terça-feira, 16 de maio de 2023

 Tom Jobim e Maitê Proença nas gravações da trilha sonora composta por Tom Jobim para o filme "Brasa Adormecida", de Djalma Limongi Batista. Maitê Proença atuou como atriz principal do filme. O longa-metragem é uma homenagem ao filme "Brasa Dormida" (1928), dirigido por Humberto Mauro. 

Ano de 1986. 

Maitê tinha 28 anos e Tom 59 anos.

 Segundo Arnaldo Jabor e Antônio Callado, em artigos na Folha de São Paulo, Tom Jobim era um intérprete da natureza, um tradutor ou porta-voz, ele falava do ponto de vista da flora e da fauna, um embaixador da natureza. Ele sentia com a natureza. Callado participou do encontro dos Três Antônios e um Jobim, o coloquio dos amigos sobre os problemas do Brasil e do mundo.  Tom Jobim falava de tudo. A História do Rio de Janeiro, origem das palavras, classificação das aves,  História do Brasil. Jobim não fazia indelicadezas, quando a conversa estava chata ou pesada, ele, de forma elegante, fugia do contexto, falando de poesia, de um fato historico, algo divertido, ou insólito, um salto mágico, criação artística, fantasia. Citava Elliot, ou Drummond. Fugia da brutalidade do cotidiano assim. Um salto vigoroso de Fred Astaire e um pouso delicado no estilo Nijinski.

Elegante dançando com fraque e cartola. 

Em 1933 no filme "Voando para o Rio", dançando ao lado de Ginger Rogers. Um sonho americano de graça e espiritualidade, que nunca se materializou de novo. Tom Jobim é essa modernidade utópica , salta da realidade e volta suavemente. Promessa de vida no meu coração. Jabor dizia que Tom Jobim não era delimitavel, como o fluxo continuo das ondas do mar de Ipanema.

 Callado queria ter Jobim com ele na ABL mas não foi possível.

 Feliz aniversário, Chico Batera!

80 anos !

O lendário Chico Batera, personalidade historica da Bossa Nova, tocando Samba de Uma Nota Só. Trabalhou com Tom Jobim, Chico Buarque, Frank Sinatra, Michel Legrand, Quincy Jones, Johnny Alf, Bossa Três e Sergio Mendes,  Tenório Jr., Victor Assis Brasil, Luiz Carlos Vinhas, J. T. Meirelles, Dom Salvador, Sérgio Barrozo, Ella Fitzgerald, Elis Regina, João Gilberto,

Cat Stevens, The Doors, Beth Carvalho, Gal Costa, Francis Hime, Ivan Lins, Fagner, Milton Nascimento, João Bosco, J. Donato, Marcos Valle, H. Mancini, MPB-4, Martinho da Vila, Gilberto Gil, Edu Lobo, Raul Seixas, Djavan, Wilson Simonal, e Simone. Participou da gravação de Elis e Tom, 1974. Atuou no Beco das Garrafas.

Piano e vibrafone, marimba.

Começou em 61 com 18 anos 

Arlequim no dia 11/06/2011, com as participações de Leandro Braga (piano) e Fernando Souza (baixo). Assista  "Samba de Uma Nota Só" de Tom Jobim Chico Batera comemorou os 50 anos de carreira. Em 2023 completa 62 anos de carreira



Feliz aniversário, Chico Batera!

80 anos !

O lendário Chico Batera, personalidade historica da Bossa Nova, tocando Samba de Uma Nota Só. Trabalhou com Tom Jobim, Chico Buarque, Frank Sinatra, Michel Legrand, Quincy Jones, Johnny Alf, Bossa Três e Sergio Mendes,  Tenório Jr., Victor Assis Brasil, Luiz Carlos Vinhas, J. T. Meirelles, Dom Salvador, Sérgio Barrozo, Ella Fitzgerald, Elis Regina, João Gilberto,

Cat Stevens, The Doors, Beth Carvalho, Gal Costa, Francis Hime, Ivan Lins, Fagner, Milton Nascimento, João Bosco, J. Donato, Marcos Valle, H. Mancini, MPB-4, Martinho da Vila, Gilberto Gil, Edu Lobo, Raul Seixas, Djavan, Grusin, Milito, Moacir Santos, Wilson Simonal, e Simone. Participou da gravação de Elis e Tom, 1974. Atuou no Beco das Garrafas.

Piano e vibrafone, marimba.


