domingo, 26 de março de 2023

Bossa Nova contexto

 A Bossa Nova nasceu de um desejo de modernidade um desejo de renovação da nossa música

Os velhos sambas-canções, valsas, boleros e serestas com uma forma antiga de cantar e tocar e com letras tristes e trágicas já não mais encontravam receptividade nas novas gerações.

Versos sobre tristeza, solidão, alcoolismo, ausência de amor sincero e etc.

Nos EUA havia uma nova onda do jazz o Cool Jazz Sinatra e Bing Crosby adotavam uma forma mais intimista de cantar.

Dick Farney viveu e trabalhou nos EUA e trouxe essas orientações e com Lúcio Alves influenciou os jovens músicos como Tom Jobim, Newton Mendonça, Johnny Alf, João Gilberto, Milton Banana e Billy Blanco. Mário Reis, Alf, Sylvia Telles, Dick Farney e Lúcio Alves já cantavam como modernos.

A Bossa Nova nasceu de uma vertente do samba canção, Noel Rosa, um samba quase falado. Acordes dissonantes já eram feitos por Vadico e Garoto. Havia o samba sincopado o samba de salão.

Paralelamente ao movimento da Bossa Nova se desenvolveu o sambalanço que era influenciado pelo samba exaltação, jazz e ritmos caribenhos. Um estilo dançante e alegre.

No debate entre as propostas rítmicas para a Bossa Nova de Roberto Menescal, Carlos Lyra, Baden Powell, João Gilberto, Durval Ferreira e John Alf, prevaleceu a de João Gilberto inspirada na batida do tamborim. 

João Gilberto trouxe um novo tempo para o canto. Retirou a orquestra. Adotou o minimalismo vocal e instrumental. 

Tom Jobim introduziu a erudição de Debussy, Chopin, Villa Lobos combinado com as influências populares vindas de Pixinguinha, Ary Barroso, Dorival Caymmi, Noel Rosa, Custódio Mesquita e de Gershwin e Porter.

A produção de Jobim e diversificada. Choro, valsa, seresta, moda, samba...

João Gilberto deu uma nova vestimenta a tradição, gravou todos os clássicos da Velha Guarda, promoveu uma nova leitura da tradição.

A Bossa Nova não foi um movimento que passou, não foi um gênero que ficou de lado, a Bossa Nova é a própria origem da música brasileira moderna

Era uma época de muita confiança e otimismo, havia o Cinema Novo, a arquitetura de Niemeyer, JK, o presidente Bossa Nova, Brasilia, integração do Brasil, desenvolvimento, superação do atraso, 50 anos em 5. Um país inserido no mundo moderno.

A Bossa Nova ampliou os horizontes da nossa música, uniu a tradição ao moderno, projetou a música brasileira no mundo de modo sem precedentes. Uma presença estrutural formando gerações.

Não foi a Bossa Nova que iniciou um processo de conexão da música brasileira com a música norte-americana. Não foram Johnny Alf, João Gilberto, Stan Getz, C. Baker ou Stan Kenton que conectaram a nossa música ao jazz.


Essa relação é bem mais antiga. É preciso conhecer a história para não repetir esses erros. 


No fim dos anos 20, já havia criticos no jornalismo brasileiro dizendo que o choro estava sendo influenciado pelo jazz.


Quem introduziu o jazz no Brasil foi o pianista e compositor pernambucano Fats Elpidio, em 1938, no Fluminense Futebol Clube. Depois o maestro Severino Araújo e sua orquestra Tabajara também executaram canções de jazz. 


Fats atuou no Copacabana Palace, na boate Vogue, no Hotel Meredien,  com Eliana Pittman e na orquestra do maestro Fonfon e Tabajara. Tocava choro, samba-canção, bolero, Bossa Nova, jazz, blues e frevo. 


Nos anos 40 Custódio Mesquita e Pixinguinha gravaram fox-canção. Joubert de Carvalho, Noel Rosa e Ary Barroso também gravaram fox.


Dick Farney atuou nos EUA nos anos 40, cantando em inglês nas rádios. Conheceu Sinatra e seu fã-clube era unido ao de Frank Sinatra.


Carmem Miranda viveu dez anos nos EUA e cantava música brasileira em filmes de Hollywood, ao lado de grandes nomes como Dean Martin. 


Dick Farney, Ary Barroso e Aloysio de Oliveira trabalharam no Grupo Disney, na área musical dos filmes da Disney. Foram amigos de Walt Disney.


Heitor Villa-Lobos fez trilha sonora para o cinema americano e a o grupo Disney.


