobim, segundo Arnaldo Jabor, é a ponte entre a natureza e os homens. Ele interpreta a língua dos bichos e das árvores. Ele busca a harmonia do homem com a natureza. Assim como ele trouxe Villa-Lobos, Debussy, Caymmi, Ary Barroso e Pixinguinha e os reinterpretou em sua época. Tom Jobim não é delimitável. Seus pensamentos, sua conversa, sua obra, seu talento são infinitos. Não tem começo e nem fim. Não cessa nunca, como as águas do mar que batem nas pedras do Arpoador ou do fim do Leblon, sem parar. A morte de Tom Jobim é o desaparecimento da Amazonia ou da Mata Atlântica.


Tom Jobim não fez uma obra alienada em termos sociais e políticos, muito pelo contrário. Sua obra, tendo como referência a metáfora de Orfeu da Conceição, trata das mazelas sociais brasileiras, chama a consciência para a problemática ecológica. Fala de um mundo futuro diferente e melhor, a tensão da luta contra a infelicidade.


A Bossa Nova e o nascimento da MPB 


 Tito Madi, cantor e compositor, filho de imigrantes libaneses, nasceu no interior de São Paulo, ouvia cantores famosos como Orlando Silva, Francisco Alves, Gregório Barrios, Silvio Caldas, e Carnem Miranda. Começou no rádio.


Teve canções gravadas por Wilson Simonal na EMI Odeon e Roberto Carlos.   


Gravou vários sucessos de Tom Jobim, como  Lígia, Foi a noite, Por causa de você, Se todos fossem iguais a você. 


Recebeu vários prêmios e condecorações, inclusive do Presidente Juscelino Kubitschek. 


Trabalhou com o pianista Ribamar, Radames Gnatalli na Columbia e Lyrio Panicalli na CBS, e também com Eumir Deodato, e Nana Caymmi, foi da RCA. Gravou com Doris Monteiro, Mariza Gata Mansa e Maysa.


Morreu aos 89 anos em 2018.

 Tom Jobim e Sérgio Mendes.

O Sambalanço foi uma corrente que se desenvolveu em paralelo com a Bossa Nova, nos anos 50 e 60. Se no âmbito da Bossa Nova, no debate entre Menescal, Carlos Lyra, Durval Ferreira, Johnny Alf, Baden Powell e João Gilberto, prevaleceu a proposta de João Gilberto, o ritmo do tamborim, o minimalismo, no Sambalanço, herdeiro do samba-exaltação, jazz e ritmos latinos, predominou um ritmo mais quente, exuberante e dançante. Seus representantes foram Miltinho, Orlandivo, Ed Lincoln, João Roberto Kelly, Aracy de Almeida, Elza Soares, Waldir Calmon, Sérgio Mendes, Djalma Ferreira, Silvio Cesar, Tenório Jr, Célia Reis, Celso Murilo, Helton Menezes, Luiz Antônio, Lana Bittencourt e Wilson Simonal. Claudette Soares, Eliana Pittman e Doris Monteiro continuam na linha do Sambalanço. É muito interessante ouvir as canções de Tom Jobim no Sambalanço. Tito Madi e Feitosa também gravaram Sambalanço.


A dialética da Bossa Nova, alegria e melancolia, sofisticação e popular, sem elitismo social, vida com prazer e sem projeto de poder, promessa de felicidade, samba e não samba, parte do samba e volta ao samba. Samba estilizado, minimalismo, abertura de espaço, samba cantado, redução dos ritmos.


Erudito e popular

Tradição e modernidade o novo

Nacional e internacional 


A Bossa Nova, de modo algum, retirou a emoção da canção. A Bossa Nova não esfriou a sensibilidade. Cantar em tom intimista e cantar com grande voz para multidões pode ter o mesmo impacto psico-afetivo. Várias cantoras fizeram gravações e apresentações com a emoção a flor da pele. Podemos citar: Maysa, Dolores Duran, Isaurinha Garcia, Leny Andrade, Nana Caymmi, Elis Regina, e tantas lindas vozes femininas e masculinas. A emoção tem várias formas de se manifestar. Existe a emoção em tom passional e a emoção da música cantada ao ouvido que chega ao coração como João Gilberto, Tito Madi e Chico Buarque. Essa riqueza é a grande contribuição da Bossa Nova. A Bossa Nova é pura emoção, lirismo e sensibilidade !! Romântica ao extremo. Delicadeza máxima.

