terça-feira, 3 de outubro de 2023

 Trechos da última entrevista de Tom Jobim 


(...) "Distorciam as palavras de Villa Lobos, Mário de Andrade, Portinari e Niemeyer."


(...) "Falavam da cor do "robe de chambre" de Richard Wagner, umas conversas que não tem nada a ver com a música."


(...) "Tem um sujeito que escreveu "A Crítica dos Críticos" e botou todas as críticas que os críticos fizeram aos maiores gênios do mundo, Beethoven, Debussy, Brahms, Ravel. Então todo mundo escrevendo aquelas besteiras. O que é que eles iriam escrever? Eles não estavam entendendo nem aquilo que estava sendo tocado" 


(...)

" Barão de Ipanema, paulista da nobreza rural... Existe também uma microrregião rural em Minas Gerais chamada Ipanema, que deve ser por causa de um outro rio que não seja muito bom de peixe. Mas então o Barão de Ipanema saiu lá de São Paulo, veio pra cá e comprou uma fazenda aqui na beira da praia. E essa fazenda, por causa do Barão de Ipanema, ficou sendo chamada de Ipanema. É por isso que tem tanto paulista dono de apartamento em Ipanema "


Entrevista a Walter Garcia, 30 de Novembro de 1994.


(*) A fazenda do Barão de Ipanema abarcava mais da metade de Ipanema e parte de Copacabana, por isso existe uma rua em Copacabana chamada Barão de Ipanema.


Barão de Ipanema é um título nobiliárquico criado por D. Pedro II do Brasil, por decreto de 24 de março de 1847, a favor de José Antônio Moreira. Faz referência à Fábrica de Ferro de Ipanema, às margens do Rio Ipanema, na região de Sorocaba.


José Antônio Moreira Filho instalou-se no Rio de Janeiro, onde foi um dos principais responsáveis pela urbanização da Vila de Ipanema, hoje bairro de Ipanema, homenagem à localidade de Ipanema, em Iperó.

Nenhum comentário:

Postar um comentário