sexta-feira, 25 de agosto de 2023

 Há alguns comentaristas que dizem que o título de Maestro ou Maestro Soberano porta uma certa carga de grandeza que afasta de nós o Tom humano, o Tom amigo, o Tom simples, o lírico, o poeta, o compositor, o trovador. Dizem que Tom não gostava de grandes títulos e adulações. Com a devida vênia, discordamos da afirmação. Tom Jobim foi, realmente, grande, foi brilhante, um gênio reconhecido pelos maiores músicos do planeta. Ele foi um músico completo.  Fez sinfonias, fez peças instrumentais, arranjos, orquestrações, melodias e letras extraordinárias. Num mundo onde muitas mediocridades são idolatradas, nada mais justo do que essa homenagem. Na verdade o título de Maestro não exclui as demais dimensões de sua personalidade como pessoa e músico. Expressa, antes, uma ideia de ápice, de completude, um maestro como Carlos Gomes, como Villa-Lobos, homens que criaram melodias e também amaram a música, expressado sua arte em plenitude, usando todos os recursos orquestrais. Segundo os familiares de Tom Jobim, ele gostava dessa homenagem de Chico Buarque. Felizmente recebeu o reconhecimento em vida. Um gigante com a virtude da simplicidade como geralmente são os grandes homens.


Foto de 1969.

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