 Maestro Lyrio Panicali (1906-1984)  e orquestra. Ele  trabalhou com Lamartine Babo, Cauby Peixoto, Ernani Filho, Taiguara, Chico Feitosa, Tito Madi, Elton Medeiros, Agnaldo Timóteo, Johnny Alf, Jararaca e Ratinho, Francisco Alves, Clara Nunes, Elza Soares, Wilson das Neves, Humberto Teixeira, Lucio Alves, Sérgio Murilo, Maria Bethânia. Fez arranjos para diversas orquestras. Panicali era compositor também. 

Produziu LPs com o reportório da sua orquestra. Custódio Mesquita, Noel Rosa, Dorival Caymmi, Menescal, M Valle, Tom Jobim, Edu Lobo, Vinicius, Chico Buarque, Newton Mendonça, Baden Powell, M Creuza, Simonal, Silvio César.  Encantamento do filme com Glória Swanson. Produziu trilha sonora de novelas.

Foi da Era de Ouro da Rádio Nacional 

O Sambalanço foi uma corrente que se desenvolveu em paralelo com a Bossa Nova, nos anos 50 e 60. Se no âmbito da Bossa Nova, no debate entre Menescal, Carlos Lyra, Durval Ferreira, Johnny Alf, Baden Powell e João Gilberto, prevaleceu a proposta de João Gilberto, o ritmo do tamborim, o minimalismo, no Sambalanço, herdeiro do samba-exaltação, jazz e ritmos latinos, predominou um ritmo mais quente, exuberante e dançante. Seus representantes foram Miltinho, Orlandivo, Ed Lincoln, João Roberto Kelly, Aracy de Almeida, Elza Soares, Waldir Calmon, Sérgio Mendes, Djalma Ferreira, Silvio Cesar, Tenório Jr, Célia Reis, Celso Murilo, Helton Menezes, Luiz Antônio, Lana Bittencourt e Wilson Simonal. Claudette Soares, Eliana Pittman e Doris Monteiro continuam na linha do Sambalanço. É muito interessante ouvir as canções de Tom Jobim no Sambalanço. Tito Madi e Feitosa também gravaram Sambalanço. A Bossa Nova foi o mais importante movimento da música brasileira no século XX, disse o Maestro Guerra Peixe. Uma vertente do Samba-canção.


A presença brasileira tornou-se estrutural e influenciou gerações. Antes, a presença internacional brasileira era temporária, mesmo brilhante com Ary Barroso, Caymmi ou Carmem Miranda. 


A Bossa Nova articulou o nacional com o internacional, o popular com o erudito e fez uma nova leitura da tradição. João Gilberto gravou todos os clássicos. Gravou Herivelto, Ary, Noel Rosa. Nara Leão gravou Cartola, N. Cavaquinho e Ze Kéti. Elis gravou Adoniran.


Todos os gigantes do jazz gravaram e aplaudiram Tom Jobim. Um erudito apaixonado pelo popular como Ernesto Nazareth e Villa Lobos.


Equívoca-se quem pensa que foi a Bossa Nova quem primeiro articulou a nossa música com a música americana. Custódio Mesquita e Pixinguinha gravaram fox nos anos 40. O primeiro show de jazz no Brasil ocorreu em 38 no Fluminense Football Clube com Fats Elpidio e depois Severino Araújo também adotou o jazz na Tabajara. 


Tom Jobim foi um gênio que construiu catedrais de beleza musical. Nunca alguém fez tanto pelo Brasil como ele. Sua formação incluia : Villa Lobos, Debussy, Ravel, Gershwin, Ary Barroso, Pixinguinha e Caymmi.


O jazz veio beber nas fontes da Bossa Nova para se renovar : Quincy Jones , Stan Getz, Tony Bennet, C Byrd. 


Ella Fitzgerald, Sinatra e Stan Getz declararam ser Tom Jobim um dos maiores do mundo.


Olha o nível da excelência !  Sarah Vaughan, Oscar Peterson, Henry Mancini, Ogerman, Nelson Riddle, Dizzy Gilespie, Miles Davis, Countie Basie, Oscar Peterson, D. Warwick 


Tom Jobim fez a Sinfonia do Rio e de Brasília. Venceu o Grammy com Garota de Ipanema e os intérpretes de suas canções também ganharam inúmeros prêmios.


O Ary Barroso reconheceu o talento de Tom logo no início e Villa Lobos também. 


O cantor que viria a ser o lider da orquestra de Ary Barroso, Ernani Filho, foi muito elogiado pelo Globo em 53 com as canções de Tom Jobim Faz uma semana e Pensando em você.


Tom Jobim não fez uma obra alienada em termos sociais e políticos, muito pelo contrário. Sua obra, tendo como referência a metáfora de Orfeu da Conceição, trata das mazelas sociais brasileiras, chama a consciência para a problemática ecológica. Fala de um mundo futuro diferente e melhor, a tensão da luta contra a infelicidade.


