sábado, 2 de setembro de 2023

 Trecho do filme Assassinato em Copacabana, Sylvinha Telles interpretando uma canção que parecia ter sido feita para Maysa. "Demais" foi gravada por grandes cantoras. Essa canção apesar de ser da Bossa Nova era considerada música de fossa, dor de cotovelo, ou, com nomenclatura mais moderna, de sofrência. Como lembraram Menescal e Daniel Jobim, na Conversa com Bial, a Bossa Nova, apesar de enfatizar a felicidade, a postura afirmativa, a visão otimista da vida, também possuía canções tristes, pois é fantasioso uma vida sem o lado da tristeza, ou a tensão dialética entre alegria e tristeza como na obra inaugural de Jobim e Vinícius de Moraes, Orfeu da Conceição e Orfeu Negro. Sylvinha Telles foi uma das favoritas de Tom Jobim e a voz feminina quase oficial da Bossa Nova.



Sylvia Telles interpretando Dindi de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira no álbum Amor de Gente Moça. Tom Jobim declarou que muita gente perguntava ao seu parceiro Aloysio de Oliveira se a letra era para a própria Sylvinha, que na época teve um relacionamento com Aloysio de Oliveira. Dizem que Tom fez a canção inicialmente para homenagear o rio Diridi. João Bosco acredita que Dindi seja uma sereia, iara das águas doces, personagem da mitologia nativa. Esse álbum é considerado por muitos a primeira obra claramente identificada especificamente com a Bossa Nova.


Nenhum comentário:

Postar um comentário