terça-feira, 3 de outubro de 2023

 " Ela (Helena) escutava 'ton, ton, ton', e aí começou a me chamar de ton, ton, depois virou Tom. No colégio eles vão sempre abreviando o nome. Ninguém vai chamar o sujeito de Felisberto Pereira da Silva de Moraes e Lima, é muito comprido, né. Aí virou Tom, e eu queria ser Antonio Carlos, evidentemente. Comecei a fazer aqueles arranjos, escrevia pra orquestra, e nunca botavam meu nome no disco de 78 (rpm). Então eu fazia aqueles arranjos acompanhando Dalva de Oliveira, Orlando Silva, cheguei a tocar com Vicente Celestino. E depois, mais tarde, com gente tida como moderna como Dick Farney, Lucio Alves. E eu queria que botasse Antonio Carlos Jobim, mas era muito comprido, entende, e o pessoal começou a colocar Tom mesmo. (...) 

Tom Cruise, é. 


Conseguiram essa besteira.


Isso, realmente, nos Estados Unidos o Tom se refere a Thomas, apelido de Thomas. Antonio é Tony. Então ficou essa extravagância aí criada pela invenção constante. "


Tom Jobim entrevista para Walter Garcia 

30/11/1994

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