Tributo a Tom Jobim 

Grandes nomes 

Dick Farney e Lucio Alves 

Maria Creuza 

Wanda Sá 

Manolo Otero 

Elza Laranjeira

Agostinho dos Santos 

Tito Madi e Ligia.  

Belas interpretações 



O Samba de Uma Nota Só expressa o caráter minimalista proposto pela Bossa Nova. A capacidade de criar o belo a partir do mínimo. Tirar o máximo do mínimo. A letra dizendo o que ocorre na sequência melódica. Há uma convergência de propostas entre o smooth ou o cool jazz e a Bossa Nova. 

Desafinado é uma resposta aos críticos da Bossa Nova que diziam que o caráter sincopado e os acordes dissonantes em melodias sinuosas levavam os cantores a desafinar. A verdade é que nunca vimos Tito Madi, Sinatra, Ernani Filho, Nara Leão, Sylvia Telles, Astrud, Agostinho dos Santos, Maysa, Dick Farney, Cyro Monteiro, João Gilberto, Elis Regina e tantos grandes músicos apresentarem qualquer tipo de desafinação. Existe também um caráter metafórico nesse eu-lírico desafinado que se refere ao amor. Essa era a intenção de Tom Jobim e Newton Mendonça. A morte de Newton foi absolutamente chocante e traumatizante diz Helena Jobim, ele esteve com Tom e Helena no dia anterior. Newton não viu o sucesso das canções nos EUA com Stan Getz e C Byrd.


 Jorge Vercillo e Oscar Castro Neves em Canelas

Dindi. 


Após o show do Carnegie Hall Castro Neves fez uma turnê com Stan Getz e Sérgio Mendes. Trabalhou com Billy Eckstine, Yo-Yo Ma, Michael Jackson, Barbra Streisand, Stevie Wonder, João Gilberto, Eliane Elias, Lee Ritenour, Airto Moreira, Toots Thielemans, John Klemmer e Diane Schuur. Participou do conjunto musical de Paul Winter. Por sete anos, Oscar dirigiu um programa de músicas brasileiras no Hollywood Bowl. 


Leporace

H Apert 

Sérgio Mendes 


domingo, 26 de março de 2023

 H. J. Koellreutter, Leo Peracchi e Radamés Gnatalli contribuiram para que Tom Jobim não ficasse preso à clivagem erudito popular. Tomás Teran apresentou Tom Jobim a Radames Gnatalli. Villa-Lobos também incluía o choro e a poesia popular na sua produção erudita. Leo Peracchi apresentou Jobim a Heitor Villa-Lobos. Bene Nunes que era colega de Tom Jobim na noite, o aconselhou a estudar orquestração. Em Tom Jobim a fronteira popular erudito se apaga. Tom Jobim trabalhou com Alceo Bocchino, Lyrio Panicalli, Guerra Peixe, Nelson Riddle e Claus Ogerman, grandes nomes. No campo erudito a formação de Tom Jobim vem de Villa Lobos, Debussy, Ravel, e Chopin.  Quem removeu a timidez de Tom Jobim foram Aloysio de Oliveira, Leo Peracchi e Elis Regina. Lúcio Alves e Dick Farney deram as diretrizes sobre as tendências da música nos EUA.

 Homenagem à cantora e atriz Selma Reis que faleceu em 2015, aos 55 anos, no Rio de Janeiro. Ele atuou em novelas e séries famosas da Globo, Caminho das Índias, Presença de Anita, Chiquinha Gonzaga e Páginas da Vida. ...


Jorge Vercillo e Oscar Castro Neves em Canelas

Dindi

 Juca Chaves faleceu aos 84 anos. Cantor, compositor e humorista. Foi da Bossa Nova. Fazia humor com um banquinho, violão, piadas e músicas divertidas. Vinícius de Moraes o chamou de Menestrel Maldito por ser crítico e mal visto pelo regime. Saiu do país e viveu no exílio. Queria que a Bossa Nova fosse crítica do Governo e fizesse crítica social. Nessa época surgiu a música de Sérgio Ricardo, Carlinhos Lyra, Edu Lobo, Nara Leão e Chico Buarque de conteúdo social e político. Criticava todos os governos, Sarney Collor, Dilma. Nasceu no Rio, viveu em SP e na Bahia, no "Principado de Itapoã". Gravou um LP com Billy Blanco com trechos da Sinfonia do Rio.

