O participante da nossa página João Carlos chamou a nossa atenção para a cantora e atriz Marlene, Victória Bonaiutti de Martino, e sua relação com a obra de Tom Jobim. Sua rival, na preferência dos fã-clubes, como Rainha do Rádio, Emilinha Borba, participou do time de cantores que gravou A Sinfonia do Rio de Tom Jobim e Billy Blanco. Marlene gravou algumas canções de Tom Jobim como Brigas nunca mais, já postamos aqui o video, e O Nosso Amor do Orfeu Negro, lançada por Marlene no carnaval de 60 com grande sucesso. Marlene teve carreira internacional, atuou no Waldorf Astoria, em Nova York, atuou em Paris, no Olympia, a convite de Edith Piaf, e no Copacabana Palace a convite de Caribé da Rocha. Teve música gravada por Dalva de Oliveira. Seu nome artístico era uma homenagem à atriz alemã Marlene Dietrich. Atuou no Cassino da Urca. Participou de programas de rádio como o de Cesar de Alencar na Rádio Nacional. Atuou com Marcos Valle, Milton Nascimento.

Participou do projeto Pixinguinha, com João Bosco, Gonzaguinha, Carlinhos Vergueiro, Antônio Adolfo e Wanda Sá. Morreu com 91 anos, em 2014.

Brigas Nunca Mais é talvez o primeiro vídeo clip da música brasileira com Marlene fazendo uma performance como atriz na execução da canção.

Marlene era a Rainha da Aeronáutica e a Emilinha Borba, da Marinha. Filha de imigrantes italianos, nasceu, em SP, em 1922, e faleceu no Rio de Janeiro, em 2014.

Tom Jobim seria o Garoto de Copacabana. A família residia em Copacabana, mas com dificuldades financeiras, foi residir na rua Conde de Bonfim na Tijuca, onde Tom nasceu. Quando a situação melhorou, foram viver em Ipanema. Tom Jobim gostava de subir o Corcovado, a Pedra da Gávea, mergulhar no Arpoador. 

Nilza Jobim no Colégio Brasileiro de Almeida, na Saddock de Sá, cuidava das crianças pequenas para as famílias do bairro. Tom Jobim estudou no Mallet Soares e Mello e Souza. Tocava gaita, tocava violão que os tios deram, começou a fazer experiências no piano alugado pelo Colégio Brasileiro de Almeida, um Bechstein. Estudou piano com os professores que Celso Frota Pessoa pagava. O pai de Tom era um homem forte, gaúcho da fronteira, São Gabriel, escritor e diplomata. Morreu jovem e Tom foi, acima de tudo, filho de Nilza.

Conheceu Villa-Lobos através de Leo Peracchi. A relação de Villa-Lobos com a imprensa serviu para Tom Jobim pensar o seu modo de lidar com a critica. Villa Lobos, inicialmente, se irritava, colérico, depois passou a debochar da Imprensa, dizendo que ele voava a jato e os críticos em carro de boi. A inspiração de Villa Lobos foi seguida por Tom Jobim, a natureza exuberante do Brasil. Amigo também de Pixinguinha, grande figura humana, genial criador de choros. Ary Barroso foi outro poeta genial da brasilidade. A amizade com Vinícius e uma parceria das mais ricas da nossa música. Newton Mendonça, amigo de infância das brincadeiras de garoto nas ruas de Ipanema. Grandes sucessos produziram.

Uma geração de músicos que criou uma identidade musical do Brasil.

Osborne

Hyman