terça-feira, 24 de outubro de 2023

 João Gilberto apoiou Gilberto Gil e Caetano Veloso, o Tropicalismo, e, também, os Novos Baianos.  

Luis Dias Galvão, fundador dos Novos Baianos, foi amigo de João Gilberto a vida toda e ajudado por ele. Faleceu recentemente.

Caetano Veloso e Gilberto Gil fizeram uma nova leitura de Luiz Gonzaga e Caymmi, João Gilberto gravou Caymmi. Muita gente acha estanha essa conexão, mas ela tem lógica. Heitor Villa-Lobos inseriu o choro na música erudita, e a poesia de Catulo da Paixão Cearense, como Mário de Andrade, ele seguia uma linha nacionalista, mas sem virar as costas para a música internacional, o ideal antropofagico de metabolizar a cultura externa e suas influências. Manuel Bandeira teve poemas transformados em música. Tom Jobim fez música inspirado na obra de Mario Palmerio e Guimarães Rosa. Ele gravou com João do Vale. Tom Jobim sempre declarou sua admiração por Ary Barroso e seu samba-exaltação, Pixinguinha e o choro, Caymmi com o samba-canção. O sambalanço foi um movimento em paralelo com a Bossa Nova que incorporou samba, Bossa Nova, jazz, e ritmos latinos. João Gilberto gravou a tradição da Velha Guarda, Herivelto Martins, Custódio Mesquita, Ataulfo Alves, Ary Barroso, Noel Rosa, Lupicinio Rodrigues, Cartola, Nelson Cavaquinho, Braguinha, Assis Valente, Alcyr Pires Vermelho.  Fez uma nova leitura da tradição.


João Gilberto gravou: 


"O Tio Sam está querendo conhecer a nossa batucada " "Isso aqui é um pouquinho de Brasil aiaia."

"Lá vem o Brasil descendo a ladeira "


Caymmi deu a ideia de fantasias baianas para Carnem Miranda. Ary Barroso compôs na Baixa do Sapateiro.

Vinícius fez os Afro-samba com Baden Powell


São as transformações da cultura popular e da identidade nacional, tensões e inclusões, ampliação, fluxo continuo. Novas linguagens e estilos. Novos significados. Novas formas de expressão.

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