Tom Jobim, segundo Arnaldo Jabor, é a ponte entre a natureza e os homens. Ele interpreta a língua dos bichos e das árvores. Ele busca a harmonia do homem com a natureza. Assim como ele trouxe Villa-Lobos, Debussy, Caymmi, Ary Barroso e Pixinguinha e os reinterpretou em sua época. Tom Jobim não é delimitável. Seus pensamentos, sua conversa, sua obra, seu talento são infinitos. Não tem começo e nem fim. Não cessa nunca, como as águas do mar que batem nas pedras do Arpoador ou do fim do Leblon, sem parar. A morte de Tom Jobim é o desaparecimento da Amazonia ou da Mata Atlântica.

Luis Henrique Rosa, cantor da Bossa Nova de Florianópolis, Santa Catarina. Ele gravou canções de Tom Jobim em 1967. Amigo de Lisa Minelli, recepcionou a atriz americana em 79 no Brasil e em NY esteve com ela. Atuou no Beco das Garrafas.


Em 

1965, no auge da Bossa Nova no Brasil, Luiz Henrique partiu para os Estados Unidos. Em Nova York, conviveu com grandes músicos norte-americanos, como Stan Getz, Oscar Brown Jr., Billy Butterfield, Bobby Hacket e Liza Minnelli, e com muitos brasileiros, como Sivuca, Hermeto Pascoal, Walter Wanderley, João Gilberto e Airto Moreira. Morreu jovem num acidente de carro. 



Tributo a Tom Jobim.

Wanda Sá com duas personalidades históricas da Bossa Nova, Luis Carlos Vinhas e Tião Neto. 



Tom Jobim e Dolores Duran Por Causa de Você, 1957. Interpretação de Leny Eversong, acompanhamento de Paulinho ao piano. Leny Eversong atuou no Copacabana Palace, Cassino da Urca, Las Vegas e no Olympia em Paris. Nos EUA participou de um programa com Elvis Presley.


Tom Jobim e Dolores Duran Por Causa de Você, 1957. Interpretação de Leny Eversong, acompanhamento de Paulinho ao piano. Leny atuou na Rádio, no Copacabana Palace, no Cassino da Urca, em Las Vegas e no Olympia de Paris, nos EUA cantou com Elvis Presley 



Silvio Cesar declarou que comemora todos os anos o aniversário de Tom Jobim, este ano, os seus 96 anos, porque ele está muito vivo. Tom Jobim não morre. Ele está sempre presente.

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 Tom Jobim gostava das reuniões da família ao sábado. Eles se reuniam para cantar canções de Pixinguinha, Bororó, Custódio Mesquita, Noel Rosa, Lupicínio Rodrigues, Ary Barroso, Dorival Caymmi, Ataulfo Alves e outros grandes nomes.


Tom Jobim teve aulas com Hans Joachim Koellreutter  que fugira do nazismo e com a professora Lúcia Branco. Ela introduziu Tom Jobim nos clássicos, Bach, Beethoven, Chopin, Ravel, Debussy e Villa-Lobos.


A família era grande e morava num casarão. No andar de cima, a tia Yolanda com o marido João e os primos. No andar de baixo, Nilza, Celso Frota Pessoa, Tom Jobim, Helena e o avô Azor. Mimi havia falecido em 1931. Azor, seu avô materno, era apaixonado por livros. 


Jorge Jobim, seu pai, era um homem culto, elegante, diplomata, poeta e escritor. 


Tom Jobim e Newton Mendonça se conheceram em Ipanema, ainda meninos.


Ary Barroso disse que dificilmente as pessoas falariam Antônio Carlos Jobim, podendo falar Tom Jobim.


Jorge Jobim dizia em um poema que neste mundo horrível de fel, somente Antônio Carlos e Helena Jobim o levavam para o céu.


Tom Jobim e a Nova Banda 


O ano de 1962 foi um ano da máxima importância para a Bossa Nova. O show no Au Bon Gourmet com Tom Jobim, Vinícius de Moraes, João Gilberto, e os Cariocas, no Rio de Janeiro, e o show no Carnegie Hall em NY.


Lançamento das canções Garota Ipanema e do Samba do Avião.


Stan Getz, Byrd, Tony Bennet já divulgava a Bossa Nova antes do show nos EUA. Dois anos antes 


O Samba do Avião foi uma música composta para um filme franco-italiano, Copacabana Palace, no qual atrizes estrangeiras famosas vinham ao Brasil conhecer o vencedor da Palma de Ouro de Cannes com o filme Orfeu Negro, Tom Jobim. Três aeromoças e uma princesa.


No show do Carnegie estiveram presentes 

Antonio Carlos Jobim, João Gilberto, Luiz Bonfá, Oscar Castro Neves, Sérgio Mendes, Roberto Menescal, Carlos Lyra, Chico Feitosa, Milton Banana, Sérgio Ricardo, Normando Santos, Dom Um Romão, Agostinho dos Santos e outros grandes nomes.


