segunda-feira, 17 de abril de 2023

 Ontem foi o dia da Bossa Nova, a Bossa Nova foi aplaudida por grandes personalidades nacionais da música e também no exterior. Contudo, no seu início, gerou críticas e resistências que foram se diluindo ao longo do tempo. Herivelto Martins, por exemplo, não gostava da Bossa Nova, ele achava que vinha tirar protagonismo da Velha Guarda, afastar a tradição. Porém, quando João Gilberto gravou todos os sucessos de seu repertório, Herivelto Martins ficou encantado. Tom Jobim, Newton Mendonça, Johnny Alf, Roberto Menescal, e Carlos Lyra, queriam renovar a música brasileira em diversos aspectos (melodia, harmonia, letra, orquestração, arranjo, canto), mas, jamais, quiseram negar a importância da tradição. João Gilberto gravou todos os sucessos clássicos do samba, obras de Ary Barroso, Noel Rosa, Lupicinio Rodrigues e tantos outros. Tom Jobim sempre afirmou sua admiração por Dorival Caymmi, Pixinguinha, Noel, Custódio Mesquita e Ary Barroso. A Bossa Nova nasceu de uma ramificação do samba-canção. Veio expressar nova visão de mundo dos jovens, em relação à vida pessoal e à sociedade. A Bossa Nova  portanto, articulou a tradição com o futuro, deu uma nova vestimenta à tradição e veio ampliar os horizontes da nossa música. Promoveu um diálogo entre culturas, povos e tradições. Com Tom Jobim, a fronteira entre o erudito e o popular se desfaz, tal a qualidade de sua produção. A Bossa Nova foi o movimento que deu origem ao que passou a ser conhecido como Música Popular Brasileira com sua imensa riqueza. Nossa música foi projetada no mundo, de forma inédita, estrutural, influenciando gerações de músicos. Ela não impos um modelo único, ela se abriu a pluralidade de expressões musicais. Você tem João Gilberto e seu violão e tem Baden Powell com uma proposta diferente, Nara Leão e Elis Regina, Elza Soares e Maysa. Foi uma era de ouro que o mundo reconheceu e até hoje aplaude.


Tom Jobim e a Nova Banda

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