domingo, 11 de fevereiro de 2024

  Um Santo Natal e muitas felicidades em 2024 !

Muitas realizações que foram adiadas nos últimos anos!


Natal, para Tom Jobim, era um momento especial de confraternização de amigos, parentes, povos, com votos mútuos de felicidades, troca de presentes, alegria, e esperança renovada.



 A Bossa Nova em São Paulo. 

Zuza Homem de Mello e Ruy Castro explicam como a Bossa Nova tomou conta da atmosfera de alguns bares paulistanos a partir de 1959/1960. A Praça Roosevelt e o centro da cidade de SP abrigaram casas históricas como Farney’s, Cave, A Baiúca, o João Sebastião Bar, Bar do Hotel Cambridge e Michel se tornando uma extensão do calçadão de Copacabana e Ipanema. Todos os grandes nomes da Bossa Nova e da música em geral se apresentaram nesses bares : Nara Leão, Johnny Alf, Tom Jobim, Elis Regina, Vinicius de Moraes, Dick Farney, Carlos Lyra, Baden Powell, Alaíde Costa, João Donato, João Gilberto, Djalma Ferreira, Cesar Camargo Mariano, Arthur Moreira Lima, Billy Blanco, Lúcio Alves, Elza Soares, Elizeth Cardoso, Claudete Soares e o Zimbo Trio. O público de São Paulo estava ansioso por modernidade. Queriam participar do movimento iniciado no Rio de Janeiro. Havia uma demanda forte. Sem falar nos festivais da canção da TV Excelsior e da Record. Elis Regina e Jair Rodrigues apresentaram o programa O Fino da Bossa na TV Record. Direção de Mieli e Bôscoli. Elis Regina gravou sucessos do programa com Jair Rodrigues. 

Elis gravou  Adoniran Barbosa e ele gravou com Paulo Vanzolini.

Tom Jobim e Elis Regina fizeram show no Tuca.

Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Toquinho, e Miucha fizeram show no Anhembi.




 O Carlinhos Lyra que nos deixou recentemente fez questão de retornar às raízes do samba, samba canção, samba de breque,  samba do Estácio, ele temia a descaracterização da Bossa Nova na música americana. Par ele, a Bossa Nova não era um gênero ou um movimento superado, era a própria origem da música brasileira moderna. Sem a Bossa Nova, o mundo da MPB seria impossível. Assim como o jazz possui a capacidade de se conectar com vários tipos de expressões musicais nacionais e preservar a sua identidade, a Bossa Nova transcende o samba-canção que a gerou e tem a capacidade de abraçar todos os gêneros musicais. A Bossa Nova não veio excluir as grandes vozes, as orquestras, veio ampliar os horizontes, incluir e não excluir. Veio traduzir a visão de mundo da juventude que não se reconhecia em boleros e sambas dramáticos e infelizes. Abriu as portas para a mulher, os jovens compositores, os cantores de canto suave e intimista. Um movimento de renovação, uma nova roupagem, harmonia, melodia, lírica, arranjos. Tom Jobim nunca impôs restrições para os intérpretes de suas canções, Silvio Caldas, Galhardo, Orlando Silva, Dick Farney, Lúcio Alves, João Gilberto, Silvinha, todo tipo de cantor e de modos de interpretação gravaram Jobim.

Ele articulou o novo e a tradição, o erudito e o popular e o nacional com o internacional.

A Bossa Nova porta uma visão política sim, jamais foi alienada. Sua mensagem é a crença na liberdade, na modernidade, na democracia, na justiça social, no Bem estar, na harmonia com a natureza na superação das mazelas sociais. Seu imaginário utiliza ricas metáforas para transmitir seu ideário marcado pelo otimismo, postura afirmativa e a felicidade em todos os sentidos



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