Na plateia 3 mil pessoas, grandes nomes do Jazz: Tony Bennett, Dizzy Gillespie, Miles Davis, Gerry Mulligan, Cannonball Adderley, Herbie Mann, o The Modern Jazz Quartet. Alguns recepcionam os brasileiros no aeroporto.


Viajaram pela America do Sul. Antes do show em NY houve uma apresentação na Concha Acústica da PUC.


A mais importante influência de toda a história do Jazz.


Mário Reis, Alf, Julie London, Dick Farney, Sylvia Telles e Lúcio Alves já cantavam como modernos


Vinícius de Moraes, Tom Jobim e João Gilberto 

A mais importante influência de toda a história do Jazz. 


 A Bossa Nova nasceu de um desejo de modernidade um desejo de renovação da nossa música


Os velhos sambas-canções, valsas, boleros e serestas com uma forma antiga de cantar e tocar e com letras tristes e trágicas já não mais encontravam receptividade nas novas gerações.


Versos sobre tristeza, solidão, alcoolismo, ausência de amor sincero e etc.


Nos EUA havia uma nova onda do jazz o Cool Jazz Sinatra e Bing Crosby adotavam uma forma mais intimista de cantar.


Dick Farney viveu e trabalhou nos EUA e trouxe essas orientações e com Lúcio Alves influenciou os jovens músicos como Tom Jobim, Newton Mendonça, Johnny Alf, João Gilberto, Milton Banana e Billy Blanco.


Mário Reis, Alf, Sylvia Telles, Dick Farney e Lúcio Alves já cantavam como modernos.


A Bossa Nova nasceu de uma vertente do samba canção, Noel Rosa, um samba quase falado. Acordes dissonantes já eram feitos por Vadico e Garoto. Havia o samba sincopado o samba de salão.


Paralelamente ao movimento da Bossa Nova se desenvolveu o sambalanço que era influenciado pelo samba exaltação, jazz e ritmos caribenhos. Um estilo dançante e alegre.


No debate entre as propostas rítmicas para a Bossa Nova de Roberto Menescal, Carlos Lyra, Baden Powell, João Gilberto, Durval Ferreira e John Alf, prevaleceu a de João Gilberto inspirada na batida do tamborim. 


João Gilberto trouxe um novo tempo para o canto. Retirou a orquestra. Adotou o minimalismo vocal e instrumental. 


Tom Jobim introduziu a erudição de Debussy, Chopin, Villa Lobos combinado com as influências populares vindas de Pixinguinha, Ary Barroso, Dorival Caymmi, Noel Rosa, Custódio Mesquita e de Gershwin e Porter.


A produção de Jobim e diversificada. Choro, valsa, seresta, moda, samba...


João Gilberto deu uma nova vestimenta a tradição, gravou todos os clássicos da Velha Guarda, promoveu uma nova leitura da tradição.


A Bossa Nova não foi um movimento que passou, não foi um gênero que ficou de lado, a Bossa Nova é a própria origem da música brasileira moderna


Era uma época de muita confiança e otimismo, havia o Cinema Novo, a arquitetura de Niemeyer, JK, o presidente Bossa Nova, Brasilia, integração do Brasil, desenvolvimento, superação do atraso, 50 anos em 5. Um país inserido no mundo moderno.


A Bossa Nova ampliou os horizontes da nossa música, uniu a tradição ao moderno, projetou a música brasileira no mundo de modo sem precedentes. Uma presença estrutural formando gerações.



Formação de Tom Jobim

 H. J. Koellreutter, Leo Peracchi e Radamés Gnatalli contribuiram para que Tom Jobim não ficasse preso à clivagem erudito popular. Tomás Teran apresentou Tom Jobim a Radames Gnatalli. Villa-Lobos também incluía o choro e a poesia popular na sua produção erudita. Leo Peracchi apresentou Jobim a Heitor Villa-Lobos. Bene Nunes que era colega de Tom Jobim na noite, o aconselhou a estudar orquestração. Em Tom Jobim a fronteira popular erudito se apaga. Tom Jobim trabalhou com Alceo Bocchino, Lyrio Panicalli, Guerra Peixe, Nelson Riddle e Claus Ogerman, grandes nomes. No campo erudito a formação de Tom Jobim vem de Villa Lobos, Debussy, Ravel, e Chopin.  Quem removeu a timidez de Tom Jobim foram Aloysio de Oliveira, Leo Peracchi e Elis Regina. Lúcio Alves e Dick Farney deram as diretrizes sobre as tendências da música nos EUA.  