Arlequim no dia 11/06/2011, com as participações de Leandro Braga (piano) e Fernando Souza (baixo). Assista  "Samba de Uma Nota Só" de Tom Jobim Chico Batera comemorou os 50 anos de carreira. Em 2023 completa 62 anos de carreira


110 anos de nascimento de Jamelão.

José Bispo Clementino dos Santos. 

Jamelão faleceu com 95 anos. Ele participou da gravação da Sinfonia do Rio de Tom Jobim e Billy Blanco.

Grande intérprete de Lupicinio Rodrigues, também gravou Ary Barroso, Cartola, Nelson Cavaquinho e Noel Rosa.

Colega de Tom Jobim na Continental.

Piano na Mangueira de Tom Jobim e Chico Buarque.

 14 de Janeiro de 1995

Antônio Callado na Folha de são Paulo fala de uma homenagem a Tom Jobim no Jardim Botânico 


dificuldade –como tem sido a minha– de evocá-lo satisfatoriamente. Tom tinha uma qualidade de fantasia, de "whimsey", difícil de captar. Acho que ele jamais foi visto objetivamente irritado com alguém, alguma coisa, argumentando contra.
Sua tendência era quebrar a realidade, seu gênio era partir o tempo todo para a cisma, o "nonsense". Pão-pão, queijo-queijo ou preto no branco sumiam logo da mesa em que ele se sentasse. A irrealidade criadora, leve, tomava o lugar da lógica que mesmo num bar tende a nos escravizar.
No meio de alguma conversa mais insistente, ou de pessoas que exigem respostas claras e contundentes, ele gostava muito de apelar para os versos. Citava de repente um nome de poesia, ou recitava. Em português ou em inglês. Bloqueava o caminho de qualquer conversa chata com a pedra de Drummond. Ou adorava degustar e comentar as primeiras linhas do poema de T.S. Eliot: "April is the cruellest month". Por que será abril o mais cruel dos meses? Sem dúvida porque vem depois das águas de março.
Em 1987 morreu nos Estados Unidos um artista que, como Tom Jobim, foi de necrológio difícil. Cantava com um filete de voz que era um filete de água pura. Dançava e sapateava –mesmo encartolado, de casaca e sapatos de verniz– como se tivesse aprendido o truque dos saltos pela receita de Nijinski, que era subir do chão com toda a força e descer bem devagarinho.
Chamava-se Fred Astaire e consolidou sua fama, leve e fina como a de Tom, a partir de 1933 em "Voando para o Rio", filme em que apareceu pela primeira vez dançando ao lado de Ginger Rogers. Fred Astaire ficou como um sonho americano de graça e espiritualidade, que nunca se materializou de novo. Temo que Tom Jobim, em essência, continue nos escapando e fique para sempre inatingível.
Restam as músicas, graças a Deus, os filmes e os livros, mas a capacidade de saltar da realidade de repente e só voltar ao chão bem devagar, essa infelizmente não grava, não filma, não imprime. É verdade que ficam, também, as mansas piadas. Terça-feira, na plena badalação do Jardim Botânico, julguei ouvir de repente a voz de Tom, me dizendo num cicio de folha: "Não precisava ter tanta gente pisando na grama".
Finalmente, quero sugerir aqui um dos possíveis meios de preservar a memória de Tom Jobim. Eu pediria a algum dos seus tantos amigos pintores e cartunistas que tentasse guardar para os vindouros o mapa do Rio de Janeiro de Tom, fincado no Jardim Botânico e deitando raízes na direção da Plataforma e da Cobal do Leblon, seus refúgios prediletos dos últimos tempos, e dos bares e boates do passado, em que ele primeiro apareceu ao lado de Vinicius, antes de se cruzarem os dois como placa, respectivamente, de avenida e rua, em Ipanema.
O que me deu a idéia foi um antigo mapa de Nova York desenhado por Saul Steinberg. É a ilha de Manhattan, cercada por seus três rios e dividida em condados paradisíacos que se chamam Bordeaux, Bourgogne, Slivovitz, Dom Pérignon.

segunda-feira, 15 de maio de 2023

 A minha música nunca foi só Bossa Nova, eu componho choro, valsa, modinha, balada, bolero, João Gilberto canta todo tipo de música, samba-canção, jazz, bolero. Hoje, o músico aperta uma tecla do sintetizador põe uma batida de Bossa Nova e tudo é Bossa Nova. As canções do Orfeu são anteriores a Bossa Nova.  Eu fui estimulado a compor em inglês pelo Leonard Feather. É importante o compositor expressar sua letra ao mundo em inglês quando sente que pode faze-lo. Forever Green foi composto para uma Conferência do Greenpeace em NY e depois executada na Rio 92. Mensagem que tinha que ser ouvida pelo planeta.


