sexta-feira, 16 de junho de 2023

 2022 marcou os trinta anos da morte do grande Luizinho Eça. Ele estaria com 86 anos.  Luiz Mainsi da Cunha Eça.


Luizinho Eça, como Tom Jobim, teve formação clássica de piano com Lúcia Branco, Eça foi colega de Nelson Freire, Moreira Lima, e Jaques Klein. Gravou várias canções de Tom Jobim.  Atuou no Plaza com Johnny Alf, Newton Mendonça, Claudette Soares, Milton Banana e Tom Jobim.


Formou um primeiro conjunto com Ed Lincoln (contrabaixo) e Paulo Ney (guitarra). Depois João Donato entrou no acordeon, Milton Banana na bateria e a crooner Claudette Soares. Formou também o trio Penumbra, com  Candinho (violão) e Jambeiro (contrabaixo), na rádio Mayrink Veiga.


Em 1962 montou o importante Tamba Trio com Bebeto Castilho na flauta, baixo, saxofone e Voz, e Hélcio Milito na bateria e na Tamba. O trio foi o primeiro a realizar pequenos shows, no Bottle´s Bar, no Beco das Garrafas.


Eça viveu a primeira fase da Bossa Nova de forma intensa, entre 1958 e 1962.


Em 1959, Eça atuou com Herbie Mann na PUC/RJ.


Fez arranjos para o LP "Barquinho" da cantora Maysa,   fez o arranjo para o terceiro disco de Carlos Lyra - "Depois do Carnaval", uns dos melhores discos da carreira de Lyra, lançando Nara Leão com participação especial. Em 1964, lança o disco "Luiz Eça e Cordas", sua obra prima.


Acompanhou vários artistas como  Maysa, Nara Leão, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Baden Powell, Luiz Bonfa, Dori Caymmi, Durval Ferreira, Sylvia Telles, Edu Lobo, Flora Purim, Quarteto em Cy, Vinicius de Moraes, Chico Buarque, Elis Regina, Milton Nascimento, Joyce, João Bosco, Ivan Lins, Nana Caymmi, Leny Andrade, Roberto Carlos, Bill Evans, Pery Ribeiro e muitos outros.


O Tamba Trio era composto por  Luiz Eça, Bebeto Castilho e Hélcio Milito, acompanharam  Maysa e Leny Andrade, aturam com Luís Carlos Vinhas e Roberto Menescal. Viajaram fazendo apresentações na Argentina, Uruguai e Chile.


Dório Ferreira entrou depois. Luiz Eça saiu do grupo e formou a A Sagrada Família, dois anos depois 


Tom Jobim tinha grande admiração pelo seu trabalho.


Luizinho Eça faleceu muito novo, em 1992, aos 56 anos.



Na foto Antônio Maria, Antônio Carlos Jobim, Vinícius de Moraes e Sylvinha Telles, na casa de Vinícius e esposa, Maria Lúcia Proença, no Parque Laje, no Rio de Janeiro, por ocasião do lançamento do álbum Amor de Gente Moça, 1959, disco que consolidou a Bossa Nova. Sylvia foi a voz feminina quase oficial da Bossa Nova. Gravou Foi a Noite em 1956, de Tom Jobim e Newton Mendonça.

Morreu precocemente, num acidente automobilístico, no estado do Rio de Janeiro, com o filho de Lily de Carvalho, Horacinho de Carvalho, em 1966. Ela atuou com Tom Jobim, Milton Banana, Newton Mendonça, Johnny Alf no bar do hotel Plaza. Quando casou, Claudette Soares ficou no seu lugar. Aloysio de Oliveira foi casado com Sylvinha e dizem que a lyrica de Dindi foi inspirada nela. A filha de Sylvia Telles, Cláudia Telles, morreu em 2020, também era cantora.

Antônio Maria, jornalista, cronista, compositor, pernambucano, apaixonado pelo Rio de Janeiro, parceiro de Vinícius de Moraes, fez a lírica de Manhã de Carnaval de Luiz Bonfá na trilha sonora de Orfeu Negro. Antônio Maria foi muito amigo de Tom Jobim e Vinícius de Moraes e desejava ter os dois como padrinhos de seu filho, infelizmente morreu sem ter realizado seu sonho. Morreu jovem, em 1964, na calçada da rua Fernando Mendes, em Copacabana, após jantar um filé Chateaubriand e se dirigir à boate. Sofreu um enfarte, antes de entrar na boate. Grande figura da vida cultural do Rio, foi RP da boate Vogue. Amigo de Aracy de Almeida, Dolores Duran, Paulo Soledade, Ivan Lessa, Paulo Francis, Nora Ney, Ary Barroso,  Paulo Mendes Campos, Dorival Caymmi e Carmem Miranda. Dizem que morreu de amor com saudades de Danuza Leão por quem era apaixonado.

Sylvia Telles faleceu com 32 anos e Antônio Maria com 43 anos. Sylvinha estaria com 89 anos e Antônio Maria com 102 anos.



Nenhum comentário:

Postar um comentário