Tom Jobim dizia que na sua formação musical, no campo erudito, o impressionismo musical teve enorme peso, Debussy e Ravel, ou seja, incorporar na música os sons do mundo, da vida, da natureza, como os pássaros, as águas, com Heitor Villa-Lobos ele incorporou os sons do Brasil. Bach e o choro.  No campo popular, Dorival Caymmi, Ary Barroso, e Pixinguinha. Caymmi e as canções da terra, praieiras, e o samba-canção, com Ary Barroso o samba exaltação e as grandezas do Brasil, e também a música romântica, e, com Pixinguinha, a mágica do choro, a sedução de Carinhoso. Uma  síntese perfeita do Brasil. Tom Jobim também admirava Noel Rosa e Custódio Mesquita. Como George Gerswhin,Tom Jobim combinou o erudito e o popular. Maurice Ravel disse para Gerswhin não querer ser um Segundo Ravel, mas, sim, o Primeiro Gerswhin. No piano de Tom Jobim, o busto de Frederic Chopin. 



Hans-Joachim Koellreutter foi seu primeiro professor de música, Tom tinha apenas 13 anos. O músico erudito alemão foi contratado pela mãe de Tom Jobim para dar aulas de piano para Helena Jobim e outras crianças do Colégio Brasileiro de Almeida, quando Tom teve seu interesse despertado para a música. Koeullreutter foi amigo  de Heitor Villa-Lobos,  e professor de grandes músicos como Claudio Santoro, Camargo Guarnieri, Guerra Peixe, Eunice Katunda, Diogo Pacheco, Júlio Medaglia, Isaac Karabtchevsky e Edino Krieger. Ele fundou o grupo Musica Viva em 1939, sua filosofia era a do homem integral e a abertura de horizontes da música, sua técnica além das tradicionais europeias,  incorporava diversas influências musicais, incluindo a música japonesa e a indiana, microtonal, e a  tecnologia eletrônica. Ele dizia que o bom mestre sempre deve aprender com os alunos e seus interesses. Hermann Scherchen  acolheu Koeullreutter em Genebra e o introduziu ao atonalismo e  à técnica dodecafônica. O maestro  Koellreutter faleceu em 2005. O mestre alemão formou gerações de músicos brasileiros. 

Tom Jobim e Koellreutter. 

Contratado para ensinar piano para Helena Jobim, o maestro alemão acabou por, não apenas ensinar piano a Tom Jobim, como também por expor sua teoria ďa música e abrir seus horizontes sobre o alcance da música.
Tom Jobim dizia que era difícil fazer meninos estudar piano segundo a mentalidade da época. Menino gostava de jogar futebol e subir morro. 
O mestre alemão formou muita gente de excelência, no âmbito da música como 
Guerra Peixe e Santoro. 
Helena não tinha muita paciência e Tom Jobim foi atraído para o piano e a música por Koellreuter. 
A mãe de Tom gostou da escolha de Tom e queria que ele formasse uma personalidade musical. 
Tom Jobim disse a ele que o seu legado marcou sua vida. Foi um luxo ter Koelreutter como mestre dizia Tom.
EJ
Tom Jobim e a Nova BandaNa formação erudita de Tom Jobim, os nomes e correntes mais importantes são Heitor Villa Lobos,  o impressionismo musical de Debussy e Ravel, seu primeiro mestre Hans-Joachim Koellreutter, e Radamés Gnatalli, na esfera da música popular, Ary Barroso, Dorival Caymmi e Pixinguinha .Villa Lobos e a fusão do erudito e do popular, como fazia Ernesto Nazareth.   Hans-Joachim Koellreutter foi seu primeiro professor de música, Tom tinha apenas 13 anos. O músico erudito alemão foi contratado pela mãe de Tom Jobim para dar aulas de piano para Helena Jobim e outras crianças do Colégio Brasileiro de Almeida, quando Tom teve seu interesse despertado para a música. Koeullreutter foi amigo de Heitor Villa-Lobos,  e professor de grandes músicos como Claudio Santoro, Camargo Guarnieri, Guerra Peixe, Eunice Katunda, Diogo Pacheco, Júlio Medaglia, Isaac Karabtchevsky e Edino Krieger. Ele fundou o grupo Musica Viva em 1939, sua filosofia era a do homem integral e a abertura de horizontes da música, sua técnica além das tradicionais europeias,  incorporava diversas influências musicais, incluindo a música japonesa e a indiana, microtonal, e a  tecnologia eletrônica. Ele dizia que o bom mestre sempre deve aprender com os alunos e seus interesses. Hermann Scherchen  acolheu Koeullreutter em Genebra e o introduziu ao atonalismo e  à técnica dodecafônica. O maestro  Koellreutter faleceu em 2005. O mestre alemão formou gerações de músicos brasileiros.
 
