segunda-feira, 24 de abril de 2023

 A concessão do Nobel de Literatura a Bob Dylan, a indicação de Gilberto Gil para a ABL, o Prêmio Camões para Chico Buarque expressam o reconhecimento de entidades da área literária no Brasil e no mundo de que música e literatura são inseparáveis. Villa-Lobos musicou poemas de Manuel Bandeira e Catulo da Paixão Cearense. Tom Jobim fez música para poema de Manuel Bandeira, sua música tem influência da leitura de Guimarães Rosa, Mário Palmerio, Olavo Bilac, Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade. Tom fez musica com poema de Cacaso, admirava Bilac e Mário Quintana. Vinícius de Moraes declarou que uma das origens da Bossa Nova pode ter sido seu hábito de declamar poemas com fundo musical com Paulo Mendes Campos e Augusto Frederico Smith. Vinícius gostava de

Luís de Camões, João Cabral, Charles Baudelaire, Arthur Rimbaud, Neruda, Ferreira Gullar, Ezra Pound, e Augusto dos Anjos. A despeito do fato de Chico Buarque ter uma obra literária propriamente dita, a música é o centro da sua vida. Ele cobriu de redondilhas a toada soprada por Antônio Brasileiro e também por ele próprio. Essa união da literatura e da música já havia sido declarada há muito tempo. Finalmente as instituições da literatura no Brasil e no mundo consagraram essa frutífera junção.

Quanta poesia nossa música produziu! Quantas trilhas sonoras engrandeceram a dramaturgia! Tom Jobim obteve seu primeiro reconhecimento internacional com o filme Orfeu Negro que antes foi peça. Chico Buarque também produziu opera, levou seu talento para a dramaturgia.

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