segunda-feira, 24 de junho de 2024

 A canção Ai que saudade da Amélia de Mário Lago e Ataulfo Alves, nasceu de uma brincadeira feita pelos compositores com uma tal Amélia que era sempre citada pelo irmão de Aracy de Almeida como exemplo de mulher abnegada, estoica, simples, trabalhadora. 


Alguns historiadores sustentam que existiu realmente uma mulher chamada Amélia que seria empregada na casa de Aracy de Almeida.


Aracy de Almeida disse que a ideia de uma música sobre Amélia surgiu dela e foi passada para Wilson Batista. 


Os autores achavam exageradas as citações de Almeidinha sobre Amélia. Contudo viram no tema um motivo interessante para tratar em música. 


O público masculino e feminino acolheu bem a canção. A música foi um grande sucesso.

Ataulfo gravou em 1941, com o grupo Academia do Samba e Jacob do Bandolim. 


Os autores ficaram felizes por não ter havido incompreensão, disseram que Amélia é uma exaltação da mulher brasileira.


Ataulfo declarou numa entrevista: “Amélia é compreensão, é ternura, é vida”. Não é uma exaltação à submissão. “Ela simboliza a companheira ideal, que luta ao lado do marido, vivendo de acordo com suas possibilidades, sem exigir o que ele não pode dar ". “Amélia”, segundo  Mário, era o “símbolo da mulher brasileira” uma guerreira. Essa era a intenção dos autores e o seu modo de expressão.


As compositoras Elena e Eliana de Grammond fizeram uma música de resposta à Amélia, dialogando com a música de Mário e Ataulfo do ponto de vista da mulher.



Música para Manuel Bandeira 

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