O músico Tom Zé que foi aluno de Koellreutter cita "Retrato em Branco e Preto", de Tom e Chico Buarque, como a sua favorita: "É o retrato mais colorido que se pode fazer com o cimento e o aço da música, que são os semitons, as modulações e uma arte toda". Segundo Tom Zé, "nós temos muitos grandes artistas, muitos grandes compositores, mas temos também as estacas em que o céu se segura: Noel, Villa-Lobos, Tom Jobim e "Atrás do Trio Elétrico". Depoimento para a Folha de São Paulo.
 



O Quarteto Em Cy e o MPB 4 interpretando a canção vencedora do Festival Internacional da Canção de 1968, Tom Jobim e Chico Buarque de Holanda, Sabiá 


Ernani Filho, Leny Andrade, Cris Delanno, Fátima Guedes, Claudette Soares e outros grandes nomes gravaram Só Saudade de Tom Jobim e Newton Mendonça. O Tom da Takai.


Belíssima interpretação de Maria Lúcia Godoy, Bidu Sayão declarou que ela era sua herdeira, uma das maiores cantoras líricas do Brasil, divulgadora da obra de Heitor Villa-Lobos no mundo, também inclui compositores populares no seu repertório. Ela veio do Madrigal Renascentista. Foi esposa do maestro Isaac Karabchevsky que dirigiu o Madrigal desde os anos 50. Sabiá de Tom Jobim e Chico Buarque de Holanda.

A soprano Maria Lúcia Godoy está com 99 anos. Albertinho Fortuna foi um grande cantor luso-brasileiro, nasceu em Vila Nova de Gaia, imigrou com a família para o Brasil, viveu em Niterói, atuou com sua patrícia Carnem Miranda, que também era portuguesa de Marco de Canaveses. Albertinho atuou na Rádio Mayrink Veiga, cantou ao lado de Paulo Tapajós e músicas de Ataulfo Alves e tangos. Faleceu em 1995 aos 73 anos. Albertinho Fortuna trabalhou com Alexandre Gnatalli, irmão mais novo do maestro Radames Gnatalli.

Grandes cantores gravaram Tom Jobim

 Os cantores que gravaram canções de Tom Jobim e Vinícius de Moraes nos anos 50 e 60.

Cyro Monteiro 

Cauby Peixoto

C Galhardo

Silvio Caldas 

F Alves

O Silva 

Sabino, Joyce, Possi, José, Fortuna 

Songs 

Se todos fossem iguais a você


Estrada do Sol


Este seu olhar


Dolores Duran

Silvinha Telles 

Ana Lucia 

Angela Maria

Elizeth Cardoso

Agnaldo Rayol 

Maysa

Almir Ribeiro

Argindo Amaral

Agostinho dos Santos

Norma Suely

Roberto Paiva

Roberto Luna

Yula de Palma

Tito Madi

Lúcio Alves

Bene Nunes

Lana Bittencourt

Maria Helena Raposo 

W Calmon

Osny Silva 

Dorinha Freitas 

Carlos Galhardo

Orlando Silva

Silvio Caldas

Cauby Peixoto 

Ernani Filho

Pery Ribeiro

Gregório Barrios

Dick Farney 

Rosa Toledo

Lana Bittencourt

Claudette Soares

Carminha Mascarenhas

Leny Andrade

Carnem Costa

Ellen de Lima

Helena de Lima

Alaide Costa

Elza Laranjeira

Elza Soares

Eliana Pittman

Nara Leão

Luciene Franco

Vera Lucia 

Rosinha de Valença

Nelly Martins

Luely Figueiro

Ademilde

Núbia Lafayette 

Sinfonia do Rio


Tom Jobim e Billy Blanco, 1954


Intérpretes: Nora Ney/Lúcio Alves/Os Cariocas/Gilberto Milfont/Emilinha Borba/Dick Farney/Dóris Monteiro/Jorge Goulart/Elizeth Cardoso.



Stacey Kent

Elise

Cassandra Wilson

Rita Reys

Basia

Carol

Joyce

Bassey

Andrea Motis

Blossom Dearie

Carmem McRae

Anita O Day

Julie London

Koorax

Nancy Wilson

Henderson

Gal Costa

Spalding

Buddy Rich

Sabino

Possi

Maysa

Laura Pausini

Doris Day

Doris Monteiro

Olivia Newton-John

Areias

Rosa Passos

Wanda Sá

Roberta Sá 

Creuza

Duboc

Nani

McPartland 

Jones 

Winne House 


Grandes cantores gravaram Tom Jobim

Carlos Augusto, Delora Bueno, Diana Montez, Dora Lopes, Dorinha Freitas, Ernani Filho, Jandira Gonçalves, José Orlando, Nelly Martins, Neusa Maria, Norma Suely, Sônia Dutra, Vera Lúcia, Vanja Orico. Sílvio Caldas ou Orlando Silva;  Aracy de Almeida ou Elizeth Cardoso.