Cauby Peixoto também cantou nos EUA com Nat King Cole e Bing Crosby. 


Nat King Cole gravou, cantando em português.


Bing Crosby gravou Copacabana e Aquarela do Brasil de Braguinha e Ary Barroso respectivamente.


O samba-canção nasceu no fim dos anos 20 e sofreu  influência do bolero nos anos 40. A Bossa Nova nasceu de uma vertente do samba-canção.


A Bossa Nova travou contato com o cool jazz e foi o momento supremo de convergência dos dois universos musicais, com Tom Jobim, João Gilberto, Johnny Alf, Astrud Gilberto e Stan Getz e tantos outros grandes nomes. 


Tom Jobim foi gravado por Sinatra e todos os gigantes da música nos EUA.


Foi a mais bem sucedida articulação da música nacional no mundo. Momento mais alto de excelência musical.


O Jazz nunca mais seria o mesmo depois da Bossa Nova, dizia Tom Jobim.


Aloysio Oliveira declarou que desde a chegada dos portugueses, a música brasileira nunca deixou de receber influências externas, a única música puramente nacional seria o canto tribal dos povos indígenas com uma flauta de bambu. As culturas estão sempre influenciando e recebendo influências.


O choro e o samba nasceram de uma mistura de generos europeus e ritmos africanos (polca, xote, valsa, mazurca, habanera, e o lundu)


Choro e samba são gêneros nacionais, nasceram no fim do século XIX, fruto da mistura de gêneros europeus e africanos, e sofreram influencias e transformações no século XX. 


O Jazz possui essa capacidade plástica de se acoplar a expressões musicais nacionais e manter as suas raízes. 


O Jazz encontrou na Bossa Nova uma fonte de renovação riquíssima e sem paralelo.


Tom Jobim e a Nova Banda


A mais importante influência de toda a história do Jazz. 


Vários compositores brasileiros gravaram fox


 A Bossa Nova nasceu de um desejo de modernidade um desejo de renovação da nossa música


Os velhos sambas-canções, valsas, boleros e serestas com uma forma antiga de cantar e tocar e com letras tristes e trágicas já não mais encontravam receptividade nas novas gerações.


Versos sobre tristeza, solidão, alcoolismo, ausência de amor sincero e etc.


Nos EUA havia uma nova onda do jazz o Cool Jazz Sinatra e Bing Crosby adotavam uma forma mais intimista de cantar.


Dick Farney viveu e trabalhou nos EUA e trouxe essas orientações e com Lúcio Alves influenciou os jovens músicos como Tom Jobim, Newton Mendonça, Johnny Alf, João Gilberto, Milton Banana e Billy Blanco.


A Bossa Nova nasceu de uma vertente do samba canção, Noel Rosa, um samba quase falado. Acordes dissonantes já eram feitos por Vadico e Garoto. Havia o samba sincopado o samba de salão.


Paralelamente ao movimento da Bossa Nova se desenvolveu o sambalanço que era influenciado pelo samba exaltação, jazz e ritmos caribenhos. Um estilo dançante e alegre.


No debate entre as propostas rítmicas para a Bossa Nova de Roberto Menescal, Carlos Lyra, Baden Powell, João Gilberto, Durval Ferreira e John Alf, prevaleceu a de João Gilberto inspirada na batida do tamborim. 


João Gilberto trouxe um novo tempo para o canto. Retirou a orquestra. Adotou o minimalismo vocal e instrumental. 


Tom Jobim introduziu a erudição de Debussy, Chopin, Villa Lobos combinado com as influências populares vindas de Pixinguinha, Ary Barroso, Dorival Caymmi, Noel Rosa, Custódio Mesquita e de Gershwin e Porter.


A produção de Jobim e diversificada. Choro, valsa, seresta, moda, samba...


João Gilberto deu uma nova vestimenta a tradição, gravou todos os clássicos da Velha Guarda, promoveu uma nova leitura da tradição.


A Bossa Nova não foi um movimento que passou, não foi um gênero que ficou de lado, a Bossa Nova é a própria origem da música brasileira moderna


Era uma época de muita confiança e otimismo, havia o Cinema Novo, a arquitetura de Niemeyer, JK, o presidente Bossa Nova, Brasilia, integração do Brasil, desenvolvimento, superação do atraso, 50 anos em 5. Um país inserido no mundo moderno.


A Bossa Nova ampliou os horizontes da nossa música, uniu a tradição ao moderno, projetou a música brasileira no mundo de modo sem precedentes. Uma presença estrutural formando gerações.

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