domingo, 8 de dezembro de 2024

 Morreu há precisamente 30 anos António Carlos Jobim, ou mais simplesmente Tom Jobim, um dos maiores nomes da música popular brasileira.


A ausência do seu pai, diplomata, durante a infância e adolescência contribuíram para que desenvolvesse uma relação complexa com a tristeza e o romantismo melódico, aspetos que marcaram a sua música. Aos 14 anos, começou a estudar piano e descobriu aí a sua verdadeira vocação. Deixou o curso de Arquitetura para dedicar-se à música, sendo contratado, com 25 anos, como arranjador por uma editora e obtendo o seu primeiro sucesso com um tema em parceria com Billy Blanco.


Com 29 anos musicou a peça ‘Orfeu da Conceição’ com Vinícius de Moraes, que se tornou um dos seus parceiros mais constantes. Tom Jobim fez parte do núcleo embrionário da bossa nova. O álbum ‘Canção do Amor Demais’ (1958), em parceria com Vinícius e com interpretações de Elizeth Cardoso, foi também definido pela guitarra clássica do até então desconhecido João Gilberto, sendo a orquestração considerada um marco inicial da bossa nova pela originalidade das canções e harmonias (inclui, entre outros, os temas ‘Chega de Saudade’ e ‘Eu não Existo sem Você’).


Tom Jobim compôs, com Vinícius de Moraes, em 1963, ‘Garota de Ipanema’, um dos seus maiores sucessos, sendo impressionante a quantidade de “clássicos” produzidos pelo músico nesse período, como, por exemplo, ‘Samba do Avião’, ‘Ela É Carioca’ ou ‘Morro não Tem Vez’ (com Vinícius), mas também ‘Inútil Paisagem’ (com Aloysio de Oliveira) ou ‘Vivo Sonhando’. O sucesso fora do Brasil fê-lo também voltar de forma recorrente aos Estados Unidos, onde em 1967 gravou um disco com Frank Sinatra. Exímio compositor e músico, as canções de Tom Jobim foram ainda consagradas por vozes como as de João Gilberto, Elis Regina, Edu Lobo, Gal Costa, Chico Buarque, Miúcha ou Ella Fitzgerald.  


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