Agostinho dos Santos, Angela Maria, Cauby Peixoto, Carlos José, Marlene, Carmelia Alves e Dick Farney, Albertinho Fortuna, Ana Lúcia e Marisa Gata Mansa.  Se Todos Fossem Iguais a Você, por Vicente Celestino, em 1959


Alberto Fortuna

Alguns cantores famosos do passado que gravaram canções de Tom Jobim com Vinícius de Moraes, Newton Mendonça, Dolores Duran, Aloysio de Oliveira, Marino Pinto, Billy Blanco, e Paulinho Soledade.


Mauricy Moura 1953, Ernani Filho 1953, Sylvia Telles 1956, Elizeth Cardoso 1958, Roberto Paiva 1956, Agostinho dos Santos 1959, Maysa 1959, Nara Leão 1964, Astrud Gilberto 1965, Pery Ribeiro 1963, João Gilberto,1964, os primeiros a gravar canções de Tom Jobim.


Grandes cantores gravaram Tom Jobim

Carlos Augusto, Delora Bueno, Diana Montez, Dora Lopes, Dorinha Freitas, Ernani Filho, Jandira Gonçalves, José Orlando, Nelly Martins, Neusa Maria, Norma Suely, Sônia Dutra, Vera Lúcia, Vanja Orico. Sílvio Caldas ou Orlando Silva

Elizeth Cardoso.

Agostinho dos Santos, Angela Maria, Cauby Peixoto, Carlos José, Marlene, Dick Farney, Albertinho Fortuna, Ana Lúcia e Marisa Gata Mansa.  Se Todos Fossem Iguais a Você, por Vicente Celestino, em 1959


As damas do Sambalanço e Bossa Nova eram

Leny Andrade, Áurea Martins, Alaide Costa, Elza Soares,

Pittman, Doris Monteiro, Claudette Soares, Lana Bittencourt, Neyde Fraga, Sambalanço


Masha Campagne 

Dorinha Freitas 

Simonetti 


Duetos luso-brasileiros

Tom Jobim fez várias apresentações em Portugal.

As afinidades entre a música brasileira e a portuguesa.

A família Jobim é originária do Porto.


Vinícius de Moraes gravou com Amália Rodrigues.

Tom Jobim e a leitura fadista de sua música.


Eugênia Melo Castro e Tom Jobim

Carminho e Tom Jobim

Mariza e Jaques Morelenbaum

Vinícius de Moraes e Amalia Rodrigues

Dorival Caymmi e Amalia Rodrigues 

Ivan Lins e Carlos do Carmo

Roberto Carlos e Dulce Pontes 

João Gilberto também se apresentou em Portugal

Francisco José cantor português, gravou Tom Jobim

E muitas outras parcerias 

J Goulart 

Zambujo

Raposo

Alberto Fortuna

Francisco José 

Veloso

Tony 

O ano de 1962

 O ano de 1962 foi um ano da máxima importância para a Bossa Nova. O show no Au Bon Gourmet com Tom Jobim, Vinícius de Moraes, João Gilberto, e os Cariocas, no Rio de Janeiro, e o show no Carnegie Hall em NY.


Lançamento das canções Garota Ipanema e do Samba do Avião.


Stan Getz, Byrd, Tony Bennet já divulgava a Bossa Nova antes do show nos EUA. Dois anos antes 


O Samba do Avião foi uma música composta para um filme franco-italiano, Copacabana Palace, no qual atrizes estrangeiras famosas vinham ao Brasil conhecer o vencedor da Palma de Ouro de Cannes com o filme Orfeu Negro, Tom Jobim. Três aeromoças e uma princesa.


No show do Carnegie estiveram presentes 

Antonio Carlos Jobim, João Gilberto, Luiz Bonfá, Oscar Castro Neves, Sérgio Mendes, Roberto Menescal, Carlos Lyra, Chico Feitosa, Milton Banana, Sérgio Ricardo, Normando Santos, Dom Um Romão, Agostinho dos Santos e outros grandes nomes.


Na plateia 3 mil pessoas, grandes nomes do Jazz: Tony Bennett, Dizzy Gillespie, Miles Davis, Gerry Mulligan, Cannonball Adderley, Herbie Mann, o The Modern Jazz Quartet. Alguns recepcionam os brasileiros no aeroporto.


Viajaram pela America do Sul. Antes do show em NY houve uma apresentação na Concha Acústica da PUC.


A mais importante influência de toda a história do Jazz.


Mário Reis, Alf, Julie London, Dick Farney, Sylvia Telles e Lúcio Alves já cantavam como modernos