Tom Jobim

 Feliz aniversário, Steve Wonder!

13 de Maio de 1950


"Pagode do Avião" no Restaurante da Pérgula do Copacabana Palace Hotel com Steve Wonder e Gilberto Gil. Samba de Roda do Samba do Avião. 


O Aeroporto Internacional do Galeão ficou famoso no mundo todo por causa do Samba do Avião e foi batizado de Antonio Carlos Jobim.    


Samba do Avião foi composto em 1962 por ocasião do filme Copacabana Palace.


Steve Wonder and Gilbert Gil at the Copacabana Palace Hotel playing the Song of the Jet.


 Steve Wonder and Gilberto Gil perform Tom Jobim's samba at the Copacabana Palace Hotel, Rio de Janeiro, september 30th, 2011.

 Lançamento do livro Depoimento, a Vida de Tom Jobim. Os outros autores foram a cantora Marlene e Walter Clark.


Tom Jobim foi admirado por todos os grandes nomes da música nos EUA e no mundo. A Bossa Nova tornou-se famosa nos Estados Unidos. Stan Getz e Charlie Byrd gravaram “Desafinado”, com milhões de discos vendidos.


Em Novembro de 1962 houve um show no Carnegie Hall em NY que apresentou a BN oficialmente. Participaram desse show : Tom Jobim, Carlos Lyra, Luis  Bonfá, Oscar Castro Neves, Sérgio Mendes,  Chico Feitosa, Milton Banana, Roberto Menescal, João Gilberto, Carmem Costa, Normando, Bola Sete, Agostinho dos Santos e Sérgio  Ricardo. Foi um marco na história internacional da Bossa Nova. Depois desse encontro foi o Álbum "Frank Sinatra e Antônio Carlos Jobim".


Miles Davis, Dizzy Gilespie, Sarah Vaughan, Ella Fitzgerald, Andy Williams, Gerry Mulligan, Judy Garland,  Count Basie, Miles Davis, Tony Bennett, Quincy Jones, Oscar Peterson, Nat King Cole, Ron Carter,  Joe Henderson, Chick Corea, Claus Ogerman, 

Brubeck Quartet, Stan Kenton, Bill Evans, Sammy Davis Jr e muitos outros grandes nomes gravaram canções de Tom Jobim.


De 1984 a 1994 Tom Jobim apresentou-se com a Nova Banda, sendo aclamado por plateias do mundo todo.


Na Continental Tom cria um pequeno conjunto para gravações do cantor Bill Farr e de Luiz Bonfá. Em junho, a Continental lhe confia uma orquestra pela primeira vez, um arranjo para ‘Outra vez', gravação com Dick Farney.


A Continental era uma fábrica de partituras. Era, portanto, necessário gente qualificada  que soubesse lidar com elas. Magníficas orquestraçoes.


Fez arranjos para Elizeth Cardoso, arranjo e orquestração para Dalva de Olivera, Nora Ney, Dora Lopes e Doris Monteiro. Depois, parceria com Billy Blanco, Dolores Duran e Vinícius de Moraes, além da parceria com Newton Mendonça, seu amigo de infância, Aloysio de Oliveira, Marino Pinto, Paulo Soledade, Chico Buarque e Bonfá.


Em 1955 Radames Gnatalli o convidou para o programa da Rádio Nacional "Quando os maestros se encontram", Tom Jobim apresentou a composição Lenda em homenagem a Jorge de Oliveira Jobim, seu pai.


Solidão com Nora Ney foi seu quarto disco. Outra vez com Dick Farney foi o quinto.


Na Odeon com Léo Peracchi, Tom gravou vários discos, incluindo Por toda a minha vida.


O samba-canção ganhava arranjo sinfônico, uma densa sessão de cordas, com solos de flauta, oboé e trompas, à moda das serenatas de Tchaikovsky que estudava com Léo Peracchi.


Fotos  : Tião Neto, Tom Jobim, Stan Getz, João Gilberto e

Milton Banana 

Tom e Andy Williams

Tom e Claus Ogerman

Tom e Ella Fitzgerald