A importância do maestro Claus Ogerman (1930- 2016) e sua leitura da obra de Antonio Carlos Jobim (1927-1994).
O maestro alemão soube orquestrar as composições de Jobim com a devida sensibilidade musical, as cordas de forma sublime com a leveza exigida pela Bossa Nova. A música de Tom Jobim encontrou um magistral engenheiro que fez a música de Jobim chegar com beleza nos EUA, foi um encontro de dois gênios.
Ogerman deu a forma ideal às músicas mais relevantes de Jobim sem agredir a arquitetura original das composições. O trabalho de Ogerman com Jobim mostra como é possível conciliar, de modo coberto de êxito, a proposta musical original do autor com elementos do arranjador que mudam ou lhes acrescenta algo, sem ferir sua identidade.
Jobim gravou seis discos com Claus Ogerman, a quem conheceu através de Creed Taylor. O primeiro album deles foi Antônio Carlos Jobim - The composer of Desafinado plays, com 12 músicas de sua autoria.
O álbum foi gravado nos dias 9 e 10 de maio de 1963 em Nova York com orquestrações de Ogerman e com o selo da Verve. É o primeiro LP de Tom nos Estados Unidos, as principais canções, de maior sucesso: ‘Garota de Ipanema’, ‘Samba de uma nota só’, ‘Chega de saudade’, ‘Desafinado’
Entre 1963 e 1980, Ogerman trabalhou com Tom Jobim nos álbuns The composer of Desafinado plays (1963), A certain Mr. Jobim (1967), Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim (1967), Wave (1967), Matita Perê (1973), Urubu (1976) e Terra Brasilis (1980). Nos álbuns Jobim e Urubu, Ogerman foi também o produtor. Dezessete anos de parceria.
Ogerman fez também arranjos para discos de Astrud Gilberto e João Donato, The shadow of your smile e The new sound of Brazil, respectivamente. Já havia trabalhado com João Gilberto.
Entre 1959 e 1979, trabalhou com vários músicos, como arranjador e produtor, entre eles Quincy Jones, Stan Getz, Bill Evans, Wes Montgomery, Cal Tjader, Oscar Peterson, Stanley Turrentine, George Benson, Frank Sinatra, Barbara Streisand, Sammy Davis, Jr
Tom Jobim e a Nova Banda
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